Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 749
Dia 10/05/2022 | Quarta
Semana da Páscoa | Terça-feira
Evangelho segundo
João (10,22-30)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Sou bom pastor” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=zRUw7qwRIE0)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 10,22-30
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Durante a festa da
dedicação do Templo, Jesus acusara as lideranças de cegueira, e estas o acusaram
de estar louco
· O episódio de hoje
está neste contexto, e dá seguimento à polêmica, que Jesus ilustra com as
parábolas da porta e do pastor
· Jesus foge de uma
discussão abstrata sobre sua identidade, e, de novo, chama suas ações em
testemunho de sua origem divina
· As lideranças do
judaísmo não fazem parte do seu rebanho e, por isso, não reconhecem sua voz, e
se veem cada vez mais ameaçadas
· Por outro lado,
aqueles/as que o seguem, conhecem sua voz, reconhecem suas ações e, assim,
acessam o caminho da vida plena
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Recomponha na memória
os gestos, sinais e palavras de mais esta polêmica que Jesus trava com as
lideranças do judaísmo
· Fazemos parte do
rebanho de Jesus Cristo, daqueles/as que ouvem e seguem a sua voz e continuam
seu estilo de vida?
· Reconhecemos a mão de
Deus nas ações humanizadora e libertadoras de Jesus e de todos/as os/as que
fazem o bem?
· Como demonstramos isso?
Nosso modo de ser testemunha claramente nossa pertença ao caminho ou
“movimento” de Jesus?
· Somos capazes de
demonstrar nossa pertença a Jesus colocando-nos ao lado do ser humano ameaçado?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como você, sua família
ou sua comunidade podem demonstrar que conhecem e seguem a voz de Jesus e seu
Evangelho?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “O Senhor é meu pastor” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7yhNw_Izyp4)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Pistas sobre João 10,22-30
Este episódio do
evangelho nos mantém no contexto da festa da dedicação do templo de Jerusalém,
quando Jesus se apresenta como porta que conduz à vida e pastor que conhece seu
rebanho e cujas ovelhas reconhecem e seguem sua voz. Mesmo que o templo abrigue
seus mais ferrenhos opositores, que já o ameaçaram com apedrejamento, Jesus
passeia por ele como quem se sente em casa.
As lideranças que
controlam o templo e o judaísmo veem Jesus como uma ameaça, têm a impressão que
ele lhes tira o fôlego. Há pouco haviam dito claramente que ele estava louco ou
possuído pelo diabo. Angustiados e irritados, elas cercam Jesus no templo, numa
clara demonstração de ameaça. E o desafiam a apresentar-se claramente como
Messias, para terem motivo para condená-lo.
O vazio de poder
aberto pela espera indefinida de um messias havia sido ocupado por estas
lideranças, membros das famílias nobres e empoderadas, e elas temem perder o
poder. Jesus havia dito que tais pessoas eram cegas por opção, não fazem parte
do seu rebanho, não reconhecem nele a voz e a mão de Deus, servem e seguem a
mercenários. Orgulham-se de ser descendentes de Abraão e defensores da Lei de
Moisés, mas o são apenas da boca para fora.
Jesus percebe a
artimanha deles e, como já fizera em várias oportunidades, foge de uma
discussão teórica e estéril sobre o Messias. Jesus prefere invocar o testemunho
das suas ações de afirmação da dignidade e restauração da liberdade das pessoas,
e os chama a tomar posição. São suas obras que testemunham se ele está com Deus
ou não, se Deus está com ele ou não. Assumir a defesa do ser humano humilhado
significa estar com Deus. Mas as lideranças do templo são cegas, não querem
ver.
A conclusão da
cena é dramática. Jesus adverte as lideranças a não tentarem recuperar o
controle que perderam sobre parte do povo. Aqueles/as que o reconhecem e seguem
como Pastor Bom acessaram a vida plena, e ninguém vai arrancá-los das suas
mãos, pois o Pai não o permitirá. Jesus diz que ele e o Pai são um, e, diante
disso, as lideranças reagem ameaçando apedrejá-lo.
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“Todos os cristãos são chamados a praticar a verdade no amor, a se unir
aos homens verdadeiramente pacíficos, a orar pela paz e a procurar implantá-la.
Não podemos deixar de louvar aqueles que renunciam à ação violenta na defesa
dos direitos humanos, e recorrem a meios que estão ao alcance, inclusive dos
mais fracos, sem prejuízo dos direitos dos outros e das obrigações para com a
comunidade. Até o advento de Cristo, os seres humanos correm o risco da guerra.
Na medida, porém, em que superarem o pecado, superarão também a violência (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 78).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho,
superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou
preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para
a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno
fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e
abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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