Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 825
Dia 26/07/2022 | Terça-feira
| Festa de S. Joaquim e Sant’Ana
Evangelho segundo
Mateus (13,16-17)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “A Palavra é a semente que Jesus jogou no chão” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=j4llzKoyWqs)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 13,16-17
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Os dois versículos de
hoje iluminam a festa de São Joaquim e Santa Ana, que a tradição cristã diz
serem os avós de Jesus
· Literariamente, este
breve texto está situado no final da explicação da parábola do semeador
(13,1-23)
· É um convite a
compreender o mistério do Reino de Deus, especialmente através das parábolas
que Jesus nos propõe
· Desde sempre, existe
um grupo de discípulos/as que ouve, entende e se alegra, e outro que ouve de má
vontade, não entende e rejeita
· A felicidade pertence
aos discípulos/as que reconhecem e acolhem o Reino de Deus que cresce como
semente boa e dá bons frutos
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Leia atentamente, sem
pressa, palavra por palavra, estes dois breves versículos nos quais Jesus
elogia os verdadeiros discípulos/as
· Somos capazes de ver,
reconhecer e alegrar-nos com os sinais do reino de Deus nas pessoas e acontecimentos
simples e frágeis?
· Somos capazes de ver e
reconhecer na sabedoria afetuosa e no amor terno e vulnerável dos avós sinais
da bondade de Deus?
· Alegramo-nos de
verdade com esta dinâmica do reino de Deus, e como isso transparece naquilo que
fazemos e anunciamos?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Se possível, faça
memória do testemunho de oração simples, silenciosa e confiante dos seus avós,
e reze por eles
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou fa
· Como tratar os avós com a dignidade e a gratidão que eles
necessitam para que a velhice não se torne amarga e pesada?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite cantando ou ouvindo “Dai-nos
hoje o nosso pão de cada dia” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BPfS61CdaHY)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e conclua seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 13,16-17
Estes dois versículos fazem parte do diálogo
catequético e formativo de Jesus com os discípulos. O objetivo é explicar as
razões que o levam a falar em parábolas, especialmente quando se dirige às
autoridades religiosas e ao povo. Mas, na liturgia de hoje, este breve trecho
do evangelho segundo Mateus iluminam a festa de São Joaquim e Sant’Ana.
As parábolas tratam, antes de tudo, do mistério do
Reino de Deus, por vontade de Deus acessíveis prioritariamente aos “pequenos”,
aos pobres e humildes do Senhor. Como as crianças e vulneráveis, são eles os
mais aptos a entender e acolher o Reino de Deus como graça e tarefa. Ver e
ouvir o que Jesus faz e diz significa discernir a presença libertadora de Deus
nos acontecimentos e na ação de Jesus.
Pelos capítulos anteriores, sabemos que as
lideranças do judaísmo rejeitaram o ensino e a ação libertadora de Jesus. Eles
escutaram sem entender e viram sem aceitar. Na verdade, tendo um coração torpe,
fecharam os ouvidos e os olhos para não se converterem. Por outro lado,
aqueles/as que acolhem o ensino de Jesus e o seguem são realmente felizes,
alcançaram uma vida cheia de brilho e de vigor.
Isso não é frustração nem acaso, mas fruto do
querer de Deus. A condição das pessoas que, entendendo e acolhendo a mensagem
do reino de Deus, a vivem e anunciam é a mesma, ou ainda superior, à dos justos
e profetas do Antigo Testamento: eles quiseram ouvir, mas não conseguiram,
quiseram ver, mas não alcançaram.
A liturgia de hoje nos leva a entender que Joaquim
e Ana, pais de Maria e avós de Jesus, fazem parte daqueles justos e profetas
que, vivendo a esperança da vinda do Messias e fazendo o que estava ao alcance
para que isso acontecesse, desejaram ver e ouvir, mas não conseguiram. Maria e
José, estes sim, estão entre os felizardos.
Há dois anos o papa Francisco nos convida a
celebrar a memória de São Joaquim e Sant’Ana como o Dia dos Avós e dos Idosos.
E, a cada ano, nos vem brindando com uma bela e estimuladora mensagem. Para o
dia de hoje, ele nos escreve inspirado no Salmo 92 (91): “O justo florescerá
como a palmeira, crescerá como o cedro que há no Líbano. Mesmo no tempo da
velhice darão frutos, serão cheios de seiva e verdejantes”. Vale a pena ler
esta mensagem, que envio em anexo.
(Itacir Brassiani msf)
O valor da formação litúrgica
“Se o neopelagianismo nos intoxica com a
presunção de uma salvação conquistada por nossos próprios esforços, a celebração litúrgica nos purifica,
proclamando a gratuidade do dom da salvação recebido na fé. Participar do
sacrifício eucarístico não é uma conquista nossa, como se por isso pudéssemos
nos gloriar diante de Deus ou diante de nossos irmãos e irmãs” (Papa
Francisco, Carta apostólica Desiderio
desideravi, § 16).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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