Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 817
Dia 18/07/2022 | XVI
Semana do Tempo Comum | Segunda-feira
Evangelho segundo
Mateus (12,38-42)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “O Senhor vai acendendo luzes...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=lWUng2ouMHc)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 12,38-42
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Todos buscamos sinais
da presença amorosa e libertadora de Deus na nossa vida e na vida dos outros, e
isso não é problema
· O problema é quando
esperamos sinais grandiosos, e não levamos em conta os sinais de compaixão que
ele espalha aos montes
· No passado, e para
sempre, o maior sinal é sua entrega total por amor, compartilhando a cruz dos
mais excluídos
· Estes sinais pedem de
nós abertura e conversão profunda de mente e de coração, de atitudes e de atos
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Que sinais você costuma
pedir ou esperar para confirmar o amor e a presença de Deus?
· Você leva em conta que
é a fé que torna os sinais grandes e animadores, e não o contrário?
· O que significa hoje o
sinal de Jonas, o profeta que passou três dias desaparecido, no intestino de um
grande peixe?
· Como o exemplo do povo
de Nínive e da rainha de Sabá podem estimular nossa adesão a Jesus Cristo e ao
seu Evangelho?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Reze pedindo ao Senhor
olhos limpos e coração generoso para perceber os muitos sinais do Reino
presentes e ativos no mundo
· Agradeça pelos sinais
cotidianos, frequentemente esquecidos, da bondade de Deus por você, sua
família, seus amigos, seu povo
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que melhorar ou mudar
para não criar a expectativa de que Deus se mostra apenas nos sinais poderosos
e capazes de impressionar?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite assistindo um clip tailandês sobre a
compaixão (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=mByZJkSQBbU)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e conclua seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 12,18-42
Na ação missionária e libertadora de Jesus não
faltavam sinais da misericórdia de Deus em favor do povo, por muitos motivos
cansado e abatido. Ele havia acabado de curar uma pessoa cuja personalidade
estava destruída por uma força diabólica, por um poder incontrolável. Mas, em
vez de acreditar, os fariseus o acusaram de agir em nome do pai da maldade. E
Jesus respondera que é pelos frutos que se conhece a árvore, pelas ações que
conhecemos as pessoas.
Agora, os mestres da lei voltam a insistir, pedindo
a Jesus um sinal que ateste que ele veio e age em nome de Deus. Eles já têm
sinais e provas suficientes, mas se recusam a aceitar os sinais que beneficiam
os sofredores e excluídos, pois esperam sinais poderosos, capazes de
impressionar, de assustar e provocar submissão. Mas Jesus só faz sinais para
fazer o bem a quem está em situação de necessidade, e se recusa a fazer algo
apenas para mostrar seu poder ou para satisfazer a curiosidade de incrédulos.
Na verdade, Jesus acena para um sinal futuro e
inusitado: como o profeta Jonas ficara três dias no ventre de um peixe, o
enviado do Pai e Filho do Homem compartilhará a condição o destino dos humanos
condenados e será morto e sepultado no ventre da terra. O sinal da sua
divindade é sua plena e insuperável humanidade. E como os pagãos de Nínive
acreditaram na pregação de Jonas e se converteram, também os judeus e suas
lideranças devem aceitar seu anúncio e seu testemunho e mudar de vida.
A resposta de Jesus se torna denúncia, provocação e
insulto quando diz que povos pagãos que se converteram julgarão os piedosos e
orgulhosos mestres da lei. Jesus diz que eles, as lideranças do judaísmo, são
maus (agem por força do demônio) e adúlteros (sem nenhuma honra).
Além do exemplo do povo ninivita, Jesus recorda o
exemplo da rainha de Sabá, que fez de tudo para visitar Salomão, e, mesmo sendo
pagã, reconheceu sua sabedoria. E, de fato, Jesus é muito mais que Jonas e
muito mais que Salomão. Ele é a encarnação da Sabedoria, e o sinal maior que
ele nos dá é a compaixão, levada ao extremo na cruz.
(Itacir Brassiani msf)
O valor da
formação litúrgica
“Pedro
e João foram enviados para fazer os preparativos para comer aquela Páscoa, mas
toda a história foi uma enorme preparação. Pedro
e os outros estão presentes naquela mesa, inconscientes e ainda assim
necessários. Necessários porque todo dom, para ser dom, deve ter alguém
disposto a recebê-lo. A desproporção
entre a imensidão do dom e a pequenez de quem o recebe é infinita, e não pode
deixar de nos surpreender. No entanto, pela misericórdia do Senhor, o dom é
confiado aos Apóstolos para que seja levado a cada homem e mulher” (Papa
Francisco, Carta apostólica Desiderio
desideravi, § 3).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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