Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 753
Dia 14/05/2022 | Sábado
| Festa de São Matias, Apóstolo
Evangelho segundo
João (15,9-17)
(1)Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando o mantra: “Louvarei a Deus seu nome bendizendo; louvarei a
Deus, à vida nos conduz!” (Acessível
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-aYxTsYWn5Q)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 15,9-17
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Este diálogo de Jesus
com seus discípulos dá-se no contexto da ceia de despedida e o lava-pés, e faz
parte do seu “testamento”
· Este diálogo de Jesus
com seus discípulos está ambientando no contexto da ceia de despedida e o
lava-pés, depois da sugestiva alegoria da videira e dos ramos, e faz parte do
seu “testamento”
· O diálogo é precedido
pelo anúncio da paixão e morte de Jesus e do envio do Espírito como guia,
defensor e pedagogo da comunidade cristã, consolação e dinamismo da missão
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Tome consciência das
incompreensões e resistências que os cristãos enfrentam nesse grave momento da
conjuntura política nacional
· Coloque-se em meio aos discípulos,
perturbados com o anúncio da oposição que sofreriam para continuar a missão de
Jesus
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Repita calmamente,
respirando fundo: Eu não quero que você seja meu servo, mas meu amigo/a! Eu
escolhi você!
· Peça a Jesus a alegria
permanecer nele, de dar muitos frutos, de amar como ele ama você
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Quais poderiam ser, em
tempos de distanciamento social, as mediações mais úteis e eficazes para
cultivar nossa amizade com Jesus e para não regatear o amor devido ao nosso
próximo, para crescer na capacidade de dar frutos na missão?
(6)Retorne à vida
cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção paulina: “Amai-vos
uns aos outros como eu vos tenho amado! Jesus Cristo é quem falou... Aleluia!
Aleluia!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ucsNGlBPWJI)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Pistas sobre João 15,9-17
O texto de hoje tem a função de
iluminar a festa de São Matias, o 13° apóstolo, escolhido para substituir Judas
Iscariotes. Estes versículos são a segunda parte da meditação de Jesus,
inspirada na alegoria da videira e dos ramos. O tema da fecundidade missionária
da adesão a Jesus continua como fio condutor desse diálogo pascal, mas Jesus
nos convida a deslocar o olhar da videira às relações de amor e amizade. O que
ele destacava com a imagem da união do ramo à cepa agora é enfatizado como
vínculo e relação de amor e amizade com ele e com os/as condiscípulos/as.
Para o cristão, o amor de Jesus está
garantido, não depende disso ou daquilo. Não há lugar para o medo, e nada
precisa ser feito para merecê-lo. O que Jesus pede de quem o segue é que seja
capaz e esteja disposto/a a amar o próximo da mesma maneira, sem “se” nem
“mas”. Se é verdade que ninguém é constituído/a senhor/a, para estar acima dos/as
outros/as, também ninguém está em condição inferior, e deve se comportar como
escravo/a. Jesus jamais tratou seus discípulos/as como servos/as, sempre os
teve como amigos/as.
A união amistosa com Jesus e a
assimilação da sua mensagem se revelam plenamente na entrega à missão, nos
frutos de solidariedade, que devem durar e se estender no tempo. Do vínculo de
amizade e confiança com Jesus brota a liberdade de doar-se sem medida, de amar
de modo incondicional os irmãos e irmãs. Esta é a glória do Pai e a alegria indestrutível
do/da discípulo/a. O amor constitui a comunidade cristã e fundamenta a missão.
Mas somente a entrega amorosa aos outros/as pode nos dar a certeza de que somos
interlocutores do amor de Deus.
A alegria cristã não é apenas o
resultado final do sucesso apostólico, da vitória sobre as adversidades, mas o
dinamismo libertário que nos livra da necessidade de vencer e obter sucesso,
que nos capacita a esquecer-nos de nós mesmos/as para ser tudo para todos. A
alegria cristã não vem no fim da missão, é o dinamismo que a deflagra e
alimenta. Mesmo que, num momento, estejamos no “banco de reservas” e esperando
ser escalados no time, como São Matias!
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“O respeito e o amor são devidos mesmo àqueles que pensam e
agem de maneira diversa da nossa na sociedade. Quanto melhor compreendemos seu
modo de pensar, mais fácil se torna o diálogo com eles. O amor e a bondade não
podem nos tornar indiferentes à verdade e ao bem, mas levar-nos a anunciar a
verdade salvadora a todos os seres humanos. A doutrina de Cristo exige que
perdoemos as injúrias. O preceito do amor se estende a todos, inclusive aos
inimigos” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 28).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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