quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Leitura Orante do Evangelho (08.10.2020)

Dia 08 de Outubro | Quinta-feira | 27ª Semana do Tempo Comum

Evangelho segundo Lucas (11,5-13)

 

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).

Em tempos de restrições à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e evitem escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.

 (Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)

 

(1)    Coloque-se em atitude de oração

·      Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a oração

·      Escolha o lugar no qual você se sinta bem

·      Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·      Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

·      Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·      Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·      Prepare-se ouvindo ou cantando: Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor! /: Pra fazer tua vontade, pra viver do teu; pra fazer tua vontade, pra viver do teu amor :/Eis-me aqui, Senhor! (Clique aqui:  https://www.youtube.com/watch?v=n6JtRdBpUNU)

 

(2)    Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de Lucas 11,5-13

·      Leia o texto em voz alta (se possível)

·      Depois de ensinar os discípulos a rezar, a pedido deles, Jesus acrescenta duas pequenas parábolas, para ressaltar a confiança

·      Abertura à vontade de Deus e confiança no Pai são a base da oração dos cristãos

·      Como um vizinho é capaz de levantar à noite para ajudar um vizinho e exercitar a hospitalidade, e como um pai não dá coisas ruins aos filhos, assim é Deus com quem lhe pede em oração

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)    Medite a Palavra de Deus

·      Reconstrua o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena

·      Releia atentamente o texto, ligando-o com a oração de Jesus e prestando atenção às duas comparações

·      Qual é sua atitude ao rezar: desejo de dobrar Deus à sua vontade, fé mecânica e mágica num milagre, ou confiança e abertura ao Reino de Deus?

·      Qual é o pedido mais recorrente em sua oração?

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você

 

(4)    Reze com o texto lido e meditado

·      Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·      Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·      Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·      Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·      Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·      Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·      Reze com escutando e repetindo as palavras do Pai-Nosso, ensinadas por Jesus, conforme Lucas 12,2-4

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·      Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·      Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·      Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·      Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·      O que poderíamos fazer para ajudar as pessoas e comunidades cristãs a rezar abrindo-se com confiança a Deus e sua vontade?

·      Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

 

(6)    Retorne à vida cotidiana

·      Se considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão do texto lido

·      Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração desse dia.

·      Recite ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie os passos meus!

·      Ouça e reze com a canção: Senhor, o que queres que eu faça? Senhor, que o queres de mim? Mostra-me os teus caminhos! Senhor, o que queres de mim? (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=L5pYev7l4vY)

·      Apague a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração

“Deus é sempre o primeiro a amar-nos e, com este amor, vem ao nosso encontro e nos chama. A nossa vocação pessoal provém do fato de sermos filhos e filhas de Deus na Igreja, sua família, irmãos e irmãs naquela caridade que Jesus nos testemunhou” (Papa Francisco, Dia Mundial das Missões, 2020).

 

ELEMENTOS COMPLEMENTARES

Por causa da celebração ontem de Nossa Senhora do Rosário, não refletimos sobre a oração do Pai-Nosso, que Jesus ensina a pedido dos discípulos. Mais que uma oração, Jesus abre um horizonte, e convida-nos a uma atitude de abertura à vontade e ao Reino de Deus, de confiança absoluta nele e de reconciliação fraterna.

O trecho de hoje vem depois do Pai-Nosso, e reforça a atitude de proximidade, amizade e confiança em Deus como base da oração cristã. A oração nos ajuda a crescer no conhecimento e na fidelidade à vontade de Deus. Nela, o cristão capta e experimenta a bondade e a benevolência de Deus. A oração é abertura ao Reino de Deus, e não um modo de dobrar Deus para que faça a nossa vontade.

O texto de hoje é uma espécie de comentário à oração ensinada por Jesus, e sublinha que oração é essencialmente uma relação confiante e amistosa de Jesus e dos seus discípulos com Deus, que é pai. Esta relação amorosa e confiante com o Deus, pai e amigo, é ilustrada por Jesus mediante duas metáforas: a relação entre vizinhos; a relação entre pai e filho.

Para os povos do Oriente, a hospitalidade é sagrada, um dever básico das relações humanas, tanto entre conhecidos como em relação a estrangeiros e desconhecidos. É por isso que, mesmo à noite, o vizinho socorre seu amigo para que ele não falte em relação a esse dever sagrado para com a visita inesperada. Assim é Deus: ele não deixa de atender as necessidades de quem se dirige a ele.

A segunda metáfora recorre à relação entre pais e filhos. Um pai, mesmo não sendo exemplo de bondade, socorre os filhos em suas necessidades. Ninguém dá cobra ou escorpião quando os filhos pedem peixe ou ovo! Assim, Deus não nega o Espírito Santo àqueles que o pedem.

 (Itacir Brassiani msf)

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