sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 654

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 654

Dia 05/02/2022 | Quarta Semana Comum | Sábado

Evangelho segundo Marcos (6,30-34)

(1)  Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se ouvindo a canção “Envia tua Palavra...” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=8DSQfRdpRQ4o)

 

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de Marcos 6,30-34

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        Jesus inicia sua missão com a prisão de João, que o precede também na condenação e na execução

·        Enviados em missão como carismáticos itinerantes, os apóstolos dependem da hospitalidade alheia e devem saber que os espera

·        No retorno da breve experiência missionária, os apóstolos não tiram férias, mas entram no dinamismo incansável da compaixão

·        Diante de um povo abandonado pelos líderes e instituições que deviam cuidar dele, Jesus e seus discípulos não podem se omitir

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)  Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, nesse momento?

·        Releia o texto com atenção, acompanhando o retorno dos apóstolos, o convite ao descanso, a multidão que os rodeia

·        A formação, a oração, as celebrações e outras demandas da vida cristã não podem ser obstáculos ao “ministério da compaixão”

·        A verdadeira evangelização (anúncio da Boa Notícia de Deus) se concretiza e culmina na compaixão demonstrada nas ações

·        Em que medida é a humana e divina compaixão de Jesus que dinamiza nossa formação, nossa oração e nossa missão?

·        Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Peça a Deus, com humildade e sinceridade, que forme seus pensamentos, sentimentos e relacionamentos na sua compaixão

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

 

(5)  Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        Que passos e estratégias poderíamos dar, como família e como Igreja, para avançar na formação ética e espiritual dos membros

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite a invocação: “Jesus, que vens ao nosso encontro com Maria e José, mantém nossa comunidade iluminada pela fé!”

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Medite a canção de Zé Geraldo “O profeta” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=JRKyEhwWh_s)

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre Marcos 6,30-34

No episódio do envio dos apóstolos ao “estágio missionário” (cf. Mc 6,7-13), a ênfase recaía sobre as instruções de Jesus para a missão. Na crônica sobre a trama e morte de João Batista (cf. Mc 6,14-29), o evangelista sublinhava o recorrente confronto entre reis arrogantes e enfraquecidos com os profetas que não calam a verdade. Este é o caminho e o destino de Jesus, s os discípulos/as missionários/as que ele envia também devem preparar-se para isso.

No episódio de hoje, Marcos descreve o que acontece quando os discípulos voltam do breve “estágio missionário”. Eles foram enviados como missionários itinerantes, dedicados integralmente ao anúncio e realização do Reino de Deus, absolutamente dependentes da hospitalidade alheia. Voltando, eles se reúnem diante de Jesus e compartilham o que haviam feito e ensinado.

Atento ao cansaço e aos limites do apostolado deles, Jesus os convida para um retiro de descanso e de aprofundamento do seu ensino. Este descanso/retiro se faz necessário, pois é muita gente chegando para pedir socorro a ponto de limitar até as condições para se alimentar adequadamente. Mas a proposta de descanso se torna uma lição inesquecível de dedicação incansável ao Reino de Deus, concretizada na compaixão pelo povo necessitado.

De fato, enquanto os discípulos que apenas estreavam como apóstolos ainda tinham dificuldades de reconhecer a identidade de Jesus, as multidões cansadas e abatidas, abandonadas pelos seus líderes e pastores políticos e religiosos, intuem quem é Jesus, depositam nele suas derradeiras esperanças e chegam antes deles no “retiro”. É isso que relatam os versículos subsequentes.

A dedicação incansável de Jesus ao povo, e sua ação curadora e emancipadora, é a lição que faltava aos apóstolos. A missão não é uma etapa, um momento, uma entre outras atividades que nos ocupam. A divina e humana compaixão não conhece agenda. E as pessoas descartadas pelos “pastores” de plantão são a prioridade dos discípulos missionários. Mesmo quando se retiram para a oração e a formação, o povo está presente por todos os lados.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Reflexão do Papa Francisco

“O desenvolvimento afetivo e ético duma pessoa requer uma experiência fundamental: crer que os próprios pais são dignos de confiança. Isto constitui uma responsabilidade educativa: com o carinho e o testemunho, gerar confiança nos filhos, inspirar-lhes um respeito amoroso. Quando um filho deixa de sentir que é precioso para seus pais, embora imperfeito, ou deixa de notar que nutrem uma sincera preocupação por ele, isto cria feridas profundas que causam muitas dificuldades. Esta ausência provoca um sofrimento mais profundo do que a eventual correção recebida por uma má ação”. (Amoris Laetitia, nº 263)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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