Combatamos o bom
combate e guardemos a força da fé | 759 | 29.06.2025 | Mateus
16,13-19
O
livro dos Atos dos Apóstolos nos lembra que Pedro, nosso ‘primeiro Papa’, foi
presidiário! As chaves prometidas por Jesus Cristo não serviram para abrir as
algemas e a porta que prendiam! E Paulo, depois de ter sido um fariseu zeloso e
acumulado muitos méritos e honras, foi conquistado por Jesus Cristo e, como
muitos outros da sua geração, foi denunciado, perseguido, encarcerado e
finalmente executado. Ele assimilou o que Jesus dissera ao enviar os Doze: “Não
tenham medo de nada!”
Pedro e Paulo eram
membros de comunidades cristãs, e o vínculo se mostra de modo comovente no
relato dos Atos dos Apóstolos. “Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja
orava continuamente por ele”. Um pouco antes, quando Pedro e João haviam sido
liberados da prisão, a comunidade pedia em oração: “Agora, Senhor, olha as
ameaças que fazem, e concede que teus servos anunciem corajosamente a tua
Palavra” (At 4,29). Diante da perseguição, as comunidades pedem coragem, e não
tranquilidade. O que as sustenta é o encontro com Deus em Jesus Cristo.
Jesus faz uma
pergunta decisiva aos discípulos: “Quem sou eu para vocês?” Pedro o reconhece e
proclama Messias, e é o primeiro discípulo a fazê-lo. Porém, Jesus chama a si
mesmo ‘Filho do Homem’, e não Filho de Deus (cf. Mt 11,19; 12,8; 12,32),
acentuando assim seu vínculo com a humanidade. Isso significa que somente quem
está aberto e sintonizado com a lógica e a vontade de Deus pode reconhecer sua
presença nas ações e palavras deste filho da humanidade e irmão de todos os
seres humanos. Esta é a base sólida sobre a qual Jesus Cristo constrói a
comunidade cristã, literalmente, a assembleia dos chamados, e contra a qual
nada prevalece.
Crer,
confiar, partilhar e anunciar: estes são os verbos essenciais da gramática
vital dos cristãos. Só chega à meta da caminhada de discípulo quem conjuga
estes verbos em todos os tempos, modos e pessoas. É nesta perspectiva que,
escrevendo na cela da prisão, Paulo faz um balanço de sua vida e suas palavras
são eloquentes: “Chegou o tempo da minha partida. Combati o bom combate,
terminei a corrida, guardei a fé.”
Sugestões para a
meditação
§ Procure afastar-se das respostas e
doutrinas aprendidas, e responda à pergunta de Jesus, descrevendo o lugar que
ele ocupa na sua vida, e como ele influi nas suas relações, ações e opções,
grandes ou pequenas
§ Recorde as consequências que esta
resposta de Pedro tem na vida dele, de Paulo e dos discípulos que vieram depois
deles
§ Deixe ressoar em você a palavra de
Jesus: “Feliz és tu, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o
meu Pai!”
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