quinta-feira, 30 de setembro de 2021

O Evangelho dominical (Pagola) - 03.10.2021

ANTES DE SEPARAR-SE

Hoje fala-se cada vez menos de fidelidade. Basta ouvir certas conversas para constatar um clima muito diferente: «Passamos as férias cada um por sua conta»; «o meu marido tem uma ligação, tive dificuldade em aceitá-lo, mas o que poderia fazer?»; «é que sozinha com o meu marido aborreço-me».

Alguns casais consideram que o amor é algo espontâneo. Se brota e permanece vivo, tudo vai bem; se arrefece e desaparece, a convivência torna-se intolerável. Então, o melhor é separar-se «de forma civilizada».

Nem todos agem assim. Há casais que percebem que já não se amam, mas continuam juntos, sem explicar exatamente porquê. Só se perguntam até quando poderá durar esta situação. Há também aqueles que encontraram um amor fora do casamento, e estão tão atraídos por essa nova relação que não querem renunciar a ela. Não querem perder nada, nem o casamento, nem o “novo amor”.

As situações são muitas, e com frequência também muito dolorosas: mulheres que choram em segredo o seu abandono e humilhação; maridos que se aborrecem numa relação insuportável; crianças tristes que sofrem a falta de amor dos pais.

Estes casais não precisam de uma receita para sair da sua situação. O mais importante que lhes podemos oferecer é respeito, escuta discreta, alento para viver e, talvez, uma palavra lúcida de orientação. No entanto, pode ser oportuno recordar alguns passos fundamentais que sempre é necessário dar.

A primeira coisa é não renunciar ao diálogo. É preciso esclarecer a relação. Revelar com sinceridade o que sente e vive cada um. Tratar de entender o que se oculta por trás desse mal-estar crescente. Descobrir o que não funciona. Dar nome aos agravos mútuos que se foram acumulando sem nunca serem elucidados.

Mas o diálogo não basta. Certas crises não se resolvem sem generosidade e espírito de nobreza. Se cada um se encerra numa postura de egoísmo mesquinho, o conflito se agrava-se, os ânimos crispam-se e o que um dia foi amor pode converter-se em ódio secreto e mútua agressividade.

Há que recordar também que o amor é vivido na vida comum e repetida do quotidiano. Cada dia vivido juntos, cada alegria e cada sofrimento partilhados, cada problema vivido como um casal, dão consistência real ao amor. A frase de Jesus: «O que Deus uniu, que não o separe o homem», tem as suas exigências muito antes que chegue a ruptura, pois os casais vão-se separando pouco a pouco, na vida de cada dia.

José Antonio Pagola

Tradução de Antonio Manuel Álvarez Perez

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 527

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 527

Dia 01/10/2021 | 26ª Semana Comum | Sexta-feira

Evangelho segundo Lucas (10,13-16)

 

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se ouvindo ou cantando: Palavra de salvação somente o céu tem pra dar; por isso meu coração se abre para escutar! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=V12GZpBGNwM)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de Lucas 10,13-16

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        Nos primeiros versos do capítulo 10 de Lucas, Jesus oferece uma espécie de metodologia da missão e estatuto dos seus discípulos/as missionários

·        Ele os envia como cordeiro em meio a lobos, de modo que a rejeição é mais que uma possibilidade, mas nada justifica uma reação violenta

·        Nos versos de hoje, Jesus usa palavras fortes para que os povoados que conhecem ele e seus discípulos não se fechem e se percam

·        Chega a afirmar que os que se consideram justos e perfeitos, mas se fecham ao Evangelho, são piores que os povos que os judeus condenam

·        Por fim, nosso estatuto de “benditos do Pai” ou de “malditos” se defini na acolhida ou na rejeição do Evangelho e dos/as evangelizadores/as

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·        Releia atentamente o texto, retomando também os versículos que o antecedem e escutando atentamente as fortes palavras de Jesus

·        Você sente-se atingido/a pelas palavras de Jesus, interpelado/a a não fazer pouco caso do Evangelho e das suas testemunhas?

·        Você vê algum sinal indicativo de que estamos correndo o risco de reproduzir na Igreja a atitude do povo de Cafarnaum e Corazim?

·        Se achar oportuno e possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Recorde o rosto e o nome de pessoas conhecidas suas que sofrem rejeição por causa daquilo que pregam e do estilo de vida evangélica que vivem

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite ou cante a invocação: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao teu!”

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Ouça, assista, medite e reze com a Canção dos imperfeitos, do Pe. Fábio de Melo (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=W5U1WXzRv70)

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Apague a vela e termina seu momento de oração

 

Pistas sobre Marcos 10,13-16

No episódio do envio dos 72, que meditamos na última terça, Jesus nos apresentava uma espécie de cartilha ou guia da ação missionária. A rejeição e a perseguição estão no horizonte, desde o início. A casa é o ponto de apoio da missão, e a pobreza de recursos não é uma dificuldade, mas a garantia da autenticidade do anúncio. E não cabe aos discípulos/as missionários/as qualquer reação violenta.

Os versículos de hoje prosseguem o tema anterior. Betsaida era a cidade de origem de alguns discípulos. Cafarnaum havia sido escolhida por Jesus para ser a cidade referencial de onde partir em missão e para onde voltava. Estes povoados tiveram a oportunidade de ver de perto a ação libertadora e formativa de Jesus. Conheciam ele e o estilo de vida dos seus discípulos não apenas por ouvir dizer.

É por isso que, mesmo não autorizando seus discípulos a fazer mais que bater o pó das sandálias quando seu anúncio é rejeitado, Jesus pronuncia palavras duras contra estas cidades. Mas estas palavras não são uma condenação, mas um contundente apelo à acolhida e à conversão. Ele não veio para julgar e condenar, mas para que o mundo seja salvo.

Jesus compara a postura destes povoados com aquilo que ocorreu em dois povoados, considerados como típicos inimigos do povo de Israel: Tiro e Sidônia. E afirma que se estes povoados tivessem a oportunidade de ver e ouvir o que as pessoas de Cafarnaum, Corazim e Betsaida ouviram, teriam se convertido. Os povos que os judeus consideram seus arqui-inimigos são melhores que eles, diz Jesus!

O contundente apelo de Jesus à acolhida e à conversão termina com uma importante afirmação teológica e pastoral: Jesus está presente na pessoa e na ação daqueles/as que ele envia, assim como o Pai está presente nele. Acolhê-los/as ou rejeitá-los, escutar e levar a sério o que eles/as dizem ou manter-se indiferente ou com “sua própria versão das coisas” é a prova dos nove da justiça e da santidade.

(Itacir Brassiani msf)

Mensagem do Papa para o Dia das Missões

Quando experimentamos a força do amor de Deus e reconhecemos a sua presença de Pai na nossa vida pessoal e comunitária, não podemos deixar de anunciar e partilhar o que vimos e ouvimos. A relação de Jesus com os seus discípulos, a sua humanidade que nos é revelada no mistério da Encarnação, no seu Evangelho e na sua Páscoa mostram-nos até que ponto Deus ama a nossa humanidade e assume as nossas alegrias e sofrimentos, os nossos anseios e angústias. (Papa Francisco, Dia das Missões 2021)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

ANO B | TEMPO COMUM | VIGÉSIMO-SÉTIMO DOMINGO | 03.10.2021

“E que nada no mundo separe um casal sonhador!”

Não é bom que a pessoa viva sozinha: isso está inscrito no mais profundo do ser humano. E uma das formas de evitar o isolamento e de promover a socialização é o matrimônio e a vida familiar. Antes de ser um sacramento ou uma instituição, o matrimônio é uma realidade antropológica: duas pessoas sentem-se atraídos uma pela outra e selam uniões que recebem diversos nomes, conforme a linguagem e a cultura na qual se inserem, e diferem amplamente em relação às obrigações recíprocas que estabelecem.

A história concreta deste dinamismo que se torna vínculo é como uma rosa com espinhos abundantes. Muito antes e para além da dolorosa tragédia da separação, conhecemos a dominação do mais forte sobre o mais fraco, a violência física e moral, a exploração despudorada do corpo do outro, a dependência costurada com os fios nada dourados da ameaça. E há ainda pessoas cínicas que se apresentam como paladinos da família tradicional que propõem este modelo como ideal de vida.  Hipócritas! As separações são apenas uma das faces da falência que pode se abater sobre as relações matrimoniais, ou o final de um martírio.

Quando os fariseus, com o objetivo de questionar a prática libertária de Jesus, perguntam se a lei permite que um homem se divorcie de sua mulher, pretendem apenas garantir os direitos de uma das partes: a parte masculina. Todos sabiam o que dizia a tradição: “Quando um homem se casa com uma mulher e consuma o matrimônio, se depois ele não gostar mais dela, por ter visto nela alguma coisa inconveniente, escreva para ela um documento de divórcio e o entregue a ela, deixando-a sair de casa em liberdade” (Dt 24,1).

Jesus sabe perfeitamente que a lei de Moisés é androcêntrica e patriarcal. Para abandonar a mulher, bastava não gostar mais dela, ou encontrar nela algo de inconveniente. Jesus situa essa lei no seu contexto original: diante da fraqueza e da maldade dos homens, Moisés tentou ao menos dar um salvo-conduto à mulher abandonada pelo marido. “Foi por causa da dureza do coração de vocês que Moisés escreveu esse mandamento.” Mas este não é o projeto original e atual de Deus, pois, para ele, “eles já não são dois, mas uma só carne”. Portanto, “o que Deus uniu, o homem não deve separar.”

Entretanto, Jesus reconhece que as separações são um fato, muitas vezes doloroso e trágico, no qual as responsabilidades e os direitos precisam ser divididos igualmente por ambas as partes. É correto repetir, que nada e ninguém deve separar aqueles que Deus uniu mediante o amor, mas é preciso também reconhecer que nunca deveríamos marcar com o selo da indissolubilidade decisões imaturas e baseadas em tudo menos no amor. Movidos por um comodismo irresponsável, ao defender a lei fria e a moral burguesa, podemos criar algemas que colocam as pessoas numa gaiola cujas chaves estão nas nossas mãos.

Não seria tempo de superar o moralismo mórbido que pensa que a falência de um matrimônio sempre se deve à maldade culpável de alguém, tempo de admitir que existem casamentos que não têm caráter sacramental nenhum, que são como cadáveres que esperam autópsia e sepultura? Não seria urgente desmascarar o legalismo virulento que isola e cristaliza uma frase de Jesus como lei imutável e relativiza o restante da vida e da prática libertária do mesmo Jesus? Quando Paulo diz que Jesus não se envergonha de chamar-nos de irmãos e irmãs, está se referendo apenas aos ‘bem-casados’ ou às “pessoas de bem”?

Depois de responder aos fariseus e de, em casa, aprofundar com os discípulos a questão do casamento e do divórcio, algumas crianças são apresentadas a Jesus. Ele demonstra uma certa irritação com a dominação e as barreiras impostas às crianças. Ao pedir que deixem as crianças se aproximarem dele, Jesus enfatiza que Deus não despreza nem violenta os mais fracos, como alguns o fazem, inclusive em nome de frias doutrinas e leis pouco cristãs. Ele acolhe e abençoa as primeiras vítimas dos relacionamentos fracassados. “Deixem que as crianças venham a mim, e não as impeçam de fazê-lo!”

Jesus de Nazaré, irmão das vítimas e defensor dignidade de todo ser humano: também hoje, mulheres e crianças são dominadas, desprezadas e violentadas. Ajuda-nos a vê-las como chave que dá acesso ao teu Reino, a entender que ninguém se torna cidadão do teu Reino a partir do centro ou de cima, mas desde baixo e da periferia, acompanhando aqueles que não contam. Que as crianças aprendam isso enquanto sorvem o leite no seio da mãe e são carregadas nos ombros de um pai. Confirma e sustenta nossas comunidades, famílias e jovens nesta bela e irrenunciável missão. Assim seja! Amém!

Itacir Brassiani msf

Livro do Gênesis 2,18-24 | Salmo 127 (128) | Carta de Paulo aos Hebreus 2,9-11 |  Evangelho  de São  Marcos (10,2-16)

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 526

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 526

Dia 30/09/2021 | 26ª Semana Comum | Quinta-feira

Evangelho segundo Lucas (10,1-12)

 

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se ouvindo ou cantando: Palavra de salvação somente o céu tem pra dar; por isso meu coração se abre para escutar! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=V12GZpBGNwM)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de Lucas 10,1-12

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        Jesus está caminhando rumo a Jerusalém, enfrentando hostilidades de vários grupos e formando seus discípulos

·        Hoje ele envia um amplo grupo de discípulos/as à sua frente, uma espécie de estágio missionário e pastoral

·        Será uma missão com breve duração, pois somente depois da sua paixão, morte e ressurreição é que a cumprirão fielmente

·        Mas neste envio Jesus nos dá uma espécie de metodologia da missão e estatuto dos seus discípulos/as missionários

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·        Releia atentamente o texto, tendo diante dos olhos a missão que você desenvolve na Igreja e na sociedade

·        Que palavras ou afirmações iluminam e questionam mais fortemente sua missão e a missão da Igreja?

·        Santa Teresinha desejava fazer tudo ou assumir todas as vocações na Igreja, mas descobriu que vivendo o amor faria tudo... O que isso nos ensina e nos provoca hoje?

·        Se achar oportuno e possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Contemple a ação generosa e incansável dos/as muitos/as discípulos/as missionários que você conhece e fale com Jesus Cristo sobre o testemunho deles/as

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        O que este “estatuto missionário” de Jesus pede que mude na forma como sua comunidade vive a dimensão missionária?

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite ou cante a invocação: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao teu!”

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Ouça, assista, medite e reze com a Canção dos imperfeitos, do Pe. Fábio de Melo (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=W5U1WXzRv70)

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Apague a vela e termina seu momento de oração

 

Pistas sobre Marcos 10,1-12

Hoje é o último dia do mês dedicado à Bíblia, recordando um dos seus maiores amantes e estudiosos: São Jerônimo. O texto do evangelho hoje vem a calhar para a passagem do mês da Bíblia para o mês missionário Jesus envia um grupo de 72 discípulos/as para o precederem em todos os lugares para onde ele iria mais tarde, e para antecipar sua missão.

Este grupo ampliado de discípulos/as missionários/as não substitui, nem simplesmente suplementa, o que os Doze Apóstolos não consegue fazer. É um envio estável, paralelo e complementar ao grupo dos Doze, com uma missão específica e duradoura. Enquanto os Doze apóstolos foram enviados prioritariamente aos judeus, este novo coletivo de discípulos missionárias é enviado a todos os povos!

A imagem da colheita – quando chega seu tempo, não se pode demorar ou postergar o trabalho! – sublinha a urgência dessa missão. O conteúdo do anúncio não poderia ser mais claro: “O Reino de Deus está próximo de vocês!” E este anúncio é para todos os povos, e não apenas para os judeus e as pessoas justas. E é boa notícia, sem pedágio, para quem, por alguma razão, é menosprezado ou marginalizado!

Como a colheita, essa missão, que convoca e envia muitos/as, é real, concreta e necessária. Trata-se de anunciar a Boa Notícia do Reino de Deus e de libertar ou reabilitar as pessoas. Dizer “paz a esta casa” não é saudação protocolar ou palavra vazia, mas convite eficaz à felicidade e à alegria já no presente, fruto do reinado de Deus em ação. É bem mais que desejar “a paz de Jesus”.

Jesus apresenta também uma espécie de cartilha para orientar a ação missionária. A rejeição e a perseguição dão o tom da missão, e estarão sempre na sua agenda; a imagem do cordeio no meio dos lobos deixa isso claro! Os/as enviados/as devem partir desarmados e expostos, confiando unicamente em Deus e nos interlocutores. A casa (e não o templo!) é o ponto de apoio da missão, e a pobreza de recursos não é uma dificuldade, mas a garantia da autenticidade do anúncio.

 (Itacir Brassiani msf)

Ensinamento do papa Francisco

Quando a Igreja faz apelo ao compromisso evangelizador, não faz mais do que indicar aos cristãos o verdadeiro dinamismo da realização pessoal. Aqui descobrimos outra profunda lei da realidade: a vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros. Isso é missão! (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 10)

 

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)