domingo, 3 de julho de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 803

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 803

Dia 04/07/2022 | XIV Semana do Tempo Comum | Segunda-feira

Evangelho segundo Mateus (9,18-26)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Reze, ouvindo e repetindo o mantra: Aquele que vos chamou, aquele que vos chamou é fiel! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hGBOOoqb3YA)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Mateus 9,18-26

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Depois de curar um paralítico e de falar aos discípulos/as sobre o Jejum, Jesus enfrenta a necessidade de duas mulheres

·    Uma foi tragada pela morte ainda no início da vida, e outra que sofria com uma hemorragia que durava 12 anos

·    Jesus tem olhos para todas as pessoas vulneráveis, e atribui à própria fé das pessoas os benefícios que recebem

·    Jesus age e liberta as pessoas necessidades em qualquer lugar: na estrada ou nas casas, onde ainda estamos confinados

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Acompanhe cada palavra e cada gesto ou ação desta cena, observando bem a atitude dos diversos personagens, especialmente como as pessoas se dirigem a Jesus e o que ele faz por elas

·    O que a intercessão do pai da menina e a iniciativa da mulher doente podem nos ensinar?

·    É possível perceber como Jesus evita dar prioridade às necessidades de pessoas de classe superior em desfavor dos pobres?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Cremos como a mulher e o pai da menina que o toque de Jesus pode nos curar e levantar? Rezemos pedindo uma fé mais viva...

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Que passos precisamos dar, como família e como comunidade, para assegurar a prioridade da nossa atenção a quem mais necessidade?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Ouça e cante o refrão: Jesus, tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passos meus seguindo os teus! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=qpCS0gucq6c)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Breves notas sobre Mateus 9,18-26

Nesta dupla cena descrita por São Mateus, temos a presença de vários elementos contrastantes: um chefe e uma mulher anônima; a impotência dos oficiais e o poder libertador de Jesus; a doença e a cura; a prostração e a elevação; o público da rua e o privado da casa; o pedido direto e o desejo secreto.

A ação compassiva e libertadora de Jesus cura e reabilita duas pessoas que sofrem e são marginalizadas: uma mulher e uma menina. Mas enquanto a menina tem família e é filha de uma pessoa que tem cargo de chefia, a mulher que vê sua vida se esvaindo em sangue parece não ter ninguém por ela.

A menina tem alguém por ela, e seu pai, como que reconhecendo que seu poder é impotente, se aproxima de Jesus respeitosamente e pede a ele em favor da filha. A mulher que sofre de hemorragia, consciente de sua pequenez não tem ninguém por ela e não pede nada: apenas se aproxima de Jesus e toca no seu manto.

Há um elemento comum entre o chefe (não se diz se é chefe dos romanos ou dos judeus) e a mulher que interrompe a ida de Jesus à casa da menina: a fé na ação misericordiosa e restauradora de Jesus. Talvez esse chefe, que em relação às crianças faz o contrário de Herodes, represente um modelo alternativo de liderança cristã.

A mulher se aproxima de Jesus, sem reverência mas com grande fé, tanto que, nesse toque, Jesus reconhece sua fé e fica impressionado. O chefe crê que o toque de Jesus dará vida à sua filha. Para Jesus, a fé é que fez o trabalho de cura da mulher, por isso deve ela ter coragem, e a menina não está morta, mas precisa ser “elevada”, reestabelecida, reinserida na sociedade, ou seja, curada.

Como os escribas e fariseus, a multidão reunida na casa do pai da menina não espera nada de Jesus, e até caçoa dele. Jesus evita fazer gestos espetaculares, e pede que quem espera isso se retire da cena. A cura ocorre em modo reservado, mas a notícia daquilo que Jesus fez por ela se espalhou e chegou até nós. Cremos como a mulher e o pai da menina que o toque de Jesus pode nos curar e levantar?

 (Itacir Brassiani msf)

 

Solicitude pela realidade social

A liberdade para a qual Cristo nos libertou estimula-nos a converter-nos em servos/as de todos. O desenvolvimento e a libertação concretiza-se na prática da solidariedade, ou seja, do amor e do serviço ao próximo, particularmente aos mais pobres: Onde faltam a verdade e o amor, o processo de libertação leva à morte de uma liberdade que terá perdido toda a base de apoio(João Paulo II, Sollicitudo rei socialis, § 46).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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