Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 752
Dia 13/05/2022 | Quarta
Semana da Páscoa | Sexta-feira
Evangelho segundo
João (14,1-6)
(1)Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Sou bom pastor” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=zRUw7qwRIE0)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 14,1-6
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Depois da última ceia
e do lava-pés, Jesus se detém num longo e terno diálogo com seus discípulos, do
qual o texto de hoje faz parte
· Percebendo o
desconcerto e a confusão existencial dos discípulos, como Mestre e Amigo Jesus
faz o possível para confortá-los
· Jesus não abre mão do
caminho que o Pai traça para ele, caminho que nos leva à verdade e à vida: e
amor e o serviço aos irmãos
· A confusão de Tomé vem
da sua compreensão fechada de que o termo da caminhada de Jesus será a morte
pura e simples
· O “lar” do Pai é a intimidade
e a comunhão com ele no dinamismo do amor, assim como se mostra nas ações
concretas de Jesus
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Recomponha na memória
os gestos as palavras desse diálogo de Jesus com os seus discípulos no ambiente
da última ceia
· Será que também nós
perdemos a noção da meta da vida cristã (a vida plena no amor sem medidas) e,
por isso, estamos confusos?
· O que mais nos deixa
perplexos e confusos, no atual momento da Igreja, do Brasil e do mundo? Ou
somos indiferentes a tudo?
· O que seria
concretamente a “verdade” e a “vida” para as quais Jesus afirma ser o caminho?
· Cremos em Deus
acreditando verdadeiramente em Jesus, ou projetamos em Jesus nossas surradas
ideias sobre Deus?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Reze ou cante: Senhor,
o que queres que eu faça? Senhor, o que queres de mim? Mostra-me os teus
caminhos!
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
(6)Retorne à vida
cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “O Senhor é meu pastor” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7yhNw_Izyp4)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Pistas sobre João 14,1-6
A passagem de
hoje está no contexto da ceia e do lava-pés, e é parte de uma catequese que
desenvolve o significado desses gestos de Jesus e procura confortar os
discípulos. Na verdade, eles ficam desconcertados e confusos com o ensino e a
prática de Jesus, como também pela percepção de que traições se desenhavam
entre eles.
Estava clara uma
espécie de divórcio entre as expectativas de sucesso, segurança e libertação
política que os discípulos alimentavam, por um lado, e a proposta de Jesus
centrada na reconciliação e na fraternidade, no serviço gratuito aos mais
vulneráveis, por outro. O gesto do pão e do vinho, antecipando a sua paixão e
morte, e o sinal do lava-pés, afirmando a igualdade fundamental de todos diante
de Deus, chega a escandalizá-los.
Neste diálogo,
Jesus procura consolar e confortar aqueles/as que ele ama e que o seguem. E
começa afirmando que no “lar” do Pai, de onde ele vem e para onde ele volta,
existe lugar para todos/as, lugar que o próprio Jesus prepara. Mas para chegar
lá, os discípulos devem leva-lo mais a sério. “Acreditem no Pai acreditando em
mim”, diz Jesus, de modo imperativo. É assim que poderão ser acolhidos por
Jesus na plenitude e gratuidade do amor que ele vive.
Mas, para chegar
e habitar na intimidade familiar com o Pai e experimentar a vida em sua
plenitude só há um caminho: o estilo de vida de Jesus, o caminho do amor sem
medida, que relativiza a própria vida. Vida é a meta, o termo da caminhada.
Neste caminho que é Jesus, o/a discípulo descobre a verdade sobre si mesmo/a e
sobre Deus: nascemos do amor, vivemos por amor e morremos por amor. O amor está
no caminho, no dinamismo de crescimento e amadurecimento, e a vida é a meta ou
o resultado esperado.
O caminho, a
verdade e a vida é a pessoa e o Evangelho Jesus, e não esta ou aquela religião,
esta ou aquela doutrina, uma ou outra denominação cristã. Como discípulos/as,
jamais poderemos relativizar a pessoa e a proposta de Jesus. Se o fizermos,
estaremos caindo na mentira, perdendo-nos nas encruzilhadas, caindo
prisioneiros/as da morte, fora do nosso “lar”.
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“O Verbo de Deus fez-se homem e veio habitar a terra. Entra
assim, na história do mundo, um homem perfeito, que a assume e a recapitula.
Revela que Deus é amor e ensina
que a lei fundamental da perfeição humana e da transformação do mundo é o amor.
Não é inútil mostrar a todos o caminho do amor e se esforçar para estabelecer
uma fraternidade universal. O amor não se limita às grandes coisas, mas deve se
manifestar principalmente na vida e nas circunstâncias de todo dia” (Vaticano
II, Gaudium et Spes, § 38).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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