sábado, 31 de outubro de 2020

ANO A | TEMPO COMUM | COMEMORAÇÃO DOS FIÉIS DEFUNTOS | 02.11.2020

A morte não deve ser temida e escondida, mas esperada e preparada!

As festas dos/as Santos/as e de Finados não são uma relíquia do passado, nem um negócio de floriculturas. São a oportunidade que temos de nos perguntar: que significa a morte para nós? É o momento propício para recordar, de forma agradecida, todos/as que nos precederam e, ao mesmo tempo, de nos perguntar, pelo menos uma vez ao ano, como queremos viver e como estamos vivendo. Vivemos como quem é ameaçado/a pela noite escura e vazia ou como quem espera um encontro festivo e um abraço afetuoso?

Tendo presente as palavras de Jesus, nós recordamos todos os/as falecidos/as, sobretudo aqueles/as com quem convivemos e deixaram marcas evangélicas em nossas vidas. Recordamos não só como ausentes, mas também como presentes. Estão presentes porque estão vivos/as “em-Deus”, que é Deus dos vivos. Estão vivos/as em nosso coração pelo amor que lhes dedicamos. Estão vivos/as nos frutos positivos que semearam em suas vidas e em nossas vidas; e porque continuam amando, e de uma maneira mais plena, em Deus.

morte é inevitável e costuma nos surpreender, às vezes de maneira muito violenta. Ela é a única certeza absoluta que temos. No entanto, apesar de ser algo tão certo e que todos os seres vivos compartilhamos dessa realidade, não é fácil falar da morte. No contexto atual, a morte passou a ser um tabu; por isso, ela é escondida. Hoje, evitamos falar da morte, mesmo estando continuamente ela presente na nossa vida familiar e em nosso círculo de relações. Acima de tudo, queremos evitar pensar sobre a nossa própria morte, o único evento certo que está diante de nós.

A morte é afastada para lugares apropriados e torna-se a única realidade obscena, algo que não deve ser visto, contemplado, considerado. Mas, a vida marcada pelo medo da morte é uma vida em terra de sombras, que contradiz nossa vocação de sermos filhos/as do dia e da luz. Se a morte nos surpreende apegados/as apaixonadamente à vida, terminaremos humilhados/as e derrotados/as. Para a fé cristã, a morte é passo para a comunhão plena, o último passo. Por isso, a morte não pode ser escondida, deve ser preparada. A fé revela-nos a morte como momento em que a pessoa se abre para dimensões nunca antes imaginadas.

Os/as santos/as e os/as falecidos/as que conhecemos, sobretudo nossos parentes e ancestrais, são as raízes das quais vivemos. Finados é uma ocasião privilegiada para aprofundar e reflexão sobre a árvore que nós mesmos somos. Nossa árvore tem raízes profundas e abre uma copa no alto. Somos seres da terra e do céu. Nossas raízes são nossos antepassados. Por meio de rituais compartilhamos de seu vigor e de sua fé.

A morte não entende de títulos, de êxito ou de fracasso. E de duração entende algo, mas não muito, porque ninguém tem uma idade garantida, salvo a que temos neste momento. Não é que devamos viver assustados/as, temerosos de um acidente ou ameaçados/as por uma doença que nos está esperando atrás de alguma esquina. Não é que a perspectiva de morrer, ou de perder a quem amamos, tenha de nos paralisar. Mas sim, deveria nos dar perspectivas para dedicar mais tempo àquilo que cremos ser importante.

Se rezamos por e com nossos mortos não é para que Deus lhes conceda algo que não obteriam sem a nossa intervenção. O amor de Deus por eles/as ultrapassa infinitamente o nosso. O que buscamos é tomar consciência da nossa comunhão com eles/as. Todas as suas falhas passadas são também falhas nossas, e todas as suas virtudes nos pertencem. Em Deus, a humanidade é una como o próprio Deus é Um.

Como cristãos, temos o privilégio de olhar a morte de frente. Por quê? Porque podemos olhá-la com esperança, com a certeza de que a morte não é o final do caminho, mas a porta para a vida eterna. Jesus Cristo nos precedeu na morte, e ressuscitou para nos dizer que não tenhamos medo. O fato de assumir com inteireza o fato de que vamos morrer pode nos ajudar a viver de uma maneira mais autêntica e, inclusive, mais alegre, pois nos conecta com nossa realidade de seres finitos.

Somos todos peregrinos/as e vivemos contínuas travessias provisórias até fazermos a grande travessia para Deus. Quando nascemos, recebemos o sopro do Criador; quando morrermos seremos aspirados para dentro de Deus. Nosso destino é o Coração de Deus: “D’Ele viemos e para Ele retornamos”. Por isso, somos eternos/as. Já vivemos a eternidade nesta vida. Descobrimos no coração de nossa vida mortal a eternidade que vive em nós. Na verdade, a morte nunca fala sobre si mesma. Ela sempre nos fala sobre aquilo que estamos fazendo com a própria vida

Pe. Adroaldo Palaoro SJ

Livro do Jó 19,21-27 | Salmo 22 (23)

Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 15,20-28 | Evangelho de São Lucas 12,35-40

Leitura Orante do Evangelho 193 (01.11.2020)

Dia 01 de Novembro| Domingo | Festa de Todos os Santos

Evangelho segundo Mateus (5,1-12)

 

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).

Em tempos de restrições à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e evitem escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.

 (Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)

 

(1)    Coloque-se em atitude de oração

·      Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a oração

·      Escolha o lugar no qual você se sinta bem

·      Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·      Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

·      Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·      Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·      Prepare-se ouvindo esta canção. (Clique aqui:  https://www.youtube.com/watch?v=MKrgu4Wi89Q&list=PL9kHtXJvFztKfFsG9v-R5Idp8ZYMT-7Fg&index=10)

 

(2)    Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de Mateus 5,1-12

·      Leia o texto em voz alta (se possível)

·      Este belo e universalmente conhecido pronunciamento de Jesus ilumina e orienta a solenidade de todos os santos e santas

·      Este pe também o fio condutor que o Papa Francisco escolheu para sua carta encíclica sobre a vocação à santidade

·      Jesus desdobra o caminho e o perfil da santidade em oito aspetos complementares (não são oito grupos de pessoas!)

·      Para Jesus e seus discípulos/as, a felicidade coincide com a santidade, e é acessível na luta para que todos/as sejam felizes

·      A conquista da felicidade, sonho de todo ser humano, se dá pelo caminho da santidade, centrada na fome e sede de justiça

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)    Medite a Palavra de Deus

·      Reconstrua o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você

·      Retome as bem-aventuranças uma a uma, observando o porquê da felicidade relacionada em cada aspecto

·      Podemos dizer que é nisso que reside nosso sonho, nossas aspirações, nossa meta?

·      Em qual desses oito aspectos do caminho da felicidade e da santidade você precisa crescer mais?

 

(4)    Reze com o texto lido e meditado

·      Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·      Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·      Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·      Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·      Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·      Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·      Louve a Deus por ele se interessar e empenhar pela nossa felicidade e realização plena

·      Visualize, entre as pessoas que você conhece, aquelas que mais se aproximam dessa meta, e louve a Deus por elas

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·      Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·      Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·      Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·      Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·      Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

 

(6)    Retorne à vida cotidiana

·      Se considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão do texto lido

·      Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração desse dia.

·      Recite ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie os passos meus!

·      Ouça e reze com a canção: Vejo a multidão em vestes brancas caminhando alegre e jubilosa (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=lYS-n3TFKuU)

·      Apague a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração

Para um cristão, não é possível imaginar a própria missão sem a conceber como um caminho de santidade, porque “a vontade de Deus é que sejais santos” (1Tes 4,3). Cada santo/a é uma missão, é um projeto do Pai que visa refletir e encarnar, em um momento determinado da história, um aspecto do Evangelho (Papa Francisco, Gaudete et Exsultate, 19).

 

LEITURA COMPLEMENTAR

Nas bem-aventuranças, Jesus propõe um caminho de santidade para seus discípulos e suas discípulas. Todas as pessoas são chamadas à santidade, a serem felizes. “Sede santos, porque eu, vosso Deus, sou santo”.

As bem-aventuranças são a porta do Sermão da Montanha. Elas são um programa de vida para a felicidade plena de quem adere à boa nova de Jesus. São orientações para o caminho da misericórdia. A felicidade não está apenas meditar a lei de Javé (como ensinavam os fariseus).

A justiça do Reino dos Céus, ou a vontade de Deus, é o carro-chefe das bem-aventuranças. Para Jesus de Nazaré, seu projeto do Reino é para esta vida, que é eterna. Ele não diz que as pessoas pobres “serão” felizes.

Na primeira e na oitava bem-aventurança, o Reino de Deus é o prêmio. No centro estão a busca da justiça (do Reino) e a busca da misericórdia (coração voltado para quem está na miséria). Realizada a justiça de Deus, os empobrecidos deixarão de ser oprimidos, pois haverá partilha e solidariedade. Por isso, Jesus os declara felizes.

A primeira bem-aventurança é a mais importante. Os pobres no Espírito são as pessoas nomeadas nas demais bem-aventuranças: as que choram, as que são humildes e não têm terra, as que têm fome, as que são misericordiosas, as puras de coração, aquelas que promovem a paz e as que são perseguidas por causa da justiça. Jesus anima a esperança deles anunciando o Reino para o tempo presente.

Mateus deixa claro que não basta ser pobre. É preciso ser “pobre no Espírito”, isto é, viver de acordo com o Espírito do próprio Deus. Ser pobre também por dentro, interiormente. Ser amante da verdade, do respeito à diversidade, sem preconceito contra pessoas pobres, negras ou indígenas, mulheres ou da diversidade sexual.

 (Ildo Bohn Gass)

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Leitura Orante do Evangelho 192 (31.10.2020)

Dia 31 de Outubro | Sábado | 30ª Semana do Tempo Comum

Evangelho segundo Lucas (14,1.7-11)

 

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).

Em tempos de restrições à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e evitem escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.

 (Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)

 

(1)    Coloque-se em atitude de oração

·      Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a oração

·      Escolha o lugar no qual você se sinta bem

·      Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·      Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

·      Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·      Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·      Prepare-se ouvindo ou cantando o mantra: A Palavra está perto de ti, em tua boca e em teu coração. (Clique aqui:  https://www.youtube.com/watch?v=BU9zUi4N3Yc)

 

(2)    Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de Lucas 14,1.7-11

·      Leia o texto em voz alta (se possível)

·      Durante uma refeição na casa de um líder dos fariseus, Jesus observa o comportamento presunçoso daquele grupo

·      Enquanto eles vigiam Jesus para condená-los, Jesus os observa e critica duramente a pretensão de serem os primeiros

·      No Reino de Deus o que determina quem são os primeiros não é a origem, a meritocracia ou o corporativismo

·      Jesus inverte a lógica social, afirmando e demonstrando que, para Deus e seu Reino, os últimos são os primeiros

·      Não se trata de se comportar de boas maneiras numa festa, mas de agir como discípulo/a do Reino de Deus

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)    Medite a Palavra de Deus

·      Reconstrua o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você

·      Acompanhe Jesus à casa do chefe dos fariseus, seu olhar vigilante sobre os fariseus e seu ensino provocador

·      Procure relacionar essa afirmação de Jesus com aquilo que ele demonstrou durante toda a sua vida e com o cântico de Maria

·      Faça uma revisão de seus pensamentos e comportamentos: você se considera melhor e mais meritório que outros/as?

 

(4)    Reze com o texto lido e meditado

·      Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·      Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·      Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·      Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·      Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·      Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·      Louve a Deus pela ternura e atenção com que se dirige aos últimos da escala social

·      Peça a Jesus a graça de ser coerente com a fé em Jesus e com a adesão aos valores do Reino de Deus

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·      Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·      Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·      Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·      Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·      Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

 

(6)    Retorne à vida cotidiana

·      Se considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão do texto lido

·      Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração desse dia.

·      Recite ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie os passos meus!

·      Ouça e reze com a canção: Eu acredito que o mundo o menor que padece acreditar no menor! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=1rhGICFfgsg)

·      Apague a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração

 

A missão não é uma parte da vida, ou um ornamento que podemos dispensar; não é um apêndice ou um momento entre tantos outros da minha vida. É preciso considerarmo-nos como que marcados a fogo por esta missão de iluminar, abençoar, vivificar, levantar, curar, libertar (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 273).

 

REFLEXÃO COMPLEMENTAR

Ontem vimos que, para Jesus, o reino de Deus e a defesa da vida tem absoluta primazia, em qualquer circunstância. A lei visa garantir o repouso e assegurar a dignidade dos seus filhos e filhas de Deus. Se deixados tudo de lado para salvar um animal, não há razão aceitável para se opor-nos à cura de uma pessoa necessitada.

O texto de hoje dá prosseguimento ao episódio na casa do líder dos fariseus. Eles vigiam Jesus, e Jesus não tira o olho deles. E não lhe passa despercebido a busca dos primeiros lugares e da relevância que contamina aquele grupo como o Corona vírus se dissemina hoje. Sem papas na língua, Jesus critica essa atitude com uma parábola.

Evidentemente, Jesus não está preocupado com o bom comportamento numa festa, ao estilo dos manuais de boas maneiras, bem ao gosto da burguesia. Jesus dirige sua crítica à doença que contagia líderes religiosos ou pessoas que se dizem “gente de bem”, em todos os tempos e latitudes: o mal de se considerar superior aos demais.

A parábola de hoje e aquela que se segue a ela estão unidas pelo viés da festa. Jesus oferece critérios novos e originais para ocupar os lugares e fazer a lista de convidados. É claro que ele se refere a quem precisa ser tratado com prioridade na sociedade, e qual é o papel das lideranças na perspectiva do Reino de Deus.

A vida de Jesus deixa claro quem são os últimos e quem são os primeiros no querer de Deus. É o inverso das regras e prioridades sociais, religiosas e econômicas. Deus não se orienta pelo corporativismo, pela meritocracia, pela demagogia ou pelo assistencialismo.

A vida e a missão de Jesus revelam de modo inequívoco e cabal que o dom de si, a partilha a generosidade radical e a generosidade são as linhas mestras da vida cristã.

 (Itacir Brassiani msf)