Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 761
Dia 22/05/2022 | Sexta
Semana da Páscoa | Domingo
Evangelho segundo
João (14,23-29)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “A nós descei divina luz...” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=LOjQHOxmC4o)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 14,23-29
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Também estes
versículos fazem parte do “diálogo catequético” de Jesus com seus discípulos
após a ceia e antes da crucifixão
· É o momento em que
Jesus entrega seu testamento aos que o seguem, e, ao mesmo tempo, promete-lhes
o envio do Espírito
· Jesus sublinha com
lucidez e coragem que o amor que prometemos e devemos a ele se mostra na fidelidade
ao seu mandamento, que não é outra coisa que a prática de amor fraterno
· O Espírito que o Pai
enviará por meio dele é exatamente para isso: para nos ajudar a entender e
praticar esta Palavra
· O fruto da ação do
Espírito em nós, e do amor no qual são tecidas nossas relações, é a paz, o
máximo bem ao qual aspiramos
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Será que estamos
conseguindo hoje, como fiéis e como comunidade, guardar a Palavra de Jesus, ou
seja, amar como ele nos amou?
· A Renovação Carismática
Católica se propõe a dinamizar a experiência do Espírito Santo: em que medida
ela ajuda seus membros a entrar de cheio na prática do amor solidário?
· E os demais grupos e
nossos setores pastorais: estão cumprindo sua missão de levar ao encontro com
Jesus e a amar como ele nos ama?
· O que significa viver o
precioso dom da paz num contexto de intolerância, beligerância, injustiça e
desigualdade social?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Reze pedindo a graça da
paz inquieta, aquela que dá as mãos à justiça para não caminhar sozinha nem ser
enganada
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “Antes da morte e re4ssurreição” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=NaF4d5_W39)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Pistas sobre João 14,23-29
As religiões pretendem ser caminhos
para a salvação, a felicidade. Os caminhos se dividem em dois grupos: os que
propõem a saída de si mesmo para encontrar a plenitude nas realidades externas;
os que propõem e ensinam o mergulho em si mesmo e o esquecimento das realidades
externas, inclusive dos demais seres humanos.
Mas existe uma terceira
possibilidade, que está presente em algumas religiões e é proposta por Jesus
Cristo: Deus mesmo vem saciar nossa sede de plenitude, eliminando a distância
que nos separa e assusta, assumindo e aperfeiçoando as realidades humanas e
sociais. Jesus Cristo é sacramento de um Deus humanizado e encarnado, servidor
e libertador, próximo e presente no ser humano que ama e sofre.
Jesus fala que existem muitas moradas
no “lar” do Pai, e que ele vai para preparar-nos um lugar. Hoje Jesus inverte
esta lógica, e diz que é Deus quem vem às comunidades que se organizam em seu
nome e faz delas sua morada no mundo. Por isso, as comunidades precisam
cultivar o amor, o diálogo, o serviço e a abertura às necessidades do mundo.
Uma Igreja fiel a Jesus Cristo e aos tempos atuais, que aceita ser uma morada
de Deus, deve ser uma Igreja aberta e missionária.
No cálido e tenso ambiente da Ceia de
despedida, Jesus diz que só o amor pode manifestar o que Deus é e o que Deus
faz. Sabedor dos limites que acompanhariam os discípulos/as de todos os tempos,
Jesus promete que não os deixa órfãos e indefesos: ele envia o Espírito Santo,
Consolador, Defensor e Mestre que guia no seguimento dos seus passos. O
Espírito é a fidelidade e a glória à qual podemos aspirar. O amor praticado é
mandamento de Jesus. O amor recebido e proclamado é Evangelho. O amor testemunhado
é esplendor e glória de Deus.
O amor autenticamente humano é o
êxodo de si mesmo em direção a Deus e o advento de Deus na carne humana. O que nos
aproxima de Deus não é o muito saber, o grande poder ou a ausência de
sofrimento, mas o dinamismo de um amor que nos faz loucos, apaixonados, pobres
e servidores. As igrejas cristãs são chamadas a ser famílias que vivem esta
intensa paixão por Deus e pela humanidade e evitam a tentação de assumir a
função de delegadas de Deus, de enrijecer o sistema de proibições e de usurpar
o poder que só a Deus pertence.
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“A figura desse mundo, deformado pelo pecado, haverá de
passar, mas o Senhor ensina que haverá uma nova morada para o homem,
em que habitará a justiça e cuja
felicidade preencherá e superará todos os desejos de paz que o coração humano
alimenta. Então, vencida a morte, os filhos de Deus ressuscitarão em Cristo. O
que foi semeado na fraqueza e na corrupção, vestirá a incorruptibilidade. O
amor permanecerá e toda a criatura, feita em vista do ser humano, há de ser também
libertada” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 39).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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