Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 756
Dia 17/05/2022 | Quinta
Semana da Páscoa | Terça-feira
Evangelho segundo
João (14,27-31)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Onde o amor e a caridade...” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0mrYfpaheBA)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 14,27-31
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Este ensino ocorre logo
depois da ceia, do lava-pés e da reflexão exortativa que se seguiram, e faz
parte do seu “testamento”
· Nele, Jesus faz a
promessa de enviar o Espírito da Verdade, que guiará e sustentará quem o ama no
prosseguimento da sua missão
· A paz que ele promete,
expressão que equivale ao nosso “tudo de bom para todos”, torna-se saudação e
distintivo de quem o segue
· No final, Jesus convida
os discípulos a levantarem-se e saírem, com ele, passando da mesa da eucaristia
à arena do mundo
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Recomponha na memória essa
bela e sugestiva alegoria, dando asas à imaginação para entender seu alcance
· Coloque-se mentalmente
junto aos discípulos, perturbados com o gesto do lava-pés, com o anúncio da sua
morte e com a previsão de que seria traído por um dos seus discípulos mais
íntimos
· Acolha as palavras de
despedida de Jesus, a afirmação de que vai para voltar, que vai ficando, o seu
“até breve!”
· Tome consciência dos
medos, fragilidades e carências que perturbam você, sua família e sua
comunidade
· Procure experimentar a
alegria que nos vem da certeza de que é bom para nós que Jesus volte ao Pai,
que o enviou e sempre o envia
· Deixe que a alegria e a
paz, que brotam da experiência de estar seguro nas amorosas mãos de Deus,
inunde seu ser, seu dia (noite)
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Visualize as situações
de violência e angústia (não apenas a guerra) que ferem muito irmãos e irmãs e
reze pedindo a paz
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “Monte Castelo” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ctAWPmcHoF84)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Pistas sobre João 14,27-31
Estes breves versículos são densos e
intensos. Eles representam a conclusão da primeira parte do diálogo de Jesus
com os discípulos, após a ceia. Jesus vê estampado nos olhos deles o medo e a
perturbação e, mesmo assim, não os poupa da verdade: ele deve ir, partir, ausentar-se
brevemente. Mas o faz para voltar mais tarde, e voltar plenamente. Por isso,
deixa-lhes a paz, e quer que vivam alegres e confiantes, como discípulos
maduros.
“Paz” é a palavra de despedida da
comunidade judaica. Utilizando esta saudação, Jesus sublinha que não a faz como
todo mundo costuma fazer. É sua saudação pessoal, que não é um adeus, mas um
“até breve” ou “até logo”, com reforço no advérbio de tempo. Ele não se
despede, porque ele vai para voltar, ele vai e fica, ele vai ficando. Esta sua
ida é indispensável, porque nela, na cruz por amor, ele tornará concreto e
irrefutável o amor de Deus pela humanidade.
Jesus diz que não poderá falar muito
porque deve partir, porque sua partida é iminente e o tempo é breve. Na
verdade, será preso naquela mesma noite. Por isso, Jesus fala da aproximação do
“chefe deste mundo”, que personifica as forças e estruturas que oprimem e
dominam, inclusive aquelas que agem em nome da religião. Mas Jesus deixa claro
que este chefe não tem força de mando ou poder de intimidação sobre ele: quem
tem a Palavra é o Pai.
Jesus decide trilhar o caminho da
paixão e morte não porque “o chefe deste mundo” tem poder sobre ele, mas porque
assim cumprirá a vontade do Pai, que o quer radicalmente compassivo e solidário
com as vítimas de todos os tempos, sinal concreto do imenso, generoso e eterno
amor do Pai. Isso não deixará dúvidas sobre a autenticidade da sua mensagem e
da sua identificação com o querer e o agir do Pai em benefício da humanidade.
Jesus dá a vida para não ceder à lógica
do mundo, e, assim, o vence. Por isso, é bom que ele vá ao Pai, passando pela
cruz. Sua acolhida nos braços daquele que “é maior” é a confirmação de que ele,
humano que é, vem do Pai, fala o que ouviu do Pai e faz aquilo que vê o Pai
fazer. E convida os discípulos a levantar e seguir com ele.
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“Diante da evolução do mundo moderno, levantam-se questões
cada vez mais numerosas e fundamentais, que se impõem com extrema acuidade: o
que é o ser humano? Que sentido tem a
dor, o mal e a morte, que resistem, apesar de tantos progressos! Que adiantaram
as vitórias tão custosas conquistadas? Que a pessoa deve dar à sociedade ou
esperar dela? Que acontece depois da morte?” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 10).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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