sábado, 30 de abril de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 740

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 740

Dia 01/05/2022 | Terceira Semana da Páscoa | Domingo

Evangelho segundo João (21,1-19)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando: Novo sol brilhou(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0GwJdVESYDo)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de João 21,1-19

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    A ressurreição de Jesus não é uma evidência que se impõe; isso não acontece nem com os discípulos!

·    Os vários registros bíblicos deixam muito claro que trata-se de uma convicção que se desenvolve lentamente, e contra as evidências

·    Depois de se manifestar a Maria Madalena, e duas vezes aos discípulos reunidos, os apóstolos têm dificuldades de reconhece-lo

·    A tentativa de voltar a pescar termina em frustração, e a realidade só muda quando os discípulos obedecem à Palavra de Jesus

·    Mais uma vez, Jesus trata seus discípulos desertores com ternura de amigo, e os acolhe com peixe assado e pão

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Leia atentamente, palavra por palavra, gesto por gesto, esta cena depois da manifestação de Jesus a Tomé e aos demais apóstolos

·    Preste atenção nos gestos de Jesus e naquilo que ele diz: pergunta se eles têm pão; manda lançar as redes de novo; oferece peixe e pão

·    O que significa a decisão de voltar à pesca, o insucesso que experimentam e uma nova tentativa à ordem de Jesus?

·    O que esse terceiro encontro de Jesus crucificado e ressuscitado com seus discípulos significa para nós hoje?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Procure verbalizar em sua oração o que a experiência destes discípulos suscita em você

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    À luz da obediência dos discípulos à Palavra do estranho à beira do lago (Jesus) pede que mude em nossas comunidades e Igrejas?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa esperança a cada dia mais forte!”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção “Eu creio num mundo novo” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=RSDN9fNq_yI)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre João 21,1-19

Pedro e outros seis discípulos estão em plena missão. A frustração enche o barco, e faz pesar o coração. Não estaria faltando-lhes um vínculo mais profundo com o próprio Jesus Cristo? Ou será que não faltava colocar em prática a lição do despojamento radical? “Se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só...” (Jo 12,24).

Cegos pela catarata do fracasso, não conseguiam ver o essencial. Mesmo que aqueles olhos cansados não conseguissem ver, Jesus Cristo continuava sendo uma presença discreta e fecunda nas idas e vindas dos discípulos. E continuava tratando-os com amizade e afeto: “Filhinhos, tendes alguma coisa para comer?” Jesus os convida a mergulhar na dura realidade das próprias carências.

Acolhendo a palavra de Jesus, os discípulos recomeçam o trabalho, e são surpreendidos pelos resultados. Será que não era exatamente ali, no lado direito do barco, que estava a ‘multidão’ de doentes, cegos, coxos e paralíticos que não conseguiam caminhar por si mesmos? Não deveriam ser eles os primeiros interlocutores e beneficiários da missão? O segredo do êxito da missão da Igreja não estaria exatamente no voltar-se para os oprimidos?

Na obediência a Jesus está embutida uma relativização dos próprios conceitos e, frequentemente, uma desobediência às ordens vindas dos sistemas de coerção. E os frutos do trabalho abrem os olhos deles à presença de Jesus, embora só o discípulo amigo seja capaz de reconhecê-lo e passar a notícia adiante. Então Pedro, fazendo as vezes de líder, ‘amarra a túnica na cintura’ e se lança, no mar, no serviço.

Para arrematar a ceia que lhes havia preparado à beira do mar, Jesus se dirige a Pedro. Interroga o líder do grupo, e questiona a expectativa de um Messias poderoso que eles alimentam. No fundo, Jesus quer fazer Pedro revelar se a sua liderança tem motivação e horizonte evangélicos ou se é permeada de ambições inconfessáveis.

Pedro responde afirmando sua amizade por Jesus, e escuta que amar Jesus significa dedicar-se ao seu rebanho, e que não há missão ou autoridade eclesial sem amor a Jesus. A cada resposta afirmativa de Pedro, Jesus acrescenta uma ordem. Sem a disposição de dar a vida pelo próximo, não há autoridade evangelicamente legítima.

 (Itacir Brassiani msf)

Alegria e esperança

Por sua natureza e missão, a Igreja não está vinculada a nenhuma forma de cultura nem a nenhum sistema político, econômico ou social. Graças à sua universalidade, estabelece um laço de união entre as diversas comunidades e nações humanas, desde que nela confiem e lhe reconheçam a plena liberdade de ação. Por isso a Igreja aconselha a todos os seres humanos, que superem as dissensões entre nações e raças, passando a viver num espírito familiar de filhos de Deus(Vaticano II, Gaudium et Spes, § 42).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

sexta-feira, 29 de abril de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 739

 Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 739

Dia 30/04/2022 | Segunda Semana da Páscoa | Sábado

Evangelho segundo João (6,16-21)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando: Cristo venceu, aleluia!(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=5nQ8crGGZMk)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de João 6,16-21

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    No seu primeiro encontro com o povo, Jesus deixara claro que não veio apenas ensinar uma nova doutrina ou novas formas de rezar

·    Ele convoca seus discípulos a envolverem-se com o enfrentamento das necessidades do povo, sem “mas” nem “talvez”

·    Essa postura atitude de servo a serviço dos famintos que Jesus assume, escandaliza os discípulos, que começam a abandoná-lo

·    O desencanto foi tamanho que eles não esperam Jesus, entram num mar agitado e no escuro da noite

·    Jesus não os abandona, vai ao encontro deles, e faz com que cheguem seguros onde ele propôs, e não onde eles decidiram

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Leia atentamente, sem pressa, palavra por palavra, gesto por gesto este episódio situado depois de Jesus alimentar a multidão faminta

·    Que reações esboçamos diante de atitudes e palavras de Jesus que nos parecem exigentes demais, contra nossas expectativas?

·    O que é que hoje nos amedronta, intimida e diminui nosso necessário compromisso com a transformação do mundo?

·    Temos alguma experiência de acolher Jesus em nosso “barco agitado” e recuperar a serenidade e chegado onde ele queria?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Dialogue com Jesus com sinceridade, pedindo-lhe auxílio para as agitações que envolvem hoje o mundo que ele ama

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Que consequências nossa adesão plena a Jesus tem em nossas relações sociais e nossos interesses e projetos econômicos?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa esperança a cada dia mais forte!”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção “Quando o Espírito de Deus soprou” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=m7vCLckRvMM)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre João 6,16-21

Depois de socorrer o povo em sua fome, e depois de escapar para que não o transformassem num chefe político isolado e poderoso, Jesus sobe ao monte sozinho, toma consciência de que reina pela cruz e, depois, atravessa o mar sem levar com ele as multidões. O povo precisa então tomar a decisão de fazer ou não a travessia.

Os discípulos desertam, tomam uma barca qualquer, voltam atrás, escolhem uma vida qualquer. Por isso, enfrentam a noite, a crise, o mar agitado. A escuridão denota falta de rumo, agitação interior, frustração, discordância, ruptura, busca de velhas soluções. As trevas lembram também a ideologia predominante: submissão às leis do mercado. Eles não esperam Jesus, e o mau espírito os agita.

No meio dessa turbulência tão exterior como interior, Jesus vai ao encontro dos discípulos. Quando eles o veem, temem suas advertências, mas ele caminha sobre as águas turbulentas e vai ao encontro deles. Os discípulos aceitam sua amizade e desejam acolhê-lo, mas a travessia termina imediatamente, assim como a agitação. Eles chegam rapidamente ao lugar para onde Jesus queria levá-los, e não para onde desejavam ir.

O povo ficara perdido, pois a comunidade dos discípulos, que fora a referência para encontrá-lo, desapareceu, fugiu. E então Jesus fala pela primeira vez com o povo, mas não responde às suas perguntas. O que ele faz é evidenciar a ambiguidade das motivações que movem a multidão a busca-lo tão ansiosamente. Jesus pede que alarguem seu horizonte, que entendam os sinais: a compaixão e o amor de Deus, a partilha, o resgate da dignidade das pessoas. É isso que significa “trabalhar pelo pão verdadeiro”, o pão que não acaba.

As multidões, cansadas e esmagadas por múltiplas explorações e dominações, inclusive em nome da religião, não conhecem o amor gratuito, e esperam de Jesus apenas ordens e leis, mostrando-se dispostos à submissão, desde que recebessem o que comer. Tem uma fé limitada, pois veem Jesus apenas como ponto de chegada, desejam o que ele dá, acham difícil ser como ele, viver no espírito dele. Buscar e acolher seu Espírito é buscar o pão que não perece...

 (Itacir Brassiani msf)

Alegria e esperança

A intercomunicação crescente entre os seres humanos não elimina o fato de que as mesmas palavras adquirem sentidos contrários nas diversas ideologias. Envolvidos em tais condicionamentos, muitas pessoas têm dificuldade para captar os valores perenes e compô-los adequadamente com as descobertas. Agitadas pelas esperanças e pelas angústias do que está acontecendo, tornam-se inquietos com tantas interrogações. Mas, na realidade, é um desafio que requer e até mesmo exige resposta(Vaticano II, Gaudium et Spes, § 4).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)