Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 744
Dia 05/05/2022 | Terceira
Semana da Páscoa | Quinta-feira
Evangelho segundo
João (6,44-51)
(1)Coloque-se em atitude
de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Novo sol brilhou” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0GwJdVESYDo)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 6,44-51
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Esta é a quarta parte
da catequese de Jesus sobre o verdadeiro alimento, que ele desenvolve depois de
saciar a fome da multidão
· Jesus fala do
dinamismo da fé e do seguimento: o ponto de partida, ou a iniciativa, é de
Deus, que nos atrai a ele, ao sumo bem
· O ser humano participa
com sua disponibilidade e sua docilidade; nada sem a liberdade humana, nada sem
a iniciativa de Deus
·
Jesus, o filho de José, é o enviado do Pai, e
é através dele, de sua humana compaixão, que Deus se revela e nos atrai
·
E é em sua humanidade e infinita compaixão
que ele é pão que desce do céu e alimenta verdadeiramente nossa fome de
plenitude
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
·
Releia atentamente essa dura e exigente
“catequese” de Jesus, evitando concluir sem mais que ele fala simplesmente da
eucaristia
·
Será que nós fazemos parte do grupo dos
“judeus”, dos incrédulos que não aceitam a condição e a compaixão humana de
Jesus?
·
Este Jesus, “filho de José”, irmão universal,
amor incondicional e rebeldia profética, é o Deus que nos atrai?
·
Teríamos suficiente sinceridade para dizer
aquilo que, em Jesus, nos escandaliza e desestabiliza?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
·
Contemple Jesus crucificado, expressão mais
radical da sua humanidade, e deixe brotar dos seus lábios a oração que ele
inspira
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Que aspectos da nossa
ideia de Deus precisam ser mudados, para que Jesus possa ser “pão” que nos
alimenta e “ímã” que nos atrai?
(6)Retorne à vida
cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “Eu creio num mundo novo” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=RSDN9fNq_yI)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Pistas sobre João 6,44-51
Nesta quarta parte da sua catequese
sobre o verdadeiro pão, Jesus enfrenta o escândalo que suas ações e suas
declarações causam nos judeus. Ele volta a comparar a si mesmo com o maná com o
qual Deus alimento o povo hebreu no seu êxodo, mas aproveita a oportunidade e
aborda também a questão do dinamismo da fé, da sua origem divina e da qualidade
das ações que realiza.
Os “judeus” aos quais se refere o texto
de João não são as pessoas que vivem Israel, mas aqueles que resistem em
reconhecer os sinais de Deus e aderir a ele, onde quer que estejam e qualquer
que seja sua nacionalidade. No deserto, os “judeus” reclamaram do maná,
chamando de “alimento nojento”, e não o reconheceram como sinal do amor de
Deus. Agora, reclamam de Jesus, “filho de José”, que, aos olhos deles, não goza
de nobreza para ser filho de Deus.
A busca de Deus, o encontro com ele, e
a adesão prática ao seu querer tem um dinamismo: parte de Deus, que atrai a
ele; e supõe nossa disponibilidade e a docilidade. Deus nada faz sem nossa
livre adesão, mas pouco ou nada de bom realizamos se ele não nos atrair. É o
que Jesus experimentou como Filho, e nos revelou. Quem se deixa atrair por Deus
precisa reconhecê-lo em sua condição humana, tal como se manifesta na compaixão
humana do “filho de José”.
Desde sempre, o que Deus mais deseja e
faz é encontrar mil formas de vir ao encontro do ser humano para ajuda-lo e fazê-lo
mais humano. Esta vontade e este dinamismo se tornam definitivos e insuperáveis
em Jesus Cristo. Mas os “judeus”, ou incrédulos de todos os tempos, queremos
dissocia-lo da humanidade de Jesus e afastá-lo da condição humana. Essa falta
de fé atesta que não conhecemos (não “vimos”) a Deus.
A aceitação da condição humana
radicalmente assumida por Jesus é o único caminho que pode nos conduzir à vida.
Ele, o filho de José, aquele que acolhe pecadores e proscritos, aquele cuja
compaixão é sempre viva e ativa, é pão que sacia nossa fome de plenitude e
plenifica a vida. Sem esse reconhecimento e aceitação dessa “carne” de Jesus, a
vida continua estreita, limitada, precária, “severina”.
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“Grandes desavenças surgem entre as raças ou entre as diversas
classes sociais; entre as nações ricas e as menos ricas ou francamente pobres;
entre as organizações internacionais voltadas para a paz e as ambições expansionistas de certas
ideologias ou a cupidez de certas nações ou de certos grupos. Daí a desconfiança e a inimizade, os conflitos
e os sofrimentos de que o ser humano
é, ao mesmo tempo, causa e vítima” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 8).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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