quarta-feira, 4 de maio de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 744

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 744

Dia 05/05/2022 | Terceira Semana da Páscoa | Quinta-feira

Evangelho segundo João (6,44-51)

(1)Coloque-se em atitude de oração  

·     Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·     Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·     Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·     Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·     Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·     Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·     Prepare-se cantando: Novo sol brilhou(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0GwJdVESYDo)

 

(2)Leia o texto da Palavra de Deus

·     Leia com toda a atenção o texto de João 6,44-51

·     Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·     Esta é a quarta parte da catequese de Jesus sobre o verdadeiro alimento, que ele desenvolve depois de saciar a fome da multidão

·     Jesus fala do dinamismo da fé e do seguimento: o ponto de partida, ou a iniciativa, é de Deus, que nos atrai a ele, ao sumo bem

·     O ser humano participa com sua disponibilidade e sua docilidade; nada sem a liberdade humana, nada sem a iniciativa de Deus

·     Jesus, o filho de José, é o enviado do Pai, e é através dele, de sua humana compaixão, que Deus se revela e nos atrai

·     E é em sua humanidade e infinita compaixão que ele é pão que desce do céu e alimenta verdadeiramente nossa fome de plenitude

·     O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)Medite a Palavra de Deus

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·     Releia atentamente essa dura e exigente “catequese” de Jesus, evitando concluir sem mais que ele fala simplesmente da eucaristia

·     Será que nós fazemos parte do grupo dos “judeus”, dos incrédulos que não aceitam a condição e a compaixão humana de Jesus?

·     Este Jesus, “filho de José”, irmão universal, amor incondicional e rebeldia profética, é o Deus que nos atrai?

·     Teríamos suficiente sinceridade para dizer aquilo que, em Jesus, nos escandaliza e desestabiliza?

·     Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)Reze com o texto lido e meditado

·     Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·     Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·     Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·     Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·     Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·     Contemple Jesus crucificado, expressão mais radical da sua humanidade, e deixe brotar dos seus lábios a oração que ele inspira

 

(5)Contemple a vida à luz da Palavra

·     Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·     Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·     Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·     Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·     Que aspectos da nossa ideia de Deus precisam ser mudados, para que Jesus possa ser “pão” que nos alimenta e “ímã” que nos atrai?

 

(6)Retorne à vida cotidiana

·     Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·     Recite a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa esperança a cada dia mais forte!”

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Medite e reze com canção “Eu creio num mundo novo” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=RSDN9fNq_yI)

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre João 6,44-51

Nesta quarta parte da sua catequese sobre o verdadeiro pão, Jesus enfrenta o escândalo que suas ações e suas declarações causam nos judeus. Ele volta a comparar a si mesmo com o maná com o qual Deus alimento o povo hebreu no seu êxodo, mas aproveita a oportunidade e aborda também a questão do dinamismo da fé, da sua origem divina e da qualidade das ações que realiza.

Os “judeus” aos quais se refere o texto de João não são as pessoas que vivem Israel, mas aqueles que resistem em reconhecer os sinais de Deus e aderir a ele, onde quer que estejam e qualquer que seja sua nacionalidade. No deserto, os “judeus” reclamaram do maná, chamando de “alimento nojento”, e não o reconheceram como sinal do amor de Deus. Agora, reclamam de Jesus, “filho de José”, que, aos olhos deles, não goza de nobreza para ser filho de Deus.

A busca de Deus, o encontro com ele, e a adesão prática ao seu querer tem um dinamismo: parte de Deus, que atrai a ele; e supõe nossa disponibilidade e a docilidade. Deus nada faz sem nossa livre adesão, mas pouco ou nada de bom realizamos se ele não nos atrair. É o que Jesus experimentou como Filho, e nos revelou. Quem se deixa atrair por Deus precisa reconhecê-lo em sua condição humana, tal como se manifesta na compaixão humana do “filho de José”.

Desde sempre, o que Deus mais deseja e faz é encontrar mil formas de vir ao encontro do ser humano para ajuda-lo e fazê-lo mais humano. Esta vontade e este dinamismo se tornam definitivos e insuperáveis em Jesus Cristo. Mas os “judeus”, ou incrédulos de todos os tempos, queremos dissocia-lo da humanidade de Jesus e afastá-lo da condição humana. Essa falta de fé atesta que não conhecemos (não “vimos”) a Deus.

A aceitação da condição humana radicalmente assumida por Jesus é o único caminho que pode nos conduzir à vida. Ele, o filho de José, aquele que acolhe pecadores e proscritos, aquele cuja compaixão é sempre viva e ativa, é pão que sacia nossa fome de plenitude e plenifica a vida. Sem esse reconhecimento e aceitação dessa “carne” de Jesus, a vida continua estreita, limitada, precária, “severina”.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Alegria e esperança

Grandes desavenças surgem entre as raças ou entre as diversas classes sociais; entre as nações ricas e as menos ricas ou francamente pobres; entre as organizações internacionais voltadas para a paz e as ambições expansionistas de certas ideologias ou a cupidez de certas nações ou de certos grupos. Daí a desconfiança e a inimizade, os conflitos e os sofrimentos de que o ser humano é, ao mesmo tempo, causa e vítima(Vaticano II, Gaudium et Spes, § 8).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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