quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 668

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 668

Dia 18/02/2022 | Sexta Semana Comum | Sexta-feira

Evangelho segundo Marcos (8,34-9,1)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·          Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·          Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·          Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·          Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·          Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·          Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·          Reze, ouvindo ou cantando: Tua Palavra é luz no meu caminho; luz no meu caminho, Senhor, tua Palavra é! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·          Leia com toda a atenção o texto de Marcos 8,34-9,1

·          Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·          Jesus havia interrogado seus discípulos sobre o que o povo e eles mesmos pensavam dele

·          Diante da resposta de Pedro e da sua tentativa de desviar Jesus do caminho do amor despojado de poder, Jesus retoma a palavra

·          No texto de hoje, Jesus faz um convite público ao discipulado, mas não deixa de apresentar claramente as exigências que comporta

·          Uma delas é abrir mão de assegurar a todo custo a própria vida, evitando manter intactas o sistema que oprime e ameaça

·          Outra é participar da humilhação de Jesus, aceitando ser publicamente execrado e condenado como rebelde

·          O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·          Releia o texto frase por frase, percebendo o significado político e social das expressões utilizadas por Jesus

·          O que você está disposto/a a dar para conservar sua vida? O que você estaria disposto/a a fazer para que venha o Reino de Deus?

·          Quais são as consequências dessas exigências de Jesus para quem adere ele e deseja seguir seus passos hoje?

·          Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·          Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·          Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·          Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·          Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·          Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·          Jesus, tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passos meus seguindo os teus!

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·          Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·          Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·          Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·          Por onde começar a superação da espiritualização e privatização da fé em Jesus Cristo e do seguimento dos seus passos?

·          Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·          Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·          Recite a invocação: “Jesus, mestre na Escola do Evangelho, ensina-nos a superar os vícios de homens velhos!”

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Ouça e cante canção de São Francisco (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=OPzXNjH38Ac)

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre Marcos 8,34-9,1

Depois do papel contraditório de Pedro diante da pergunta de Jesus sobre o que os discípulos pensavam dele, faz um convite público ao discipulado, colocando também sua exigência fundamental: “Quem quiser vir após mim tome sua cruz e siga-me”.

Naquele tempo, a semântica da cruz era claramente política: era a pena de morte que o Império Romano impunha aos revoltosos das classes populares. Carregar a cruz fazia parte do rito de condenação política: desfilando publicamente com a cruz às costas, o condenado ajudava a divulgar a ideia de que ele era mesmo um criminoso.

Por isso, tomar a cruz e carregá-la atrás de Jesus significava aceitar ser marginalizado pelo sistema injusto que legitimava a injustiça. Na mesma linha vai a exigência de “renunciar a si mesmo”: faz parte do estímulo aos soldados temerosos diante de uma batalha iminente. Quem se deixa tomar pelo medo, acaba fortalecendo quem intimida.

A ameaça de morte é a extrema manifestação de poder. O medo diante dessa ameaça mantém intacto o poder dos dominadores. Resistindo ao medo e assumindo a prática alternativa do Reino de Deus, mesmo que ao custo da morte, os seguidores de Jesus contribuem para a superação da injusta ordem dominante.

Questionando o que adianta ganhar “mundos e fundos” e perder a vida, e perguntando o que uma pessoa estaria disposta a dar em troca da vida, Jesus sublinha que a fidelidade a ele não tem preço. Sua proposta é o confronto com as instituições e grupos que oprimem, e não a adequação das pessoas a elas.

Assim, quem quiser segui-lo precisa identificar-se com se programa “subversivo”. A “prova dos nove” do discípulo será sua atitude quando for interrogado pelas autoridades. Quem renuncia a si mesmo acabará naturalmente carregando a cruz da perseguição e da execração pública, mas terá exatamente nisto mesmo sua grandeza. O próprio Jesus se orgulhará de tê-lo como amigo e discípulo e o defenderá. E isso pode significar reconhecer e testemunhar o Reino de Deus se realizando com força e clareza, ainda em vida.

 (Itacir Brassiani msf)

Reflexão do Papa Francisco

“É mais próprio da caridade querer amar do que querer ser amado. As mães, que são as que mais amam, procuram mais amar do que ser amadas. Por isso, o amor pode superar a justiça e transbordar gratuitamente sem nada esperar em troca, até chegar ao amor maior que é dar a vida pelos outros. Mas será possível um desprendimento assim, que permite dar gratuitamente e dar até ao fim? Sem dúvida, porque é o que pede o Evangelho: «Recebestes de graça, dai de graça»”. (Amoris Laetitia, nº 102)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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