Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 771
Dia 01/06/2022 | Sétima
semana da Páscoa | Quarta-feira
Evangelho segundo
João (17,11-19)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Eu te exaltarei...” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=34NxjJKX5a4)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 17,11-19
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Este texto é a segunda
parte da oração de Jesus pelos seus discípulos, um pouco antes da sua prisão,
ou livre entrega de si
· Esta oração está ligada
à catequese de Jesus depois da última ceia, na qual pede ao Pai que se realize
a salvação pela sua entrega
· Nela Jesus fala da
união daqueles que creem nele e da consagração dos/as discípulos/as à
continuidade da missão à qual ele se dedicou
· Em sua caminhada nas
terras palestinas, Jesus cuidou ternamente dos seus discípulos/as e, agora,
pede que o Pai cuide deles
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Situe-se junto de
Jesus, compartilhe seus sentimentos, e entre com ele no espírito da oração
· Perceba como ele pede,
com serenidade e insistência, pelos/as discípulos/as – por nós! – que o Pai
confiou a ele
· O que significa concretamente
hoje “ficar no mundo” ou “ser enviado ao mundo”, mas sem “ser do mundo”?
· Como isso pode
estimular e dirigir as relações ecumênicas?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Repita pausadamente, e
deixe que ressoem em você as palavras da derradeira oração de Jesus antes da
sua entrega à paixão
· Reze com as palavras de
Jesus, sem esquecer as vítimas das chuvas no nordeste e a semana de oração pela
unidade dos cristãos
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como a forma e o
conteúdo da oração de Jesus pelos que o seguem pode instruir nossa oração
pessoal e familiar?
· Que invocações o
próprio Jesus acrescentaria no contexto de hoje?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “Um hino ao Divino” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=B8xhmQ2yg0Q)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
Pistas sobre João 17,11-19
Estando prestes a fazer a travessia da cruz, e
conhecendo a fragilidade e a grandeza de coração daqueles/as que decidiram
segui-lo, Jesus pede ao Pai que seja guarda e protetor deles/as, especialmente
na sua ausência e nas perseguições. “Pai santo, guarda-os em teu nome. Quando
eu estava com eles, guardava-os em teu nome. E guardei-os, e nenhum deles se
perdeu”.
Mas Jesus pede mais ao Pai. Ele não deseja apenas
que sejamos protegidos/as por uma espécie de grande mãe ou grande pai, mas que
a alegria dele se realize plenamente em nós. E essa alegria plenamente
realizada consiste na vivência do amor generoso e incondicional com o qual ele
ama a todos/as, na capacidade de doar-se sem medidas, no empenho para viver uma
união de vontades e metas tão forte como aquela que une Jesus ao Pai. É a
alegria de saber-se amado/a pelo Pai.
Por isso mesmo, a proteção e o cuidado que Jesus
pede ao Pai em favor dos seus discípulos/as não significa tirá-los do mundo e
eliminar os desafios e exigências da missão. Recebendo o Espírito, seus
seguidores/as rompem com a lógica do mundo, mas a missão testemunhal os insere
no mundo como uma comunidade alternativa. A perfeita união de vontades e de
projeto é o pressuposto e a meta da missão, e, ao mesmo tempo, a vacina que
elimina relações de dominação. E esta vacina não nos vem da China, da Índia,
dos EUA ou da Inglaterra, mas do Espírito Santo de Deus.
Jesus também chama o Pai de “santo”, e fala de
consagração (santificação) de si mesmo e dos/as discípulos/as a ele. Esta
santidade significa aqui ruptura e distanciamento do mundo e da sua lógica de
indiferença e dominação. Jesus e quem o segue são consagrados/separados para a
prática do amor, a verdade que vem de Deus. São separados/as para serem
enviados/as em missão no mundo, para servir à humanidade. A bússola que os
mantém no caminho correto é a Palavra de Deus. E o culto verdadeiro ao Deus
verdadeiro é sempre serviço ao Homem. Nisso, Jesus não nos dá apenas o exemplo,
mas também a força, o Espírito que nos move.
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“A paz não se limita à mera ausência de guerra, nem tampouco
ao equilíbrio de forças entre os adversários. Ela precisa ser progressivamente
realizada pelos seres humanos em busca de uma justiça sempre maior. A paz não
se pode obter a não ser pela preservação do bem das pessoas e pela comunicação
generosa e confiante, a todos, dos dons e das riquezas espirituais de cada um.
Para que haja paz são necessárias a vontade firme de respeitar a dignidade das
pessoas e povos e disposição efetiva de exercer a fraternidade” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 78).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS