domingo, 24 de maio de 2020

Leitura Orante do Evangelho (25.05.2020)


Dia 25 de maio | Segunda-feira | 7ª Semana do Tempo Pascal
Evangelho segundo João (16,29-33)

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um jeito de iluminar e fecundar nosso cotidiano com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais. Basta combinar a mídia, a forma e o horário.

Em tempos de restrições à convivência social, por respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante pode ser um modo de não reduzir nossa fé à simples assistência de celebrações virtuais.

Os textos propostos e desenvolvidos aqui são aqueles indicados pela Igreja para cada dia. Mas é possível escolher outros textos, desde que tenham uma sequência e se evite ficar apenas com os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pelos desmandos no nosso país – produza muitos frutos.

(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)

(1)   Coloque-se em atitude de oração
·      Escolha o momento mais adequado e tranquilo/a
·      Escolha o lugar no qual você se sinta bem
·      Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
·      Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos
·      Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
·      Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
·      Invoque o Espírito Santo com um refrão, recite uma invocação, ou cante um mantra, como: O Senhor vai ascendendo luzes quando vamos precisando delas!  (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=Z8RU8BQRcMQ)

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus
·      Leia com toda a sua atenção o texto de João 16,29-33
·      Leia o texto em voz alta (se possível)
·      Releia o texto uma ou mais vezes (se necessário)
·      Este trecho representa a exortação final de Jesus aos seus discípulos, antes da sua prisão e crucifixão
·      Eles ainda não conseguem ver em Jesus mais que um mestre excepcional, dedicado a ensinar doutrinas
·      Eles continuam numa fé ilusória e não conhecem a si mesmos
·      Ainda não assimilaram a paixão e morte de Jesus como manifestação de amor e fidelidade
·      Mas Jesus continua confiando neles e pedindo que não percam a paz que se sustenta na comunhão com ele
·      Feche a bíblia e responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

(3)   Medite a Palavra de Deus
·      Reconstrua o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
·      Situe-se junto aos discípulos, perceba a superficialidade da fé que eles vivem e que nós, muitas vezes, vivemos
·      Acolha a ironia, a advertência e as palavras consoladoras que Jesus dirige aos seus discípulos/as de todos os tempos
·      Fique atento/a ao que esta palavra e esta cena desperta em você
·      Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
·      Acolha serenamente a mensagem que o texto transmite a você

(4)   Reze com o texto lido e meditado
·      Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus
·      Repita pausadamente, e deixe que ressoem em você as palavras de Jesus: Credes agora? Eis que vem a hora em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só; Mas eu não estarei só, o Pai está comigo; No mundo tereis aflições, mas tende coragem! Eu venci o mundo!
·      Como Deus iniciou o diálogo, e agora é sua vez de falar
·      Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
·      Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
·      Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
·      Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra
·      Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
·      Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
·      Como repercute em você a advertência de que, diante das dificuldades, nos dispersaremos, cada um para as suas coisas?
·      O que significa para os cristãos de hoje a afirmação de Jesus de que ele venceu o mundo?
·      Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação
·      Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
·      Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

(6)   Retorne à vida cotidiana
·      Se considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão do texto lido
·      Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração desse dia.
·      Ou recite a invocação: Jesus, Maria e José, acolhei-nos, esclarecei-nos e acompanhai-nos!
·      Ou cante: A nós desceu, Divina Luz! A nós desceu, Divina Luz! E em nossas almas acendei o amor, o amor de Jesus! (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=A2VLJk9iUag)
·      Apague a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração

“Deus misericordioso, libertai-nos das dolorosas lembranças do passado que ferem nossa compartilhada vida cristã. Conduzi-nos à reconciliação para que, pela força do Espírito Santo, possamos superar ódio com amor, ira com gentileza e suspeita com confiança. Isso vos pedimos em nome de vosso amado Filho, nosso irmão Jesus. Amém.” (Do texto da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, 2020: 1º dia)       

SUBSÍDIO
Estamos no último trecho da catequese na qual Jesus aborda a questão da sua partida para o Pai, das perseguições que seus discípulos sofrerão e do envio do Espírito Consolador e animador da missão. E amanhã iniciaremos a meditação da bela oração que Jesus dirige ao Pai antes de ser preso e crucificado, e que inspira a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
Os discípulos demonstram que não superaram ainda uma fé ilusória e limitada. Eles pensam que Jesus adivinhou as perguntas e dúvidas que tinham e imaginam que ele sabe tudo e, por isso, vem de Deus. Como Nicodemos (cf. Jo 3,1-12), eles consideram Jesus um mestre excepcional e se admiram do seu saber. Mas ignoram que ele é mestre porquê entrega sua vida por amor, lava os pés dos discípulos e se importa com todas as vítimas. Ele não é mestre porque ensina uma doutrina.
Jesus demonstra que conhece seus discípulos mais que eles mesmos se conhecem e reage com ironia. Por mais que pretendam dar a impressão de coragem, eles serão discípulos maduros somente depois da paixão e morte de Jesus. Jesus os adverte que eles se dispersarão como um rebanho que abandona seu pastor, como já acontecera no final da multiplicação dos pães e peixes e no final da catequese sobre o pão verdadeiro (cf. Jo 6, 17 e 6,66). Eles deixarão Jesus sozinho e cada um irá para sua casa e seus interesses. E disso Pedro é o protótipo.
Mesmo assim, realista e amigo que é, Jesus quer tranquilizar seus discípulos. Ele pede que eles não percam a paz, mas insiste que esta paz virá somente da união com ele, aconteça o que acontecer. Com a entrega de Jesus por amor, a ordem injusta do mundo perde sua legitimação religiosa e sua força, e fica desacreditada. A perseguição é certa, mas a vitória é segura.
(Itacir Brassiani msf)

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