sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 913

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 913

Dia 22/10/2022 | XXIX Semana do tempo Comum | Sábado

Evangelho segundo Lucas (13,1-9)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos 

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus Prepare-se cantando “Alma missionária” (Acessível aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=ojebAa9yR6I)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Lucas 18,9-14

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    O tempo propício da salvação é agora, lugar é aqui, onde nos é dado viver, no caminho tortuoso que percorremos

·    Precisamos, todos/as e sempre, mudar vários conceitos arraigados e deixar de tratar vítimas como se fossem culpadas

·    Ninguém é maior ou melhor que ninguém, e precisamos adquirir a sabedoria de saber o valor do tempo que nos é dado viver

·    Com a parábola do agricultor que dá mais uma chance à figueira é sublinhada a paciência de Deus, mas também sua seriedade

·    O tempo para frutificar é agora, e é hoje o tempo fecundo para criar relações de fraternidade e solidariedade

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Você percebe, em você, na sua família e na sua comunidade, a velha ideia de que as tragédias são castigos de Deus?

·    Quais são as consequências pessoais e eclesiais da afirmação de que ninguém é mais pecador/a que ninguém?

·    Será que, num certo sentido, alguns grupos religiosos atuais não estão presos à mesma mentalidade que Jesus reprova neste texto?

·    O que fazer para levar a sério a parábola dos adversários que precisam fazer as pazes antes de chegar ao tribunal?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Peça ao Senhor a sabedoria para não desperdiçar a oportunidade de se reconciliar antes de chegar ao tribunal

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    O que fazer para superar a velha e anti-evangélica mentalidade que considera as tragédias como merecidos castigos de Deus?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com a canção “Se meu irmão me estende a mão”

(Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=cqeardhjcrw)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Breves notas sobre Lucas 18,9-14

No evangelho que meditamos ontem Jesus nos dizia que desejava ardentemente que o fogo do Espírito se espalhasse em toda a terra, mesmo que isso provocasse algumas rupturas. Ele dá a entender que o tempo urge, e a última possibilidade para refazer as relações de fraternidade é aqui e agora. A reconciliação dos adversários ainda a caminho do tribunal é sinal de sabedoria, e não de fraqueza.

No trecho que meditamos hoje, o ensino de Jesus é motivado por duas violentas tragédias, conhecidas dos seus contemporâneos. A primeira, comunicada a Jesus naquele momento por algumas pessoas, é a violenta e consciente repressão desencadeada por Pilatos sobre um grupo de galileus, no interior do próprio templo sagrado. A segunda, que o próprio Jesus acrescenta, chamando a atenção dos seus ouvintes, havia acontecido anteriormente: a queda acidental de uma torre de guarda sobre algumas pessoas.

Jesus parte destes acontecimentos para corrigir uma visão parcial e errônea dos seus discípulos e demais contemporâneos, e para chamar todos à conversão ao Reino de Deus. Muita gente via acontecimentos semelhantes como punição dos pecadores. Por isso, a pergunta incisiva de Jesus: “Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém?”

Jesus quer desfazer a ideia de que as vítimas são as culpadas, e lê estes acontecimentos numa perspectiva profética: precisamos perceber neles um chamado à mudança de vida e de mentalidade. “Se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”, repete Jesus, como um refrão. Trata-se de “fazer as pazes”, ou de viver de modo fraterno e solidário com as pessoas que consideramos culpáveis e condenáveis, enfim, com nossos inimigos.

Mas isso deve ser feito sem nenhuma demora, com senso de urgência. Deus tem paciência com quem não produz frutos, mas ele tem seu calendário! À figueira estéril, que persistia sem frutos, ele dá só mais um ano! Ele cuida e trata com atenção e delicadeza, mas não é bobo. Aprendamos a contar nossos dias!

 (Itacir Brassiani msf)

Sereis minhas testemunhas (At 1, 8)

Vê-se claramente que a atividade missionária decorre da própria natureza da Igreja. As circunstâncias são às vezes de tal natureza que durante algum tempo tornam impossível anunciar o Evangelho diretamente. Os missionários podem então e até devem perseverar no testemunho de Cristo com paciência e prudência, grande confiança, caridade e amor. Preparam assim o caminho do Senhor e de certa maneira o mantêm presente nas circunstâncias adversas que a Igreja atravessa” (Vaticano II, Decreto Apostólico Ad Gentes, § 6).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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