Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 765
Dia 26/05/2022 | Sexta
Semana da Páscoa | Quinta-feira
Evangelho segundo
João (16,16-20)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “A nós descei divina luz...” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=LOjQHOxmC4o)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 16,16-20
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Este diálogo de Jesus
com seus discípulos está no contexto da ceia de despedida e o lava-pés, e faz
parte do seu “testamento”
· Jesus fala da sua
paixão e morte que se aproxima, da dureza do tempo que se segue, das
dificuldades que enfrentarão os discípulos
· O diálogo é precedido
pelo anúncio do paixão e morte de Jesus e do envio do Espírito como guia e defensor
da comunidade cristã
· O Espírito Santo dá aos
discípulos e discípulas a garantia da continuidade do projeto de Jesus através
deles/as
· A missão daqueles/as
que seguem Jesus tem suas dificuldades e tristezas, mas são superadas e
transitórias
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Tome consciência das
incompreensões e resistências que os cristãos enfrentam nesse grave momento da
conjuntura política nacional
· Coloque-se em meio aos
discípulos, perturbados com o anúncio da oposição que sofreriam para continuar
a missão de Jesus
· Se for o caso, faça as
perguntas profundas que nos inquietam: Onde está o Senhor que procuramos, e
como podemos vê-lo? Como viver sem sua presença física, e quando e como ele
voltará? Que sentido tem a história humana depois de Jesus, ou sem ele?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Repita pausadamente
cada palavra e frase desta exortação de Jesus: Pouco tempo ainda e já não me
vereis, e mais um pouco de tempo e me vereis de novo; vós chorareis, mas o
mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará
em alegria
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como e onde você pode
encontrar um apoio para se manter fiel ao caminho de Jesus nos momentos em que
ele parece ausente?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “Antes da morte e ressurreição” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=NaF4d5_W39)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
Pistas sobre João 16,16-20
Prosseguimos a
leitura e a contemplação do diálogo exortativo com o qual Jesus prepara os
discípulos para a sua paixão e morte, bem como para a missão que os espera.
Jesus fala da alternância de tempos: em alguns momentos ele estará próximo dos
seus discípulos e, noutros, ele estará aparentemente ausente. Está claro que
ele não se refere apenas à sua paixão e morte, mas também ao tempo posterior,
ao tempo da Igreja. Há tempos em que Jesus nos parece distante ou ausente, mas
ele está com o Pai.
Os discípulos
continuam desconcertados, e não conseguem compreender esta anunciada ausência
de Jesus. Tremem só em pensar nos tempos difíceis da missão. Para eles, a ida
de Jesus ao Pai, pela cruz, é apenas desaparecimento e morte, e, por isso, o
sentimento de tristeza toma conta deles e implode todo sonho de sucesso e
prosperidade. Eles não conseguem entender que sua ausência é sempre breve, e
benfazeja, pois os ajuda a superar apegos e medos infantis.
Aparentemente, o
problema deles é a compreensão do que poderia significar “um pouco de tempo”.
Jesus, porém, não explica o significado quantitativo dessa expressão. Ele
prefere sublinhar a qualidade superior da sua presença e da visão que o
Espírito concede aos/às que o acolhem. A alegria do mundo pela aparente derrota
da cruz será breve, e, por isso, a tristeza dos/as discípulos/as também será
breve. Com o envio e a experiência do Espírito, a dor intensa provocada pelas
perseguições será superada, e a alegria será profunda e duradoura. É para ela
que caminhamos!
Precisamos
entender que a presença de Jesus na vida dos/as discípulos/as se dá de duas
maneiras diferentes e, ao mesmo tempo, complementares: uma é a presença física,
de breve duração; outra é a presença como memória e Espírito, duradoura e
dinamizadora. A esses dois modos de presença correspondem também, da parte dos/as
discípulos/as, dois modos de ver a vida: a visão corporal e a visão espiritual.
A primeira, ressalta os problemas e desafios; a segunda, vislumbra a realização
de novos céus e nova terra.
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“As letras e as artes têm grande importância para a Igreja. O
homem procura naturalmente solução para os problemas levantados pela
experiência de si mesmo e do mundo, quer
esclarecer sua situação na história e no conjunto do universo, manifestar as
misérias e as alegrias, as necessidades e o potencial da humanidade,
tentando concretizar suas esperanças. Ressalta quanto é valiosa a vida humana,
sob todos os aspectos, de acordo com as expressões próprias de cada época e
cada região” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 15).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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