terça-feira, 31 de maio de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 771

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 771

Dia 01/06/2022 | Sétima semana da Páscoa | Quarta-feira

Evangelho segundo João (17,11-19)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando: Eu te exaltarei...(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=34NxjJKX5a4)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de João 17,11-19

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Este texto é a segunda parte da oração de Jesus pelos seus discípulos, um pouco antes da sua prisão, ou livre entrega de si

·    Esta oração está ligada à catequese de Jesus depois da última ceia, na qual pede ao Pai que se realize a salvação pela sua entrega

·    Nela Jesus fala da união daqueles que creem nele e da consagração dos/as discípulos/as à continuidade da missão à qual ele se dedicou

·    Em sua caminhada nas terras palestinas, Jesus cuidou ternamente dos seus discípulos/as e, agora, pede que o Pai cuide deles

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Situe-se junto de Jesus, compartilhe seus sentimentos, e entre com ele no espírito da oração

·    Perceba como ele pede, com serenidade e insistência, pelos/as discípulos/as – por nós! – que o Pai confiou a ele

·    O que significa concretamente hoje “ficar no mundo” ou “ser enviado ao mundo”, mas sem “ser do mundo”?

·    Como isso pode estimular e dirigir as relações ecumênicas?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Repita pausadamente, e deixe que ressoem em você as palavras da derradeira oração de Jesus antes da sua entrega à paixão

·    Reze com as palavras de Jesus, sem esquecer as vítimas das chuvas no nordeste e a semana de oração pela unidade dos cristãos

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como a forma e o conteúdo da oração de Jesus pelos que o seguem pode instruir nossa oração pessoal e familiar?

·    Que invocações o próprio Jesus acrescentaria no contexto de hoje?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção “Um hino ao Divino (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=B8xhmQ2yg0Q)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

Pistas sobre João 17,11-19

Estando prestes a fazer a travessia da cruz, e conhecendo a fragilidade e a grandeza de coração daqueles/as que decidiram segui-lo, Jesus pede ao Pai que seja guarda e protetor deles/as, especialmente na sua ausência e nas perseguições. “Pai santo, guarda-os em teu nome. Quando eu estava com eles, guardava-os em teu nome. E guardei-os, e nenhum deles se perdeu”.

Mas Jesus pede mais ao Pai. Ele não deseja apenas que sejamos protegidos/as por uma espécie de grande mãe ou grande pai, mas que a alegria dele se realize plenamente em nós. E essa alegria plenamente realizada consiste na vivência do amor generoso e incondicional com o qual ele ama a todos/as, na capacidade de doar-se sem medidas, no empenho para viver uma união de vontades e metas tão forte como aquela que une Jesus ao Pai. É a alegria de saber-se amado/a pelo Pai.

Por isso mesmo, a proteção e o cuidado que Jesus pede ao Pai em favor dos seus discípulos/as não significa tirá-los do mundo e eliminar os desafios e exigências da missão. Recebendo o Espírito, seus seguidores/as rompem com a lógica do mundo, mas a missão testemunhal os insere no mundo como uma comunidade alternativa. A perfeita união de vontades e de projeto é o pressuposto e a meta da missão, e, ao mesmo tempo, a vacina que elimina relações de dominação. E esta vacina não nos vem da China, da Índia, dos EUA ou da Inglaterra, mas do Espírito Santo de Deus.

Jesus também chama o Pai de “santo”, e fala de consagração (santificação) de si mesmo e dos/as discípulos/as a ele. Esta santidade significa aqui ruptura e distanciamento do mundo e da sua lógica de indiferença e dominação. Jesus e quem o segue são consagrados/separados para a prática do amor, a verdade que vem de Deus. São separados/as para serem enviados/as em missão no mundo, para servir à humanidade. A bússola que os mantém no caminho correto é a Palavra de Deus. E o culto verdadeiro ao Deus verdadeiro é sempre serviço ao Homem. Nisso, Jesus não nos dá apenas o exemplo, mas também a força, o Espírito que nos move.

 (Itacir Brassiani msf)

Alegria e esperança

A paz não se limita à mera ausência de guerra, nem tampouco ao equilíbrio de forças entre os adversários. Ela precisa ser progressivamente realizada pelos seres humanos em busca de uma justiça sempre maior. A paz não se pode obter a não ser pela preservação do bem das pessoas e pela comunicação generosa e confiante, a todos, dos dons e das riquezas espirituais de cada um. Para que haja paz são necessárias a vontade firme de respeitar a dignidade das pessoas e povos e disposição efetiva de exercer a fraternidade” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 78).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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