Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 828
Dia 29/07/2022 | Sexta-feira
| Santos Lázaro, Marta e Maria
Evangelho segundo
João (11,19-27)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “A Palavra é a semente que Jesus jogou no chão” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=j4llzKoyWqs)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 11,19-27
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· O encontro e o diálogo
entre Marta e Jesus, no contexto da morte de Lázaro, irmão delas e amigo de
Jesus , destaca o caminho de crescimento da fé dos/as discípulos/as
· Marta passa da postura
de quem espera de Jesus um benefício e crê na ressurreição no final da vida
para o reconhecimento de que Jesus é Vida, e quem o segue não conhecerá a morte
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Participe mentalmente e
com a imaginação de cada gesto, cada movimento e cada palavra da cena
· Você se reconhece no
lamento de Marta, que se interroga porque Jesus não evita ou remedia certas
situações dolorosas?
· Você crê firmemente que
aderir a Jesus é passar da morte para vida já agora? Como você expressa essa fé
e essa adesão a ele?
· Como acolher a fé na
ressurreição como dinamismo de esperança e compromisso histórico, e não como
desprezo da história concreta?
· Como Marta, conhecida
popularmente por seu ativismo, pode nos ajudar a avançar no seguimento de
Jesus?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Coloque-se em sintonia
com tantas famílias feridas e desoladas pela morte de seus entes queridos,
levados pela pandemia
· Peça a Jesus por
eles/as, seus amigos/as, e por aqueles que assumem o trabalho do cuidado e
tratamento desses enfermos
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como podemos
oportunizar hoje a experiência de que o encontro com Jesus e a adesão a ele
abre-nos um horizonte de esperança?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite cantando ou ouvindo “Dai-nos
hoje o nosso pão de cada dia” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BPfS61CdaHY)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e conclua seu momento de oração
Breves notas sobre João 11,19-27
Marta, discípula e amiga de Jesus, é mais conhecida
pela passagem de Lucas, onde ela aparece atazanada com os afazeres domésticos e
reclama da passividade de Maria, sua irmã, empenhada na escuta de Jesus. Ambas
moravam em Betânia e são irmãs de Lázaro. Este núcleo de acolhida e convivência
fraterna e amistosa era frequentado com gosto por Jesus. O texto ilumina a
memória dos três santos.
A cena de hoje faz parte de um conjunto literário
maior, que é a enfermidade, a morte e o reerguimento de Lázaro. O pequeno
fragmento que estamos meditando começa com um ambiente e um clima de desolação,
de lamentação, de fim de festa. A desolação é maior porque Jesus fora avisado
da enfermidade do amigo, e não quis mudar sua agenda para curá-lo. Os judeus se
mostram amigos e chegam para consolar as duas irmãs pela morte de Lázaro.
Marta sai ao encontro de Jesus na estrada, e começa
o diálogo manifestando sua dor e censurando-o: “Se tivesses estado aqui, meu
irmão não teria morrido...” Ela segue Jesus esperando algum benefício, pois o
considera um potente curador. Ela ainda não sabe o que significa o seu amor, e
vê Jesus como apenas um mediador poderoso da ação de Deus. Sua crença na
ressurreição é para o final dos tempos, a mesma dos fariseus. Sua adesão a
Jesus é imatura, e expressa a adesão parcial e insuficiente de todos os
discípulos.
Entretanto, a passagem da morte para a vida se dá
no encontro pessoal e profundo com Jesus e na adesão a Jesus. Porque Jesus é
Vida, a morte não tem poder sobre ele e quem acredita nele. O “último dia” é
antecipado na cruz, do alto da qual ele abraça a humanidade sem excluir
ninguém, e derrama seu Espírito. Quem recebe o Espírito de Deus e se deixa
mover por ele não conhecerá a morte nem o medo, e conquista a plena liberdade
de amar e servir.
Marta percebe que a fé tradicional não é suficiente
e pronuncia uma bela profissão de fé: Jesus é vida e ressurreição, o Ungido e
Filho de Deus, enviado para que todos tenham vida. Ela chega à maturidade da
fé, e não lamenta mais a morte, porque conhece a Vida.
(Itacir Brassiani msf)
O valor da formação litúrgica
“Todos os aspectos da celebração devem ser
cuidadosamente cuidados (espaço, tempo, gestos, palavras, objetos, vestimentas,
canto, música...), e todas as rubricas devem ser observadas. Tal atenção
bastaria para evitar que se roube da
assembleia o que lhe é devido, ou seja, o mistério pascal celebrado de
acordo com o ritual que a Igreja estabelece. Mas mesmo que se garantisse a qualidade e o bom andamento da celebração,
isso não seria suficiente para tornar plena nossa participação” (Papa
Francisco, Carta apostólica Desiderio
desideravi, § 23).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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