terça-feira, 5 de novembro de 2013

A Palavra na vida

(Lc 14,15-24) Depois da cena de ontem – daquele fariseu embaraçado diante da reflexão de Jesus sobre a gratuidade do convite – a reflexão de Jesus durante a famosa janta prossegue, agora suscitada pela interveção de um dos convidados. Jesus usa uma imagem muito interessante para descrever o Reino de Deus: uma festa. Todos são convidados a participar, todos são chamados a fazer parte da festa da vida, a ocupar o lugar que lhes foi preparado. Este é um discurso difícil de ser digerido, especialmente na casa de um fariseu, para o qual a distinção entre puro e impuro acabara criando uma clara distinção social entre aqueles que cumprem os preceitos da Lei e aqueles que, por culpa ou ignorância, não os cumprem! Jesus insiste: a salvação não é mérito, não é automática, não pode ser dada por descontada. Ao contrário, o risco é que exatamente aqueles que foram convidados em primeiro lugar encontrem mil e uma desculpas para não participar. E então o Senhor da casa convida para a festa os últimos, os marginalizados, e até os obriga a entrar! Seríamos nós estes excluídos que não apresentaram desculpas e se deixaram suavemente obrigar pelos servidores a entrar? Seríamos nós os discípulos de Jesus? Então, não cometamos o erro de sentirmo-nos salvos, de imaginar que estamos plenamentes realizados, de abusar dessa extraordinária oportunidade... (Paolo Curtaz, Parola & Preghiera, novembro/2013, p. 36)

Nenhum comentário: