Há quem condene o
outro pensando agradar a Deus | 724 | 26.05.2025 | João
15,26-16,4
Neste afetuoso e
tenso diálogo profético com seus discípulos na noite em que seria preso, com a
colaboração traiçoeira de um deles, Jesus faz questão de sublinhar o caráter
exigente e conflituoso da vida e da missão de quem o segue. O discípulo que participa
da mesa do Pão e da Palavra, que toma a toalha e lava os pés da humanidade, não
pode imaginar que tudo acontecerá pacificamente, que o Reino não encontrará
oposição, que o caminho será pavimentado de flores e de aplausos.
Jesus garante aos seus discípulos que
enviará um Defensor permanente, um
“Outro Advogado” (o primeiro foi ele mesmo!), que prosseguirá sua missão, e que
sempre atestará a inocência de quem se mantém no caminho do seu Evangelho. No
tribunal da história, os cristãos jamais ficarão desassistidos tanto na defesa
como na acusação dos “podres poderes”. O Espírito
da verdade e da fidelidade testemunhará a autenticidade messiânica de Jesus e
será o fundamento seguro do testemunho público dos discípulos, especialmente
quando sofrerem oposição.
Trata-se do Supro de Deus, que
sustenta a criação e dá dinamismo, direção e meta à caminhada da humanidade, e
suscita o testemunho profético dos cristãos, chamados a criticar e orientar os
movimentos históricos conforme a vontade de Deus, a serviço da libertação da
humanidade. Nisso, é preciso estar com Jesus desde o começo, passando pela sua
paixão e morte, e não apenas na fase da ressurreição. É nesta comunhão com o Filho
enviado pelo Pai que os discípulos encontrarão força e consolo.
Para
um judeu era impensável e terrível ser excluído da sinagoga ou barrado no templo. Mas Jesus previne seus discípulos e
discípulas de que isso acontecerá, pois a instituição religiosa do templo está
pervertida, participa de uma fraude e faz parte das hostilidades impostas a
Jesus e seus seguidores pelo “príncipe deste mundo”. O templo fora transformado
numa instituição que cultua um “deus” que aceita e até patrocina a morte
violenta do ser humano. Seus chefes não conhecem o Pai e não estão do lado ser
humano. Que isso soe advertência a todas as instituições!
Sugestões para meditar
§ Perceba
a perplexidade deles diante do anúncio da morte de Jesus e da previsão da
oposição que sofreriam para continuar a missão recebida por Jesus e confiada
aos discípulos e discípulas
§ Você
percebe manifestações de oposição e resistência à missão dos seguidores de
Jesus? Como e onde estes sinais aparecem
mais?
§ Qual
seria a atitude mais adequada de quem pede, clama e espera o ajuda do
“Advogado” para defende-lo das ameaças da missão?
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