quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 652

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 652

Dia 03/02/2022 | Quinta Semana Comum | Quarta-feira

Evangelho segundo Marcos (6,7-13)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se ouvindo a canção “Envia tua Palavra...” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=8DSQfRdpRQ4o)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de Marcos 6,7-13

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        Sem a aceitação da manjedoura e da cruz, nossa fé em Deus pode degenerar em fuga da realidade e perigosa ideologia religiosa

·        A encarnação de Jesus na condição humana de fragilidade é um princípio dinamizador da vida e da missão

·        Esse dinamismo implica na escolha e na confiança nos meios simples e frágeis e afastamento dos meios mais potentes

·        E Jesus demonstra isso na escolha e envio dos discípulos, assim como nos critérios orientadores da missão deles

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, nesse momento?

·        Releia o texto com atenção, interagindo com Jesus e com aqueles que ele escolheu e instruiu para a missão

·        Em que medida nós e nossas comunidades ainda não conseguimos aceitar a importância das ações frágeis e pequenas?

·        Você acredita mesmo que este mundo será melhor quando o menor que padece acreditar no menor?

·        Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Peça a Deus a graça de confiar na força criativa da fraqueza e de perseverar na missão

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        Como superar a tentação de confiar apenas nos meios potentes e nos agentes mais poderosos para desenvolver nossa missão?

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite ou cante a invocação: “Jesus, que vens ao nosso encontro com Maria e José, mantém nossa comunidade iluminada pela fé!”

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Medite a canção de Zé Geraldo “O profeta” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=JRKyEhwWh_s)

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre Marcos 6,7-13

No episódio anterior (v. 1-6), o esperado encontro de Jesus com sua família e seus conterrâneos de Nazaré terminou em desencontro. Jesus percebeu que, como muitos profetas, ele não era reconhecido pelas pessoas mais próximas dele, tanto do povoado como da própria família. Eles também eram vítimas da ideologia que não consegue acreditar na força dos fracos.

Mas Jesus não se rende às objeções a um Deus que assume a condição humana humilhada. Os sinais mais eloquentes e transformadores do Reino de Deus vêm exatamente da ação dos pequenos e marginalizados. Que eles atuem de forma pública e transformadora é um sinal da libertação já conquistada. O Reino de Deus não depende da eficácia dessas ações, pois o fato de os amordaçados falarem já é a libertação em curso.

Indiferente a este desprezo, Jesus põe sua confiança naquela gente pequena e desprezada que ele acolheu e escolheu para a sua comunidade-semente, a nova família que ele reuniu em torno do Evangelho. E os envia para multiplicar sua ação emancipadora por doze, sem o apoio de meios potentes, que só fazem impressionar e intimidar. Seria como negar com os fatos a Boa Notícia que anunciavam com as palavras.

É este o significado das recomendações que Jesus faz àqueles que envia: não levar reserva de alimentação, nem reserva técnica de dinheiro; dispensar também as roupas desnecessárias; levar apenas o cajado e calçar sandálias, para facilitar e agilizar as caminhadas.

Mas Jesus pede que eles não deixem de fazer o que é indispensável: não atuem sozinhos, mas em companhia de outros; convertam os pensamentos elitistas, que menosprezam os pobres; curem os doentes e libertem as pessoas dominadas, para que possam viver plenamente; evitem retaliações violentas contra aqueles que não os ouvem nem acolhem. Eis o essencial da missão, em qualquer tempo e lugar: sair ao encontro como amigos/as e hóspedes; confiar na força libertadora da fragilidade; manter a abertura e o diálogo; fazer bem e fazer bem sem olhar a quem.

(Itacir Brassiani msf)

Reflexão do Papa Francisco

“No mundo atual, aprecia-se o testemunho dos cônjuges que não se limitam a perdurar no tempo, mas continuam a sustentar um projeto comum e conservam o afeto. Isto abre a porta a uma pastoral positiva, acolhedora, que torna possível um aprofundamento gradual das exigências do Evangelho. Mas muitas vezes gastamos as energias pastorais multiplicando ataques ao mundo decadente, com pouca capacidade de indicar caminhos de felicidade. Muitos não sentem a mensagem da Igreja sobre o matrimônio e a família como um reflexo claro da pregação e das atitudes de Jesus”. (Amoris Laetitia, nº 38)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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