domingo, 19 de julho de 2020

Leitura Orante do Evangelho (20.07.2020)


Dia 20 de julho | Segunda-feira | 16ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (12,38-42)

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais. Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.

Em tempos de restrições à convivência e movimentação social, imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos e desenvolvidos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada que vivemos em nosso país – produza bons frutos.

(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)

(1)   Coloque-se em atitude de oração
·      Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a oração
·      Escolha o lugar no qual você se sinta bem
·      Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
·      Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos
·      Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
·      Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
·      Reze, ouvindo e repetindo o mantra: A Palavra está perto de ti, em tua boca, em teu coração! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BU9zUi4N3Yc)

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus
·      Leia com toda a atenção o texto de Mateus 12,38-42
·      Leia o texto em voz alta (se possível)
·      Releia o texto uma ou mais vezes (se necessário)
·      Todos buscamos sinais da presença amorosa e libertadora de Deus na nossa vida e na vida dos outros, e isso não é problema
·      O problema é quando esperamos sinais grandiosos e potentes, e não levamos em consideração os sinais de compaixão libertadora que ele espalha aos montes
·      No passado, e para sempre, o maior sinal é sua entrega total por amor, compartilhando a cruz dos mais excluídos
·      Estes sinais pedem de nós abertura e conversão profunda de mente e de coração
·      Feche a bíblia e responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

(3)   Medite a Palavra de Deus
·      Reconstrua o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
·      Que sinais você costuma pedir ou esperar para confirmar o amor e a presença de Deus?
·      Você leva em conta que é a fé que torna os sinais grandes e animadores, e não o contrário?
·      Como o exemplo do povo de Nínive e da rainha de Sabá, citados por Jesus, podem estimular nossa adesão a Jesus Cristo e ao seu Evangelho?
·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
·      Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você

(4)   Reze com o texto lido e meditado
·      Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus
·      Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
·      Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
·      Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
·      Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
·      Reze pedindo ao Senhor olhos limpos e coração generoso para perceber os muitos sinais do Reino presentes e ativos no mundo
·      Agradeça por aqueles sinais cotidianos, e por isso frequentemente esquecidos, da bondade de Deus por você, sua família, seus amigos, seu povo
·      Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra
·      Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
·      Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
·      Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação
·      O que nossa catequese e nossa pregação deve melhorar ou mudar para não criar a expectativa de que Deus se mostra apenas nos sinais poderosos e capazes de impressionar?
·      Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
·      Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

(6)   Retorne à vida cotidiana
·      Se considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão do texto lido
·      Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração desse dia.
·      Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
·      Ouça e cante o refrão: Ele me amou e se entregou por mim! Ele me amou e se entregou por mim! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=orWcwWHWWEY)
·      Apague a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração


SUBSÍDIO
Na ação missionária e libertadora de Jesus não faltavam sinais da misericórdia de Deus em favor do povo, por muitos motivos cansado e abatido. Ele havia acabado de curar uma pessoa cuja personalidade estava destruída por uma força diabólica. Mas, em vez de acreditar, os fariseus o acusaram de agir em nome do pai da maldade. E ele respondeu que é pelos frutos que se conhece a árvore.
Agora, os mestres da lei voltam a insistir, pedindo a Jesus um sinal que ateste que veio e age em nome de Deus. Eles já tem sinais e provas suficientes, mas se recusam a aceitar os sinais que beneficiam os sofredores e excluídos, pois esperam sinais poderosos, capazes de impressionar e assustar. Mas Jesus só faz sinais para fazer o bem a quem está em situação de necessidade, e não para satisfazer a curiosidade de incrédulos.
Na verdade, Jesus acena para um sinal futuro e inusitado: como o profeta Jonas ficara três dias no ventre de um peixe, o enviado do Pai e Filho do Homem compartilhará a condição o destino dos humanos condenados e será morto e sepultado no ventre da terra. O sinal da sua divindade é sua plena e insuperável humanidade. E como os pagãos de Nínive acreditaram na pregação de Jonas e se converteram, também eles devem aceitar seu testemunho e mudar de vida.
A resposta de Jesus se torna um insulto e uma denúncia, quando diz que povos pagãos que se converteram julgarão os piedosos e orgulhosos mestres da lei. Jesus diz que eles são maus (agem por força do demônio) e adúlteros (sem nenhuma honra). E, além do exemplo do povo ninivita, recorda o exemplo da rainha de Sabá, que fez de tudo para visitar Salomão, e reconheceu sua sabedoria. E, de fato, Jesus é muito mais que Jonas e muito mais que Salomão. Ele é a encarnação da Sabedoria de Deus, e o sinal maior que ele nos dá é a compaixão, levada ao extremo na cruz.
(Itacir Brassiani msf)

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