Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 763
Dia 24/05/2022 | Sexta
Semana da Páscoa | Terça-feira
Evangelho segundo
João (16,5-11)
(1)Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “A nós descei divina luz...” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=LOjQHOxmC4o)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 16,5-11
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Este diálogo de Jesus
com seus discípulos está situado no contexto da ceia de despedida e o lava-pés,
e faz parte do seu “testamento”
· Ele é precedido pelo
anúncio do paixão e morte de Jesus e do envio do Espírito como guia, defensor e
pedagogo da comunidade cristã
· É uma advertência sobre
a oposição que os discípulos/las sofrerão e uma promessa alentadora do envio de
um Defensor
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Coloque-se em meio aos
discípulos, perturbados com o gesto de amor extremo de Jesus, com o anúncio da
sua morte e a previsão da oposição que sofreriam para continuar a missão de
Jesus
· Você percebe sinais de
oposição e resistência à missão dos seguidores/as de Jesus? Como e onde estes
sinais aparecem?
· Tome consciência das
incompreensões, resistências e oposições que os cristãos coerentes enfrentam
neste grave momento da conjuntura política nacional, por denunciarem as
mentiras e disfarces dos grupos saudosos da tranquilidade da “casa grande” às
custas da insegurança da “senzala”
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Reze, abrindo-se à ação
defensora e inspiradora do Espírito de Jesus
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como e onde você pode
encontrar um apoio evangélico para se manter na caminhada, fiel ao caminho
indicado por Jesus?
· De que modo você
poderia consolar e apoiar cristãos que sofrem incompreensões e perseguições por
causa da fidelidade ao caminho de Jesus e à missão de anunciar o Reino e
denunciar aquilo que se opõe a ele?
(6)Retorne à vida
cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “Antes da morte e re4ssurreição” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=NaF4d5_W39)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Pistas sobre João 16,5-11
Na semana que
antecede a solenidade da Ascensão, meditaremos trechos do afetuoso diálogo de
Jesus com seus discípulos depois da última ceia com eles, e antes da traição e
prisão. Pressentindo a iminência da sua condenação à morte, Jesus faz questão
de sublinhar que sua “saída” para o Pai, por quem foi enviado e em cujo nome
falou e agiu, fará bem para o amadurecimento dos/as discípulos/as. Ele vai para
voltar como inspiração, força e defesa.
Os/as
discípulos/as não entendem como a paixão e morte de Jesus pode ser sua volta ao
Pai e a plena e fiel presença do Pai nas dores da humanidade e nas
encruzilhadas da história. Toda explicação parece-lhes supérflua e vazia. A
separação continua a ser vista como escandalosa e definitiva, e por isso são
acossados pelo medo e pela tristeza. Eles não conseguem entender o mistério da
semente.
Como eles,
precisamos entender que o envio do Espírito de Deus e a sua assimilação na
caminhada de discípulos/as missionários/as depende da paixão e morte de Jesus.
Sem a cruz, o Espírito seria entendido apenas em parte, seria privado do seu núcleo
vivo que é o amor extremo, que desce aos infernos para regenerar o humano em
nós. O Espírito é entrega generosa de si, sem “se” e sem “mas”.
Recebendo o
Espírito Santo e deixando-nos guiar por ele, passamos de uma visão de Jesus
como simples “modelo de vida” e o assumimos como fonte dinâmica da vida que se
manifesta nele e nos vem dele. Nele, por ele e com ele somos capazes de
reconhecer no mistério da cruz tanto a manifestação da violência destruidora
como do amor infinito e apaixonado de Deus Pai e do “Filho do Homem”.
O
Espírito/Defensor que recebemos do Pai por Jesus move um processo contrário
àquele que vitimou Jesus e condena seus discípulos/as: os/as condenados/as são
inocentes, e os/as juízes/as que os condenam são os/as verdadeiros/as criminosos/as.
O chefe deste mundo – personificado no grupo que dirige o judaísmo, condena
Jesus e excomunga seus discípulos – não tem nenhum poder sobre os/as
seguidores/as de Jesus. Eles/as são livres de si mesmos/as e de tudo para amar.
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“Acreditando, com certeza,
que é conduzido pelo Espírito do Senhor, que enche o universo, o povo de Deus
vê e procura discernir nos acontecimentos, nas exigências e nas aspirações do
nosso tempo, verdadeiros sinais da presença de Deus e de seu desígnio. A fé ilumina com sua luz tudo que existe e manifesta o
propósito divino a respeito da plena vocação humana, orientando assim o
espírito para as verdadeiras soluções” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 11).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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