“Vão
também vocês trabalhar na minha vinha...”
Tendo
esta frase da parábola de Mateus 20,7 como frase-guia, as comunidades da Paróquia
São Sebastião da Boa Vista, Bairro Kennedy (Contagem, Arquidiocese de Belo
Horizonte), se reuniram ontem numa jornada de formação e convivência missionaria.
Aproximadamente 65 lideranças de diversos setores, grupos e comunidades
aceitaram o desafio, das 8:00 às 17:00!
É
verdade que a formação e a missão não se resumem nem resolvem nestes encontros
mais formais e teóricos, mas o empenho de cada um e de todos, a disposição de
estar juntos, a sede de aprender e de fazer, proporcionam uma bela experiência de
vida cristã. E isso sem esquecer, é claro, das pessoas que se empenharam na infraestrutura,
da animação à cozinha, assim como dos Juniores MSF, que também participaram e contribuíram.
Na
parte da manhã, depois da missão comunitária, com a qual iniciamos o encontro, refletimos
e discutimos sobre a alegria e os desafios de ser missionário, tomando como inspiração
e provocação as orientações do Papa Francisco, na encíclica A alegria do
Evangelho, e do recente documento dos Bispos do Brasil sobre a missão dos
leigos e leigas (Doc. 105). Na parte da tarde, refletimos sobre a missão, seus
agentes e os possíveis campos prioritários na nossa área pastoral, concluindo
com sugestão de projetos e iniciativas concretas.
Na sua Mensagem para a Jornada Mundial de Oração pelas Missões de 2016, o
Papa Francisco retoma a provocação que nos deixa na Evangelii Gaudium: “Cada cristão e cada comunidade há de discernir
qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar
esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as
periferias que precisam da luz do Evangelho” (n° 20).
Por sua vez, a respeito da missão dos
leigos e leigas, os Bispos do Brasil afirmam: “Os cristãos leigos e leigas que
vivem sua fé na vida cotidiana, nos trabalhos de cada dia, nas tarefas mais
humildes, no voluntariado, cuja vida está escondida em Deus, são o perfume de
Cristo, o fermento do Reino, a gloria do Evangelho! (Doc. 105, n° 35). Por
isso, “não é evangélico pensar que os ministros ordenados (diáconos, padres e
bispos) sejam mais importantes e mais dignos, sejam ‘mais igreja’ que os leigos
e leigas. A dignidade não vem dos serviços e ministérios que cada um exerce,
mas da iniciativa de Deus, da incorporação a Cristo pelo batismo!” (Idem, n°
109).
Para concluir, recordemos mais uma afirmação
contundente e provocativa do Papa Francisco: “A missão não pode ser apenas uma
parte da nossa vida, um ornamento que podemos dispensar,
um simples
apêndice ou momento entre tantos outros. É algo que não posso arrancar do
meu ser, se não quero me destruir. Somos como que marcados a fogo por
esta missão de iluminar, abençoar, vivificar, levantar, curar, libertar” (Evangelii Gaudium, n° 273).
Itacir Brassiani msf
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