Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 802
Dia 03/07/2022 | Domingo
| Solenidade de S. Pedro e S. Paulo
Evangelho segundo
Mateus (16,13-19)
(1) Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
·
Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido/a
·
Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
·
Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do
momento que vivemos
·
Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se cantando o mantra: Aquele
que vos chamou, aquele que vos chamou é fiel! Fiel é aquele que nos chamou! (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hGBOOoqb3YA)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 16,13-19
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Celebramos os apóstolos
Pedro e Paulo, e o texto sublinha a fé sobre a qual ambos construíram a vida e
a missão
· A resposta de Pedro, na
qual ressoa a resposta dos discípulos/as de todos os tempos, não é uma fórmula,
mas uma atitude de vida
· Pedro não está diante
de uma figura claramente divina, mas de um profeta e reformador que inquieta,
enfrenta a dominação e manifesta uma irrestrita compaixão por todas as vítimas
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Procure afastar-se das
respostas e doutrinas aprendidas, e responda à pergunta de Jesus, descrevendo o
lugar que ele ocupa na sua vida, e como ele influi nas suas relações, ações e
opções, grandes ou pequenas
· Recorde as
consequências que esta resposta de Pedro tem na vida dele, de Paulo e dos/as
discípulos/as que vieram depois deles
· Deixe ressoar em você a
palavra de Jesus: “Feliz és tu, porque não foi um ser humano que te revelou
isso, mas o meu Pai!”
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Apresente a Jesus as
necessidades das pessoas que lhe são próximas, seus sofrimentos e dores, mas
também das pessoas que estão distantes e normalmente esquecidas
· Reze com as palavras de
Paulo: “Eu te louvo e agradeço porque sempre estiveste ao meu lado e me deste
forças e sabedoria para que que tua mensagem fosse vivida e anunciada
integralmente”
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que podemos fazer
para que nossa fé em Jesus não seja reduzida a fórmulas decoradas e repetidas
automaticamente?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Reze:
Jesus,
Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite e reze com o mantra: Eu
sei, eu sei, eu sei em quem acreditei! Eu sei, eu sei em quem acreditei!
(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Itkh1MmhxZc)
· Apague
a vela e termina seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 16,13-19
“Quem dizem vocês que eu sou?” Para
os primeiros cristãos era muito importante lembrar sempre de novo essa pergunta
de Jesus para não esquecer quem eles estavam seguindo, com cujo projeto eles
estavam colaborando e por quem estavam arriscando a vida. Esta pergunta é
dirigida a nós, neste tempo de quaresma e de conversão a Jesus e seu Evangelho.
Somos tentados a responder a essa
pergunta com fórmulas cunhadas pelo cristianismo ao longo dos séculos: Jesus é
o Filho de Deus feito homem, o Salvador do mundo, o Redentor da humanidade. Mas
não basta dizer estas palavras para ser discípulo/a de Jesus, pois são mais
fórmulas aprendidas na infância, aceitas mecanicamente, repetidas às vezes com
superficialidade e afirmadas verbalmente, do que experiências vividas e
refletidas. A sequência da cena deixa isso mais do que claro.
Confessamos a Cristo por costume, por
piedade ou por disciplina, mas podemos estar vivendo sem captar a originalidade
de sua vida, sem escutar a novidade de seu apelo, sem deixar-nos atrair por seu
amor apaixonado, sem contagiar-nos por sua liberdade e sem esforçar-nos em
seguir seu caminho.
Nós o adoramos como “Deus”, mas Ele
não é o centro de nossa vida. Nós o confessamos como “Senhor’, mas vivemos de
costas para seu projeto. Nós o chamamos de “Mestre”, mas não assimilamos sua
lição maior. Vivemos como membros de uma religião, mas não somos discípulos de
Jesus. A clareza das fórmulas doutrinais pode dar-nos segurança e dispensar-nos
de um encontro vivo com Jesus.
Há cristãos que vivem uma religiosidade instintiva, mas não
sabem o que é alimentar-se de Jesus e deixar-se orientar por ele. Todos
precisamos colocar-nos diante de Jesus, deixar-nos olhar por Ele e escutar sua
pergunta: “Quem sou eu realmente para você?” Respondemos a esta pergunta muito
mais com a vida do que com palavras claras, sublimes e difíceis, que mais
impressionam que comunicam. E respondemos com uma atitude de adesão àquele que
é nossa paz, que fez unidade daquilo que era dividido.
(José Antônio Pagola)
Solicitude pela
realidade social
“A Igreja sabe bem que nenhuma realização temporal se
identifica com o Reino de Deus, mas que todas as realizações não deixam
de refletir e, em
certo sentido, antecipar a
glória do Reino que esperamos no fim da história, quando o Senhor retornar. Mas
esta expectativa nunca poderá ser uma desculpa para nos desinteressarmos dos
homens na sua situação pessoal concreta e na sua vida social, nacional e
internacional, uma vez que esta condiciona aquela” (João
Paulo II, Sollicitudo rei socialis, § 48).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho,
superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou
preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para
a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno
fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e
abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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