sábado, 2 de julho de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 802

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 802

Dia 02/07/2022 | 13ª Semana do Tempo Comum | Sábado

Evangelho segundo Mateus (9,14-17)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando: A comunidade se levanta e canta...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=626ZWUm3qpg)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Mateus 9,14-17

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Jesus havia chamado Mateus para estar com ele, não obstante a discriminação que sofria dos judeus piedosos

·    Agradecido, Mateus dera uma festa na sua casa, reunindo muitas outras pessoas taxadas de pecadoras

·    Um grupo de devotos discípulos de João Batista se inquietam com a aparente falta de piedade de Jesus e seus discípulos

·    Jesus lhes responde sublinhando a absoluta novidade do tempo que ele inaugura, dizendo que o tempo de espera acabou

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Como poderíamos descrever hoje a novidade do estilo de vida inaugurado e proposto por Jesus?

·    Quais seriam as práticas antigas que o Evangelho considera superadas mas que muita gente ainda continua pregando?

·    Quais seriam os principais remendos que uma vida pouco cristã tenta pregar o tecido apodrecido do capitalismo e do egoísmo?

·    O que podemos fazer para tornar a vida cristã mais alegre, leve e libertadora?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Recorde os sinais de novidade, liberdade e solidariedade que o Evangelho suscitou e suscita no mundo

·    Peça na Deus pelas pessoas que ainda estão presas a práticas religiosas superficiais que mais escravizam que humanizam

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Onde a Igreja precisa substituir o luto pela festa, a roupa velha pela roupa nova do Evangelho de Jesus?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Ouça e cante a “Vem, eu mostrarei...” (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=lV1mSM4aOnMhw)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Breves notas sobre Mateus 9,14-17

Ontem meditamos sobre o texto de Mt 9,9-13, que narra o chamado de Mateus e da festa que ele dá a Jesus na sua casa. Da festa, participam muitos pecadores e excluídos, como ele. Diante do manifesto escândalo dos fariseus, Jesus diz que Deus quer misericórdia, e não sacrifícios, e que são os doentes os que precisam de médico. E é assim que ele faz.

Na cena de hoje, um remanescente grupo de discípulos de João Batista estranha o comportamento de Jesus que, segundo eles, era pouco piedoso em relação ao jejum.  E o mesmo comportamento questionável era assumido pelos discípulos. “Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?” Não parece ser uma acusação, mas um questionamento sincero de quem havia recebido uma clara ordem de jejum e penitência e estava à espera do messias prometido pelos profetas.

Para Jesus, o tempo de espera terminou, o Sol da justiça raiou, o Noivo amado celebrou suas núpcias e o clima não pode ser outro que o de alegria e júbilo. Os estrangeiros, doentes ou pecadores, e todos os excluídos, são acolhidos e perdoados gratuitamente. Não há mais lugar para o jejum, que era uma prática destinada a suplicar o perdão de Deus. A chegada de Jesus, o Messias esperado, alterou radicalmente a situação social e espiritual.

Para ilustrar a radicalidade do tempo que inaugura, Jesus lança mão de três alegorias bem ligadas à vida cotidiana do seu povo e de fácil compreensão para todos: é inadmissível fazer luto e jejum quando estamos celebrando a festa de casamento de uma pessoa querida; é idiotice colocar um remendo de pano novo e bom num tecido totalmente arruinado; é inapropriado guardar vinho novo em barris velhos e frágeis, que podem pôr tudo a perder.

Os/as discípulos/as de Jesus vivem em comunidades alternativas, dedicados/as a acolher os marginalizados e a celebrar a alegria da chegada do “tempo da graça”. As práticas antigas são como roupa velha e como uma pipa apodrecida. É tempo de abandonar as velhas lições de morrer pela pátria e viver sem razões.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Solicitude pela realidade social

O homem tem necessidade dos bens criados e dos produtos da indústria, continuamente enriquecida pelo progresso científico e tecnológico. E a disponibilidade sempre nova dos bens materiais, na medida em que vem ao encontro das necessidades, abre novos horizontes. O perigo do abuso do consumo e o aparecimento das necessidades artificiais não devem, de modo algum, impedir a estima e a utilização dos novos bens e dos novos recursos postos à nossa disposição(João Paulo II, Sollicitudo rei socialis, § 29).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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