sábado, 30 de novembro de 2013

Tráfico de pessoas humanas

Olhos para o crime do tráfico de pessoas humanas!

Mais de duzentas e cinquenta lideranças eclesiais de todas as paróquias da diocese de Chapecó (SC) estiveram reunidas durante toda a manhã de hoje em Pinhalzinho (SC) para o VI Seminário de Preparação da Campanha da Fraternidade. Convocadas pela Coordenação Diocesana de Pastoral e acolhidas pelas comunidades da Paróquia de Pinhalzinho – que, além da infra-estrutura física também preparou e ofereceu o café da manhã e o almoço – estes servidores das comunidades eclesiais refletiram sobre fraternidade e tráfico de seres humanos, tema proposto pela Campanha da Fraternidade, edição de 2014.

Penso que iniciativas como essa são louváveis e merecem ser imitadas, pois, com bastante antecipação, informam e provocam nossas comunidades e lideranças para que não adiem para depois que o último bloco ou a última escola de samba fechar o carnaval a preparação da Quaresma e da Campanha da Fraternidade. Mesmo que o período de férias e das festas natalinas e de fim de ano coloquem como que entre parênteses a vida pastoral, de alguma forma o tempo pode ser aproveitado para motivação e organização das atividades, de modo que, quando soar a hora, o lançamento se faça com força e em grande estilo.

O objetivo principal desta enésima Campanha promovida pela Igreja do Brasil é mobilizar as comunidades na missão de identificar e denunciar as práticas de tráfico de pessoas humanas, mobilizando também pessoas e meios para prevenir e erradicar este mal. Trata-se de uma violência na maioria das vezes invisível ou ocultada, que se desdobra em tráfico de trabalhadores, para exploração da força de trabalho; tráfico de pessoas em situação de necessidade, dispostas e vender or próprios órgãos; tráfico de mulheres e crianças para a prostituição; tráfico de crianças para adoção ilegal.

Como de costume, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, através da coordenação nacional da Campanha da Fraternidade, oferece uma grande variedade de bons subsídios de divulgação, animação e reflexão, entre os quais se destaca o Texto-Base. Por quê não aproveitar o tempo de férias, ou a diminuição das atividades no início do ano, para adentrar mais nesta grave e complexa questão e imaginar formas de intervenção, tanto de caráter pastoral como no campo da sociedade civil? Afinal, temos bem presente que não se trata apenas de um tema para estudo ou oração, mas de uma questão que nos pede ação inteligente, continuada e articulada.


Itacir Brassiani msf

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