terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Curso de Missiologia (Passo Fundo - 4)

O caminho de conversão missionária proposto pelo Papa Francisco
O Papa Francisco diz que quando a Igreja se torna autorreferencial deixa de ser como a lua, que reflete a luz do sol, e pretende ser ela mesma a luz, tornando-se mundana, caindo mundanismo espiritual. Às vezes Jesus bate à porta da Igreja a partir de dentro, pedindo que o deixemos sair em missão!
Francisco sonha com uma opção missionária de fundo, um dinamismo que transforme tudo, inclusive as estruturas clássicas da Igreja. Para ele, é essencial resgatar a alegria de crer em Jesus Cristo e acolher o Evangelho. Ele nos oferece uma nova visão de missão: sair para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo; sair a todas as periferias; sair ao encontro de todos, sem abandonar as prioridades; sair para incluir, para que os marginalizados de sintam em casa; sair para cuidar das pessoas e grupos sociais mais frágeis.
Para o Papa Francisco, uma Igreja em saída precisa: (1) Primeirear: tomar a iniciativa sem medo, envolver-se, pegar cheiro das ovelhas. (2) Frutificar: cuidar da semente semeada pelo semeador, até o limite de oferecer a própria vida.  (3) Festejar: festejar cada vitória, celebrar a festa da nova liturgia.
Segundo o professor Mémore, o novo rosto de uma Igreja em saída missionaria imaginada e proposta pelo Papa Francisco poderia ser resumido nos seguintes traços:
·     Uma Igreja integralmente missionaria, na qual todos os membros sejam discípulos missionários, sujeitos ativos da evangelização;
·     Uma Igreja que abre e amplia espaços para as mulheres e não lhes interdita nada;
·     Uma Igreja que deixa de olhar para o próprio umbigo e se libertou do mundanismo espiritual;
·     Uma Igreja que leva em conta e valoriza a hierarquia das verdades;
·     Uma Igreja que da primazia à Palavra e se deixa evangelizar;
·     Uma Igreja que mergulha na realidade e se envolve nela, supera a privatização da fé;
·     Uma Igreja que sabe falar aos homens e mulheres de hoje;
·     Uma Igreja que mantém e renova sua evangélica opção preferencial pelos pobres;
·     Uma Igreja que ensaia uma teologia em saída;
·     Uma Igreja dialogante e misericordiosa.

 Itacir Brassiani msf

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