segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

ANO C | TEMPO DE QUARESMA | QUARTA-FEIRA DE CINZAS | 02.03.2022

Falemos com sabedoria e ensinemos com amor!

É o segundo ano consecutivo que o povo brasileiro inicia a quaresma sem ter vivido o carnaval. Para muitos, é como ter vivido um duro tempo de penitência social e ter que iniciar um tempo de penitência quaresmal. E, infelizmente, não faltam pessoas que ainda insistem em atribuir a pandemia e a crise sanitária e sanitária que ela trouxe aos excessos de carnavais anteriores. Esta é uma forma perversa e detestável de encobrir as verdadeiras causas dessa tragédia humanitária.

Mesmo que o carnaval de salão continue a existir como passarela para exibicionismo da classe de cima, o mais puro e original do carnaval de rua continua sendo o protagonismo do povo. As pessoas que passam o ano inteiro dobradas sob o peso da exploração rasgam suas fantasias de povo submisso e lançam seu grito alegre e provocador, afirmando em cores e ritmos que a dignidade e a fraternidade são inegociáveis.

No domingo passado Jesus ensinava que um cego não pode oferecer-se como guia de outros cegos, e que não temos condições de apontar o cisco no olho do próximo se nosso próprio olhar está prejudicado pela sujeira. Com isso, ele já afirmava a necessidade de conversão permanente e alertava para a arrogância descabida de quem quer sentar-se na cadeira do juiz. Daí emerge a importância de uma campanha que suscite atitudes e gestos de fraternidade.

Falando em nome de Deus, o profeta Joel pede que rasguemos o coração e não as vestes, que mudemos nossas atitudes profundas e não a exterioridade das fantasias e máscaras. Já vivemos o suficiente para aprendermos que não basta mudar de governo, de partido ou de Igreja. A desumanidade corroeu todas as instituições e setores sociais. Sem arrependimento sincero, sem mudança profunda e estrutural não há esperança possível nem comportamento inocente.

Jesus suspeita até da religião e suas expressões mais piedosas. Ele ensina que não basta proclamar que Deus está acima de tudo, pois isso pode ser uso da religião para esconder interesses de classe. O simples uso público e político da religião já deve soar como sinal de alarme, pois pode beirar à hipocrisia e a busca de vantagens, elogios e votos. Ao mesmo tempo em que questiona o uso interesseiro da religião, Jesus repete que Deus vê o que está oculto ou escondido.

Junto com a certeza de que Deus vê aquilo que fazemos sem publicidade, precisamos cultivar o olhar de Deus, ou seja, a capacidade de ver aquilo que não tem notoriedade: a doação e o engajamento sincero e cotidiano de milhares de pessoas pelo bem comum; os grupos e movimentos que lutam pela paz e contra a guerra; a multidão de homens e mulheres que, em nome da sua fé, defendem e servem os pobres e as vítimas, e não apenas as vítimas das catástrofes.

No momento em que presenciamos atônitos e demasiadamente passivos a ação de “milícias digitais” que torcem tudo o que é reto e tornam palatáveis os venenos mais perniciosos, a Igreja do Brasil nos convoca a falar com sabedoria e ensinar com amor, como o fez Jesus. A Campanha da Fraternidade nos convoca a olhar criticamente para os processos educativos familiares, eclesiais e civis e vertê-los para um horizonte humanista, dialogal e libertador.

E quando somos obrigados a assistir desolados o espocar de mais uma guerra, dessa vez desejada e provocada pela Rússia, somos interpelados a superar nossos olhares enviesados e recordar outras tantas tragédias humanitárias provocadas por potências do ocidente que hoje se fazem passar por defensoras da soberania dos países e dos direitos humanos. Seus porta-vozes falam com hipocrisia e ensinam o que não fazem. Com eles, precisamos despir as máscaras de “pessoas de bem” e revestir-nos da verdade que despoja e nos eleva.

Jesus misericordioso e compassivo, que falas com sabedoria e ensinas com amor, dá-nos um coração sábio e capaz de reconhecer o teu Reino entre nós. Em tua misericórdia e habitando entre nós, testemunhaste o amor solidário de Deus e ensinaste o Evangelho que torna sábios aqueles que o mundo despreza. Que seu exemplo nos conduza a esta sabedoria e nos faça bons educadores, verdadeiros parteiros/as de uma humanidade renovada e sábia. Assim seja! Amém!

Itacir Brassiani msf

Profecia de Joel 2,12-18 | Salmo 50 (51) | 2ª Carta de Paulo aos Coríntios 5,20-6,2 |  Evangelho  de São  Mateus (6,1-6.16-18)

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 679

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 679

Dia 02/03/2022 | Oitava Semana Comum | Terça-feira

Evangelho segundo Marcos (10,28-31)

(1)  Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Reze, ouvindo ou cantando: Tua Palavra é luz no meu caminho; luz no meu caminho, Senhor, tua Palavra é! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)

 

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de Marcos 10,28-31

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        Nesta terça-feira que seria de carnaval, prestes a iniciar o tempo de quaresma, continuamos com o evangelho segundo Marcos

·        Na cena anterior, um homem rico se apresentou como candidato a discípulo, mas voltou atrás por causa do apego às riquezas

·        Jesus lamentou que aquele homem não percebesse o quanto lhe faltava, e como é difícil para os ricos entrar na dinâmica do Reino

·        Pedro e seus companheiros se aventuraram nesse caminho, e Jesus observa que, com isso, já receberam 100 vezes mais mediante a abundância gerada na partilha comunitária

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)  Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·        Recomponha a cena, relendo os versos 15 a 27, que relatam o encontro de Jesus com as criancinhas e, depois, com o jovem rico

·        Observe a reação dos discípulos, especialmente do homem que se apresentou como candidato a discípulo

·        Será que não corremos o risco de nos apresentar diante de Deus ostentando nossos méritos, em consciência daquilo que nos falta?

·        Conseguimos perceber que tudo aquilo do que abrimos mão nos havia sido dado, e que tudo o que temos pertence a todos?

·        Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Agradeça ao Senhor por ele revelar aquilo que lhe falta, e ajudar a reconhecer tudo aquilo que você recebeu e recebe de graça

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

 

(5)  Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite a invocação: “Jesus, mestre na Escola do Evangelho, ensina-nos a superar os vícios de homens velhos!”

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Ouça e cante canção de São Francisco (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=OPzXNjH38Ac)

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre Marcos 10,28-31

Na véspera de iniciarmos o tempo quaresmal, continuamos com o evangelho segundo Marcos. Nos versos anteriores, tínhamos o relato do encontro de Jesus com um homem rico. Ele voltou atrás desiludido com as exigências do seguimento. E Jesus desabafou: que um rico aceite seu caminho é tão raro como um camelo passar pelo buraco de uma agulha!

Os discípulos reagiram à comparação de Jesus, pois se os ricos não estão mais perto de Deus, o que dizer dos doentes, dos pobres e dos estrangeiros? Mas, aquilo que para muitos parece impossível, para Deus é absolutamente normal: a riqueza dos ricos não é bênção de Deus, e a prosperidade não é sinal de fidelidade; no reino de Deus e no coração do Deus do Reino, os pobres estão no centro!

É neste contexto que Pedro toma a Palavra e apresenta a Jesus um fato: aquilo que o jovem rico e sua classe não quisera fazer, os discípulos o fizeram, livremente ou em consequência das perseguições. Eles deixaram os bens e seguiram Jesus, em busca de um bem maior, do único bem: do reino de Deus. Pedro apenas constata, mas parece “cobrar a conta”, pois ainda não haviam provado a vida eterna, apenas incompreensões.

Jesus responde solenemente, sublinhando que o retorno estava assegurado, mas em dois tempos: agora, durante esta vida; no mundo futuro. Agora, quem relativizou tudo pelo absoluto do Reino de Deus no caminho de Jesus, já recebe 100 vezes mais em termos de hospitalidade, ajuda, companheiros e apoiadores mediante a fraternidade e a partilha comunitária. Mas isso sempre em meio às perseguições, próprias do/a discípulo/a no mundo.

No mundo futuro, que é o Reino de Deus plenamente realizado, que começa aqui mas aqui não chega ao seu têrmo, uma vida densa e intensa em termos de dinamismo e de sentido, uma vida que desborda a história e avança para a eternidade. Com o olhar fixo no “mundo futuro”, o/a discípulo é convidado/a e ver já “agora” os frutos da sua entrega: os benefícios da vida em comum.

 (Itacir Brassiani msf)

Reflexão do Papa Francisco

“A família é o âmbito não só da geração, mas também do acolhimento da vida que chega como um presente de Deus. Cada nova vida permite-nos descobrir a dimensão mais gratuita do amor, que nunca cessa de nos surpreender. É a beleza de ser amado primeiro: os filhos são amados antes de chegar. Isto mostra-nos o primado do amor de Deus que sempre toma a iniciativa, porque os filhos são amados antes de ter feito algo para o merece”. (Amoris Laetitia, nº 166)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

domingo, 27 de fevereiro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 678

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 678

Dia 28/02/2022 | Oitava Semana Comum | Segunda-feira

Evangelho segundo Marcos (10,17-27)

(1)  Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Reze, ouvindo ou cantando: Eu vim para escutar tua Palavra de amor! (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=SCJxnuDsS_A)

 

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de Marcos 10,17-27

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        No sábado, no episódio das crianças, Jesus nos ensinava como viver as novas relações do Reino de Deus nas relações familiares

·        No episódio de hoje, Jesus aplica a equação primeiro x último às relações entre as classes sociais

·        O homem que se aproxima de Jesus crê ter tudo e ser o melhor: diz que cumpriu os mandamentos desde a infância

·        Jesus o desnuda, apontando claramente várias coisas que lhe faltavam, e ele mesmo mostrou que não era um homem livre

·        Jesus não aposta suas fichas nos ricos que desejam ser discípulos; na verdade, ele vê uma ruptura entre riquezas e o reino de Deus

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)  Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·        Releia o texto e contemple a cena, procurando dar atenção a cada gesto e a cada palavra, tanto as de Jesus como as do home rico

·        Não ocorre também hoje considerar as elites como mais abençoadas, exemplares e dignas de serem imitadas?

·        Como nos aproximamos de Jesus: ostentando nossos méritos e perfeições, sem consciência das nossas carências e desejos?

·        Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Ó Jesus, não me deixes jamais caminhar solitário, pois conheces as minhas fraquezas e o meu coração...

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

 

(5)  Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        Como assimilar na vida e na missão essa oposição excludente seguir Jesus e não se importar com as necessidades dos pobres?

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite a invocação: “Jesus, mestre na Escola do Evangelho, ensina-nos a superar os vícios de homens velhos!”

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Ouça e cante “Palhaços e reis”, de Ivan Lins (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0Ni_DD4gUyM&t=43s)

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre Marcos 10,17-27

Na reflexão do sábado vimos que, na família cristã iluminada pelo Evangelho, assim como nas comunidades eclesiais, as crianças têm seu lugar e são bem colhidas. Mais: todas as pessoas e grupos sociais fragilizados e vulneráveis devem ser acolhidos e tratados como cidadãos plenos, portadores de dignidade e sujeitos de direito.

Na cena do evangelho de hoje Jesus conclui seu dramático ensinamento sobre as novas relações sociais instauradas pelo Reino de Deus e nos mostra plasticamente como “pessoas de bem” têm enormes dificuldades de entender e seguir Jesus. O personagem é proprietário de muitos bens, e não é discípulo de Jesus. Nesta cena, a questão do maior e do menor é aplicada às classes sociais.

O sujeito se aproxima de Jesus sem disfarçar seu jeito bajulador. Ele se dirige a Jesus com uma saudação que equivale â expressão “excelência”, esperando ser tratado da mesma forma. Jesus rejeita o título para si mesmo e não o usa para o homem rico. Na verdade, Jesus reprova esse tipo de bajulação e falsidade.

O homem pergunta o que deve fazer para conseguir a vida eterna, e Jesus recorda alguns dos mandamentos, acrescentando “não prejudicarás (roubarás) ninguém”, que não aparece entre os mandamentos. Nesse acréscimo está embutido uma advertência ou um questionamento: como ele adquiriu suas riquezas?

O homem não se dá por rogado, sente-se perfeito, não percebe o que lhe falta: ir, vender, dar, vir, seguir. Em outras palavras: falta-lhe libertar-se das propriedades que o possuem e tornar-se discípulo de Jesus. Isso ele não suporta, e procura esquivar-se diante do imperativo de repartir os bens com os pobres para ser livre.

O comentário de Jesus diante da atitude do home não deixa dúvidas: a posse de muitos bens é um grande impedimento para a adesão ao Reino de Deus. Jesus é muito cético diante dos discípulos ricos. A metáfora do camelo e do buraco da agulha, uma picante ironia de Jesus, o dizem claramente. A solidariedade com os pobres é a porta de entrada no Reino de Deus. Riqueza não é sinal de bênção!

 (Itacir Brassiani msf)

Reflexão do Papa Francisco

“Uma vez que somos feitos para amar, sabemos que não há maior alegria do que partilhar um bem: “Dá e recebe, e alegra a tua vida” (Sir 14, 16). As alegrias mais intensas da vida surgem, quando se pode provocar a felicidade dos outros, numa antecipação do Céu. É doce e consoladora a alegria de fazer as delícias dos outros, vê-los usufruir delas. Este júbilo, efeito do amor fraterno, não é o da vaidade de quem olha para si mesmo, mas o do amante que se compraz no bem do ser amado, que transborda para o outro e se torna fecundo nele”. (Amoris Laetitia, nº 129)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

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