sábado, 12 de dezembro de 2020

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 235

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 235   

Dia 13/12/2020 | Domingo | 3ª Semana do Advento

Evangelho segundo João (1,6-8.19-28)

 

(1)    Coloque-se em atitude de oração

·      Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a oração

·      Escolha o lugar no qual você se sinta bem

·      Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·      Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

·      Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·      Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·      Prepare-se ouvindo: Da cepa brotou a rama, da rama brotou a flor; e da flor nasceu Maria, de Maria o Salvador! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ffv9Q8dwLWA)

 

(2)    Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 1,6-8.19-28

·      Leia o texto em voz alta (se possível)

·      Logo no início da missão de Jesus, João Batista ficou um pouco desconcertado, e não via claramente nele os sinais do Messias

·      Os cristãos entendem João Batista como o precursor que prepara caminhos, o profeta que identifica a presença do Messias

·      Ele mesmo se entende como sinal e como testemunha, consciente de que ele é o provisório que aponta para o definitivo

·      Ele é o último dos profetas, e encaminha seus discípulos a Jesus, que inaugura o tempo do discipulado missionário

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)    Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Releia atentamente estes versículos densos de sentido e espiritualidade, detendo-se nas palavras ou imagens centrais: testemunha, luz, voz, deserto, caminhos, sandálias

·      Temos a liberdade e a humildade de reconhecer que não somos o centro, que não libertamos ninguém, que o que importa é Jesus?

·      Conseguimos viver uma sincera alegria por sermos menores, dispensáveis, passageiros, sinais que preparam algo melhor?

·      O que dizemos de nós mesmos, de nossa condição no mundo, do nosso lugar na construção do Reino de Deus?

·      Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você

 

(4)    Reze com o texto lido e meditado

·      Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·      Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·      Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·      Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·      Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·      Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·      Diga a Deus quem é você no mistério do amor dele

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·      Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·      Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·      Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·      Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·      O que fazer para evitar que uma igreja, uma comunidade eclesial ou uma autoridade se coloque no lugar de Jesus e seu Evangelho?

·      Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

 

(6)    Retorne à vida cotidiana

·      Se achar conveniente, leia a reflexão complementar que segue

·      Faça uma oração que resuma a experiência de oração de hoje

·      Recite ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Que tua Palavra e teu toque abra os olhos meus!

·      Reze com a nação que lembra São João Batista (Clique aqui: https://www.facebook.com/watch/?v=1647987662124241)  

·      Apague a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração

 

Reflexão complementar sobre João 1,6-8.19-28

evangelho deste domingo é um convite a desvelar nossa identidade, descobrindo o que é mais original em nós, lançando-nos a superar aquilo que talvez nos impeça manifestar o que somos e expressar aos outros a riqueza que trazemos dentro de nós...

João Batista tem consciência de sua identidade profunda e por isso proclama: “Eu sou a voz que grita no deserto”. Ao mesmo tempo, deixa transparecer uma íntima sintonia entre sua identidade e sua missão; ou melhor, sua identidade se visibiliza na missão de “aplainar o caminho do Senhor”.

“Eu sou as minhas ações”, porque o que “eu sou” é o que positiva e visivelmente aparece em minhas ações. Quanto mais sou eu mesmo mais amplo é o alcance de minhas atitudes e mais transcendente o sentido de minhas opções. Portanto, da identidade, assumida e vivida, é que brota a missão. A identidade faz parte da missão, está em função dela, a inspira, a anima e é por ela configurada.

A identidade de João Batista é realçada pela alteridade do Messias que “está no meio de vós; e eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias”. A alteridade é fator constitutivo da identidade. O outro não é o inimigo, o intruso, mas facilitador de minha identidade. O outro é exatamente aquele que, justo por sua alteridade, chama-me, convoca-me e assim me faz sair do fechamento em mim mesmo. Aqui se revela o dinamismo presente no próprio nome.

Cada um de nós tem um nome, que é próprio, não comum. É de uma pessoa. Ele expressa o nosso ser, indica uma missão a realizar, uma vocação, um apelo a responder. Somos chamados. É isso que significa ter um nome. É preciso crescer na consciência de que o próprio nome tem uma história e manifesta uma identidade única, irrepetível, original. O nome próprio está relacionado com nossa realidade pessoal, responsável, criativa e livre.

(Adroaldo Palaoro sj)

 

Uma frase para pensar...

Fixemos o modelo do bom samaritano. É um personagem que faz ressurgir a nossa vocação de cidadãos do próprio país e do mundo inteiro, construtores dum novo vínculo social. Embora esteja inscrito como lei fundamental do nosso ser, é um apelo sempre novo: que a sociedade se oriente para a prossecução do bem comum e, a partir deste objetivo, reconstrua incessantemente a sua ordem política e social, o tecido das suas relações, o seu projeto humano.” (Papa Francisco, Fratelli Tutti, 66)

 

Sobre a Leitura Orante do Evangelho...

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).

Em tempos de restrições à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Os grupos podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e evitem escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

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