domingo, 31 de julho de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 831

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 831

Dia 01/08/2022 | XVIII Semana do Tempo Comum | Segunda-feira

Evangelho segundo Mateus (14,13-21)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando: A Palavra de Deus, ouvida, é a verdade que nos liberta; que nos chama à nova vida...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=mb6XIsXI2Bk)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Mateus 14,13-21

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Depois da festa das elites, regada a bebedeiras e orgias, nas quais é tramada a morte de João Batista, temos a cena da festa dos pequenos, com pão e peixe gratuitos e abundantes para os famintos

·    A cena é como o dedo do profeta que aponta para a lua: precisamos ver no pão repartido o sinal do Reino de Deus

·    O segredo e o motor de tudo é a compaixão de Deus pelo povo, vivida e revelada em palavras e ações por Jesus de Nazaré

·    A compaixão vence a indiferença, supera o descaso e nos faz corresponsáveis pelo destino das pessoas mais vulneráveis

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Acompanhe Jesus e os discípulos/as na sua retirada para o deserto, alertado pelo martírio de João Batista

·    Veja a “procissão” de pessoas necessitadas que os seguem, porque veem em Jesus o último porto e única esperança

·    Note a confusão dos discípulos, que não sabem o que fazer, e pedem que Jesus deixe as pessoas famintas à própria sorte

·    O que significa, para você, sua família e sua comunidade a ordem de Jesus: “Deem-lhes vocês mesmos de comer”?

·    Como poderíamos evitar o desperdício de alimentos em nossa própria casa, e destiná-los a quem deles necessita?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como nossa Igreja poderia superar o assistencialismo e o espiritualismo, e lutar para que haja “pão em todas as mesas”?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite cantando “Deus seja louvado no pão partilhado” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=_qIZK85mrGQ)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Feche a bíblia, apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Breves notas sobre Mateus 14,13-21

Jesus não foi um milagreiro de ocasião, um curador empenhado em realizar prodígios para fazer propaganda de si mesmo. Os Seus milagres são sinais que abrem uma brecha neste mundo de dominação e de injustiças, e apontam já para uma realidade nova, meta final da caminhada existencial e social do ser humano.

Concretamente, o milagre da “multiplicação dos pães” é um sinal que nos convida a tomar consciência de que o projeto de Jesus é alimentar os homens e mulheres e reuni-los numa fraternidade real e universal, na qual saibam como partilhar o pouco ou muito que têm.

Para os cristãos, a fraternidade e a partilha não é uma exigência ao lado de tantas outras, mas a única maneira de construir o reino do Pai neste mundo. Essa fraternidade pode ser mal entendida, se pensamos que amamos o nosso próximo simplesmente porque não lhe fazemos nada de mal, embora, concretamente, vivamos num um horizonte mesquinho e egoísta, despreocupados de todos.

Por ser sacramento e fermento de fraternidade, a Igreja é chamada a promover, em cada momento da história, novas formas de estreita fraternidade entre os homens e mulheres e entre os povos. Os crentes devemos aprender a viver com um estilo mais fraterno, escutando as novas e velhas necessidades do homem de hoje.

A luta pelo desarmamento, a proteção do meio ambiente, a solidariedade com os famintos, a partilha com os desempregados, a ajuda aos drogados, a preocupação com os idosos esquecidos, a atenção aos protocolos de prevenção contra o Covid-19 são outras tantas exigências para quem se entende irmão e quer multiplicar para todos o pão que as pessoas necessitam para viver.

O relato do evangelho de hoje nos lembra que não podemos comer tranquilos/as o “nosso” pão e o “nosso” peixe enquanto junto a nós há homens e mulheres ameaçados pela fome. Na verdade, nada é nosso! Tudo o que temos foi confiado ao nosso cuidado para que não falte nada a ninguém. Os que vivem tranquilos/as e satisfeitos/as devem ouvir as palavras de Jesus: «Dai-lhes vós de comer».

 (Itacir Brassiani msf)

 

O valor da formação litúrgica

A liturgia é a primeira fonte de comunhão divina na qual Deus compartilha sua própria vida conosco, a primeira escola da vida espiritual, o primeiro dom que devemos fazer ao povo cristão unido a nós pela fé e pelo fervor das suas orações. É também um convite para que todas as pessoas possam agora erguer suas vozes mudas em oração abençoada e genuína e experimentar esse poder regenerador que se encontra quando se juntam a nós na proclamação dos louvores de Deus e das esperanças do coração humano(Papa Francisco, Carta apostólica Desiderio desideravi, § 30).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 830

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 830

Dia 30/07/2022 | XVIII Semana do Tempo Comum | Domingo

Evangelho segundo Lucas (12,13-21)

(1)Coloque-se em atitude de oração  

·     Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·     Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·     Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·     Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·     Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·     Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·     Prepare-se cantando: A Palavra de Deus, ouvida, é a verdade que nos liberta; que nos chama à nova vida...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=mb6XIsXI2Bk)

 

(2)Leia o texto da Palavra de Deus

·     Leia com toda a atenção o texto de Lucas 12,13-21

·     Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·     Esta cena está situada depois do ensino do amor ao próximo como caminho para a vida eterna e depois da visita a Marta e Maria

·     A pessoa que se dirige a Jesus parece querer bajulá-lo, não está interessado em segui-lo e luta pelo “direito” a uma herança

·     Jesus aproveita a ocasião para falar, a todos/as aqueles/as que o seguem, sobre o risco da cobiça e do acúmulo de bens

·     Ser rico diante de Deus significa ter mesa grande para acolher a todos, e não “contas gordas” ou armazéns imensos

·     Quem segue Jesus precisa aprender a avaliar o valor e a relatividade daquilo que é essencial e relativizar o resto

·     O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)Medite a Palavra de Deus

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·     Leia atentamente esse relato de Lucas, e perceba a atitude dos personagens, especialmente o ensino de Jesus

·     Preste atenção nas palavras do protagonista da parábola: o “eu” está no centro de tudo, ocupa todo o seu pensamento

·     Quais as luzes que a parábola e o ensino de Jesus trazem para quem só pensa em acumular, e para quem não tem nem o necessário?

·     O que significar hoje ser “rico diante de Deus” e “não ajuntar tesouros para si”?

·     Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)Reze com o texto lido e meditado

·     Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·     Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·     Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·     Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·     Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·     Peça a Jesus a graça de ser generoso/a como ele, de manter o coração, as portas e a mesa abertas a todos os/as irmã/os

 

(5)Contemple a vida à luz da Palavra

·     Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·     Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·     Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·     Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·     Como evitar a “espiritualização” dessa dura lição de Jesus sobre a questão do uso e acúmulo dos bens?

 

(6)Retorne à vida cotidiana

·     Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·     Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Medite cantando “Deus seja louvado no pão partilhado” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=_qIZK85mrGQ)

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Feche a bíblia, apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Breves notas sobre Lucas 12,13-21

Chamando Jesus de mestre, este personagem sem nome da cena do evangelho de hoje não está expressando sua concordância ou sua adesão a ele. Jesus percebe a ironia da saudação e as contradições do demandante, tanto que, respondendo, dá a entender que, se não for aceito como mestre, também não pode ser buscado como juiz. No fundo, Jesus percebe que este indivíduo não é uma pessoa em necessidade e não é candidato a discípulo. Trata-se de alguém queimado pela ganância. Mas essa situação proporciona a Jesus a oportunidade de falar sobre a relação do discípulo com os bens.

“Atenção! Guardai-vos contra todo tipo de ganância, pois mesmo que se tenha muitas coisas, a vida não consiste na abundância de bens”. Esta é a reação de Jesus ao perceber que, por trás de muitos pedidos de “justiça”, não está uma necessidade, nem um desejo de justiça, mas o desejo de possuir bens. E, para sublinhar a seriedade da sua exortação, Jesus propõe uma parábola na qual o protagonista é uma pessoa radicalmente voltada para si mesma, extremamente ambiciosa, que fala e decide tudo sozinha e não se interessa por mais ninguém.

No final de uma safra bem-sucedida, o personagem diz a si mesmo: “Meu caro, tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe e goza da vida”. Como não lembrar aqui a parábola do rico que festejava indiferente à miséria de Lázaro que jazia à sua porta (Lc 16,19-31)? Segundo Jesus, as pessoas que agem assim são desprovidas de qualquer resquício de razão, vazias de qualquer valor humano. São o tipo de indivíduos que, com suas decisões, cavam abismos que os separam dos demais “simples humanos”.

Mas, se o acúmulo desmedido de bens é tolice e pobreza humana, o que significa ‘ser rico diante de Deus’? Está claro que, para Jesus, o problema não está nos bens em si mesmos. O mal dos bens está no obstáculo que podem interpor à liberdade radical e ao engajamento no movimento do Reino de Deus, que passa pela partilha solidária. O Reino de Deus é a pérola preciosa e o tesouro que vale mais que tudo, o terreno no qual brota o trigo que vai para a mesa dos pobres, o ventre no qual é gerada uma nova humanidade. Aos ricos, o que falta não são armazéns novos, mas uma visão mais solidaria. A pessoa rica diante de Deus aumenta o tamanho da mesa, para acolher muitos, e não o celeiro!

 (Itacir Brassiani msf)

 

O valor da formação litúrgica

A maravilha é parte essencial do ato litúrgico porque é a maneira como aqueles/as que sabem que estão engajados/as na particularidade dos gestos simbólicos olham as coisas. É a maravilha de quem experimenta o poder do símbolo, que não consiste em referir-se a algum conceito abstrato, mas em conter e expressar em sua própria concretude o que ele significa(Papa Francisco, Carta apostólica Desiderio desideravi, § 26).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)