Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 746
Dia 07/05/2022 | Terceira
Semana da Páscoa | Sábado
Evangelho segundo
João (6,60-69)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Novo sol brilhou” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0GwJdVESYDo)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 6,60-69
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Esta é a última parte
do “diálogo” profético e catequético de Jesus sobre o verdadeiro alimento e a
identidade do discípulo/a do Reino
· Que Jesus não está
falando simplesmente da comunhão eucarística fica claro na reação escandalizada
dos discípulos
· Diante da deserção de parte
da multidão e discípulos por causa da exigência da sua proposta, Jesus não se
assusta
· Antes, provoca frente
a frente seus discípulos/as, também os/as de hoje: vocês não querem desistir,
como eles/as?
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Recomponha na memória
este trecho final da catequese pascal que Jesus desenvolve para a multidão, mas
com ênfase aos discípulos
· Será que a assimilação
profunda e integral da proposta e do caminho de Jesus também não deveria nos
deixar preocupados/as?
· O que pensar de pessoas
que dedicam horas e horas à adoração eucarística, mas mostram total indiferença
diante do próximo?
· O que nos mantém firmes
no caminho de assimilação da proposta de Jesus e impede que abandonemos seu
barco?
· Qual é a “palavra”,
gesto ou ensinamento de Jesus que, para você, tem mais sabor e dinamismo de
vida plena?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Reze repetindo a
resposta do discípulo e apóstolo São Pedro: “A quem iremos, Senhor? Tu tens
palavras de vida eterna!”
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que fazer para que
nossa adesão de fé a Jesus nos leve a assimilar seu Espírito e prosseguir seu
jeito de viver e sua missão?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “Eu creio num mundo novo” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=RSDN9fNq_yI)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Pistas sobre João 6,60-69
Tornou-se recorrente reduzir o “diálogo
catequético” de Jesus, que meditamos durante toda a semana que está terminando,
a uma inofensiva e evasiva doutrina sobre a eucaristia. O trecho de hoje, que é
o desfecho desse diálogo, não deixa dúvidas sobre seu caráter profético,
exigente e provocador do ensino de Jesus, tanto que faz os discípulos
desabafarem: “Estas Palavras são duras demais! Quem poderá continuar ouvindo
isso?” Alguém reagiria assim diante de uma simples catequese “espiritual” sobre
a Eucaristia?
A reação de Jesus não é adocicar seu
anúncio para não perder ouvintes e seguidores. Frente aos discípulos que acham
seu ensino insuportável, murmuram escandalizados, que só conseguem esperar de
Jesus sucesso e triunfo, que conseguem apenas entender sinais de poder, que se
rebelam e pensam em desertar, Jesus reage com mais uma provocação frontal: “Entre
vós há alguns que não creem... Vós também não quereis ir embora?”
Parece que Jesus prefere ficar sozinho
a contar com discípulos pela metade, mais firmes em suas próprias ambições e
medos que na proposta de Jesus, claramente centrada no dom solidário de si
mesmo pela vida do mundo. Entre os Doze há quem não seja fiel na adesão a Jesus
e na amizade com ele, é inimigo e causador de divisão e não consegue se afastar
de um projeto contrário ao de Jesus.
Os Doze, representados por Pedro,
parecem intuir que, por mais duras que sejam as palavras, e por mais exigente
que seja o caminho trilhado e proposto por Jesus, não há vida que valha a pena
longe ou fora dele: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.
Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”. Mesmo cercados
de dúvidas e fraquezas, eles intuem o essencial.
Se antes Jesus se dirigia às multidões
e aos líderes dos judeus, agora dirige-se aos discípulos. Na verdade, todo a
catequese é dirigida virtualmente a eles, desde a convocação a ajudar a saciar
a fome da multidão até a provocação a tomar a decisão radical de ficar com ele
ou deixá-lo. Apesar da resposta firme dada na voz de Pedro, eles tropeçarão,
cairão e recomeçarão. Como nós!
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“Dada a natureza
social do ser humano, vê-se que o
crescimento da pessoa e o desenvolvimento da sociedade dependem um do outro.
O princípio, sujeito e fim de todas as instituições sociais, é e deve ser a
pessoa, que necessita da vida social para se realizar. Como a vida social não é um aspecto acidental ao
ser humano, a relação com os outros, os deveres mútuos de uns para com os
outros e o entendimento fraterno
fazem-no crescer sob todos os aspectos e correspondem profundamente à
realização efetiva de sua vocação” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 25).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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