segunda-feira, 30 de julho de 2012

Liberdade, liberdade!


“A liberdade se corrompe no mesmo dia em que se torna segurança, e no dia em que renunciamos a ela por amor à segurança caímos numa escravidão incurável. No fundo, a liberdade é vivida exemplarmente somente nas úmidas prisões, nas barricadas, nas salas clandestinas dos conspiradores. Nos capitólios, a liberdade é posta na jaula e morre de tristeza.

Para ser livre é preciso dar-se conta de que a liberdade é como aquela moça simpática em cuja janela cantaremos serestas durante toda a vida: ela continuará a nos iludir não fechando a janela para nos despedir, mas também nunca descerá à rua para se entregar ao nosso amor.”

(Arturo Paoli, La pazienza del nulla, Milano: Chiaralettere, 2012, p. 84-85)

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