terça-feira, 12 de outubro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 539

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 539

Dia 13/10/2021 | 28ª Semana Comum | Quarta-feira

Evangelho segundo Lucas (11,42-46)

(1)    Coloque-se em atitude de oração  

·          Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·          Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·          Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·          Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·          Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·          Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·          Prepare-se ouvindo ou cantando: A Palavra de Deus ouvida é a verdade que nos liberta, que nos chama à nova vida... (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=TLWjAOoNtaY)

 

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·          Leia com toda a atenção o texto de Lucas 11,42-46

·          Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·          Em Jerusalém, Jesus prossegue seu confronto com os fariseus e os dirigentes do judaísmo, hoje, com os fariseus e mestres da lei

·          Mesmo na condição de hóspede do fariseu, Jesus escancara a hipocrisia da piedade deles, e o poder opressor que exercem

·          Para Jesus, a atitude religiosa fundamental é a prática do amor solidário com as pessoas vulneráveis e necessitadas

·          Neste trecho do Evangelho, Jesus faz duas acusações aos fariseus, e uma aos mestres da lei  

·          O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)  Medite a Palavra de Deus

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, nesse momento?

·          Reconstrua mentalmente a cena na casa do fariseu, participe dela, escute cada acusação que Jesus dirige ao seu grupo

·          Será que nós, que exercemos alguma liderança em nossa comunidade de fé, não somos parecidos com os fariseus?

·          Onde nossas incoerências e nossa hipocrisia se mostram mais?

·          Em que situações somos como sepulturas que ninguém vê e, por isso, pisam nelas e se contaminam?

·          Se achar oportuno e possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·          Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·          Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·          Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·          Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·          Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·          Procure identificar onde e em que você vive de um modo falso e incoerente, e peça a Jesus a graça da coerência

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·          Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·          Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·          Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·          O que nós e nossas comunidades precisamos fazer para entrar num caminho de coerência e mudança de atitude?

·          Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·          Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·          Recite ou cante a invocação: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao teu!”

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Ouça, assista, medite e reze com a canção “Converte o meu coração” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=5TAjCpzF5G0)

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre Lucas (11,42-46)

Para bem entender esta passagem, não esqueçamos que, segundo Lucas, Jesus pronuncia essa série de advertências aos fariseus estando na casa de um deles! A expressão “ai de vós” é própria dos profetas e profetizas de Israel, recorrente nos apelos à conversão em situações de pecado e de injustiça social, já que são essas situações que atraem a ruína da sociedade, especialmente dos mais pobres.

primeira crítica ou denúncia de Jesus aos fariseus põe em evidência a proverbial obsessão deles pelos detalhes insignificantes das leis, ao mesmo tempo em que ignoram olimpicamente aquilo que é transcendente e essencial, ou seja, a prática do amor e da justiça em favor dos setores sociais e das pessoas desamparadas. Eles se apegam à exterioridade e às coisas secundárias.

segunda acusação é a constante reivindicação de prioridade, honra e privilégio, uma espécie de gosto pelo exibicionismo. No fundo, os fariseus querem ser considerados e reconhecidos como os mais perfeitos, os mais honrados e os mais importantes, mas não se preocupam com a incoerência com aquilo que creem e ensinam. Assim, vivem o contrário daquilo que ensinam, e o que fazem é colocar fardos pesados nas costas dos mais pobres.

terceira crítica é a falsidade ou hipocrisia, o hábito de demonstrar uma piedade que não vivem, de esconder a podridão interior e os interesses vorazes sob uma roupagem de piedade. É nisso que os fariseus, como grupo religioso e social, se parecem com sepulturas disfarçadas, comportamento que leva os fiéis a andar por caminhos errados e a pisar sobre imundícies sem darem-se conta.

Para a elite dirigente do judaísmo, essa fala de Jesus ressoa como acusação e insulto, e este chapéu acaba servindo também à cabeça dos mestres da lei. Mais que uma espécie de ira santa contra alguns, Jesus expressa seu amor solidário pelas vítimas desses comportamentos contraditórios.

 (Itacir Brassiani msf)

Mensagem para o Dia das Missões

Como os primeiros cristãos, também nós exclamamos: “Não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos!” (At 4,20). Tudo aquilo que o Senhor nos tem concedido, ofereceu-nos para pormos a render doando-o gratuitamente aos outros. Como os apóstolos, também nós, podemos tocar a carne sofredora e gloriosa de Cristo na história de cada dia e encontrar coragem para partilhar com todos um destino de esperança, esse traço indubitável que provém de saber que estamos acompanhados pelo Senhor. (Papa Francisco)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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