O cristão vive uma espera ativa da volta do Senhor | 801 | 10.08.2025 |
Lucas 12,35-40
Jesus
não se deixa impressionar com as pequenas multidões que o seguem. Aqueles que
entendem o que significa crer e seguir seus passos são poucos, e mesmo esta
minoria acaba abandonando-o quando é acusado, preso, torturado e crucificado.
Tudo recomeça a partir de um pequeno rebanho fiel e corajoso e nele encontra
sua força. Como vimos no último domingo, quem crê em Jesus Cristo e segue seus
passos tem um tesouro pelo qual está disposto a relativizar tudo o mais.
Jesus pede que
busquemos ‘bolsas antifurto’, pois onde está nosso tesouro está também nosso
coração. Para seus discípulos, não há riqueza mais preciosa que o Reino de
Deus. Mesmo que este seja um sonho que só será pleno no futuro, a atitude
cristã fundamental é a espera ativa. É isso que Jesus nos ensina hoje, lançando
mão de três pequenas parábolas: os empregados que esperam a volta do patrão; o
dono da casa que toma precauções contra os ladrões; os administradores
encarregados de cuidar a casa durante sua ausência.
Diante da resistência
das estruturas injustas e da força dos hábitos arraigados, somos rondados pela
tentação da passividade. Como não sabemos se o Senhor da história chegará antes
da meia-noite, ou se o Reino de Deus só se fará ver na madrugada distante e
incerta, entregamo-nos ao sono da passividade, indiferença e deserção.
Estamos no mundo à
espera de Alguém que está para voltar. Temos que estar acordados para abrir a
porta quando ele chegar. Precisamos esperar colocando-nos a serviço do povo de
Deus. Os que apostam no caminho alternativo proposto por Jesus são um pequeno
rebanho, mas existimos para ajudar no parto da nova humanidade. Não podemos
dormir sobre os louros de um passado numericamente glorioso. A Igreja é um
depósito de sementes que devem ser jogadas na terra!
Estamos neste mundo como administradores
encarregados de cuidar a casa, a quem se pede vigilância e serviço. Temos o
direito de festejar e celebrar os inúmeros pequenos avanços do Reino de Deus,
mas sem deixarmo-nos embriagar pelas ideologias do poder e do sucesso. Vivemos
como migrantes que ainda buscam uma pátria definitiva. Com as grandes
testemunhas da fé, sabemos que não temos aqui morada definitiva, mas apenas
tendas, que podem ser desarmadas facilmente.
Sugestões para a
meditação
§ Acolha deste texto as
luzes e estímulos que você necessita para viver responsavelmente e esperar
realisticamente
§ Recorde agradecido o
nome, o rosto, a história e a melhor herança deixada pelas pessoas queridas que
partiram
§ Tendo presente esta
herança, o testemunho de tantos cristãos e a Boa Notícia de Jesus, como você
honrar a vida e não apenas sobreviver, honrar seus falecidos e não apenas
lamentar?
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