segunda-feira, 25 de julho de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 825

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 825

Dia 26/07/2022 | Terça-feira | Festa de S. Joaquim e Sant’Ana

Evangelho segundo Mateus (13,16-17)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando: A Palavra é a semente que Jesus jogou no chão” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=j4llzKoyWqs)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Mateus 13,16-17

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Os dois versículos de hoje iluminam a festa de São Joaquim e Santa Ana, que a tradição cristã diz serem os avós de Jesus

·    Literariamente, este breve texto está situado no final da explicação da parábola do semeador (13,1-23)

·    É um convite a compreender o mistério do Reino de Deus, especialmente através das parábolas que Jesus nos propõe

·    Desde sempre, existe um grupo de discípulos/as que ouve, entende e se alegra, e outro que ouve de má vontade, não entende e rejeita

·    A felicidade pertence aos discípulos/as que reconhecem e acolhem o Reino de Deus que cresce como semente boa e dá bons frutos

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Leia atentamente, sem pressa, palavra por palavra, estes dois breves versículos nos quais Jesus elogia os verdadeiros discípulos/as

·    Somos capazes de ver, reconhecer e alegrar-nos com os sinais do reino de Deus nas pessoas e acontecimentos simples e frágeis?

·    Somos capazes de ver e reconhecer na sabedoria afetuosa e no amor terno e vulnerável dos avós sinais da bondade de Deus?

·    Alegramo-nos de verdade com esta dinâmica do reino de Deus, e como isso transparece naquilo que fazemos e anunciamos?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Se possível, faça memória do testemunho de oração simples, silenciosa e confiante dos seus avós, e reze por eles

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou fa

·    Como tratar os avós com a dignidade e a gratidão que eles necessitam para que a velhice não se torne amarga e pesada?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite cantando ou ouvindo “Dai-nos hoje o nosso pão de cada dia” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BPfS61CdaHY)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Feche a bíblia, apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Breves notas sobre Mateus 13,16-17

Estes dois versículos fazem parte do diálogo catequético e formativo de Jesus com os discípulos. O objetivo é explicar as razões que o levam a falar em parábolas, especialmente quando se dirige às autoridades religiosas e ao povo. Mas, na liturgia de hoje, este breve trecho do evangelho segundo Mateus iluminam a festa de São Joaquim e Sant’Ana.

As parábolas tratam, antes de tudo, do mistério do Reino de Deus, por vontade de Deus acessíveis prioritariamente aos “pequenos”, aos pobres e humildes do Senhor. Como as crianças e vulneráveis, são eles os mais aptos a entender e acolher o Reino de Deus como graça e tarefa. Ver e ouvir o que Jesus faz e diz significa discernir a presença libertadora de Deus nos acontecimentos e na ação de Jesus.

Pelos capítulos anteriores, sabemos que as lideranças do judaísmo rejeitaram o ensino e a ação libertadora de Jesus. Eles escutaram sem entender e viram sem aceitar. Na verdade, tendo um coração torpe, fecharam os ouvidos e os olhos para não se converterem. Por outro lado, aqueles/as que acolhem o ensino de Jesus e o seguem são realmente felizes, alcançaram uma vida cheia de brilho e de vigor.

Isso não é frustração nem acaso, mas fruto do querer de Deus. A condição das pessoas que, entendendo e acolhendo a mensagem do reino de Deus, a vivem e anunciam é a mesma, ou ainda superior, à dos justos e profetas do Antigo Testamento: eles quiseram ouvir, mas não conseguiram, quiseram ver, mas não alcançaram.

A liturgia de hoje nos leva a entender que Joaquim e Ana, pais de Maria e avós de Jesus, fazem parte daqueles justos e profetas que, vivendo a esperança da vinda do Messias e fazendo o que estava ao alcance para que isso acontecesse, desejaram ver e ouvir, mas não conseguiram. Maria e José, estes sim, estão entre os felizardos.

Há dois anos o papa Francisco nos convida a celebrar a memória de São Joaquim e Sant’Ana como o Dia dos Avós e dos Idosos. E, a cada ano, nos vem brindando com uma bela e estimuladora mensagem. Para o dia de hoje, ele nos escreve inspirado no Salmo 92 (91): “O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro que há no Líbano. Mesmo no tempo da velhice darão frutos, serão cheios de seiva e verdejantes”. Vale a pena ler esta mensagem, que envio em anexo.

(Itacir Brassiani msf)

 

O valor da formação litúrgica

Se o neopelagianismo nos intoxica com a presunção de uma salvação conquistada por nossos próprios esforços, a celebração litúrgica nos purifica, proclamando a gratuidade do dom da salvação recebido na fé. Participar do sacrifício eucarístico não é uma conquista nossa, como se por isso pudéssemos nos gloriar diante de Deus ou diante de nossos irmãos e irmãs(Papa Francisco, Carta apostólica Desiderio desideravi, § 16).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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