segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Encontro de Formação Missionaria

“Vão também vocês trabalhar na minha vinha...”
Tendo esta frase da parábola de Mateus 20,7 como frase-guia, as comunidades da Paróquia São Sebastião da Boa Vista, Bairro Kennedy (Contagem, Arquidiocese de Belo Horizonte), se reuniram ontem numa jornada de formação e convivência missionaria. Aproximadamente 65 lideranças de diversos setores, grupos e comunidades aceitaram o desafio, das 8:00 às 17:00!
É verdade que a formação e a missão não se resumem nem resolvem nestes encontros mais formais e teóricos, mas o empenho de cada um e de todos, a disposição de estar juntos, a sede de aprender e de fazer, proporcionam uma bela experiência de vida cristã. E isso sem esquecer, é claro, das pessoas que se empenharam na infraestrutura, da animação à cozinha, assim como dos Juniores MSF, que também participaram e contribuíram.
Na parte da manhã, depois da missão comunitária, com a qual iniciamos o encontro, refletimos e discutimos sobre a alegria e os desafios de ser missionário, tomando como inspiração e provocação as orientações do Papa Francisco, na encíclica A alegria do Evangelho, e do recente documento dos Bispos do Brasil sobre a missão dos leigos e leigas (Doc. 105). Na parte da tarde, refletimos sobre a missão, seus agentes e os possíveis campos prioritários na nossa área pastoral, concluindo com sugestão de projetos e iniciativas concretas.
Na sua Mensagem para a Jornada Mundial de Oração pelas Missões de 2016, o Papa Francisco retoma a provocação que nos deixa na Evangelii Gaudium: “Cada cristão e cada comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (n° 20).
Por sua vez, a respeito da missão dos leigos e leigas, os Bispos do Brasil afirmam: “Os cristãos leigos e leigas que vivem sua fé na vida cotidiana, nos trabalhos de cada dia, nas tarefas mais humildes, no voluntariado, cuja vida está escondida em Deus, são o perfume de Cristo, o fermento do Reino, a gloria do Evangelho! (Doc. 105, n° 35). Por isso, “não é evangélico pensar que os ministros ordenados (diáconos, padres e bispos) sejam mais importantes e mais dignos, sejam ‘mais igreja’ que os leigos e leigas. A dignidade não vem dos serviços e ministérios que cada um exerce, mas da iniciativa de Deus, da incorporação a Cristo pelo batismo!” (Idem, n° 109).
Para concluir, recordemos mais uma afirmação contundente e provocativa do Papa Francisco: “A missão não pode ser apenas uma parte da nossa vida, um ornamento que podemos dispensar, um simples apêndice ou momento entre tantos outros. É algo que não posso arrancar do meu ser, se não quero me destruir. Somos como que marcados a fogo por esta missão de iluminar, abençoar, vivificar, levantar, curar, libertar” (Evangelii Gaudium, n° 273).

Itacir Brassiani msf

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