Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 715
Dia 06/04/2022 | Quaresma | Quinta Semana | Quarta-feira
Evangelho segundo João (8,31-42)
(1) Coloque-se em atitude de oração
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Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
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Escolha o lugar no qual você não seja
interrompido/a
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Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
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Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
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Tome consciência de si mesmo/a e do
tempo que vivemos
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Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
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Prepare-se ouvindo a canção A
palavra de Deus ouvida ...! (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=jg_geU66pxE)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
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Leia com toda a atenção o texto de João
8,31-42
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Leia o texto em voz alta (se achar
necessário e for possível)
·
Continuamos
com a discussão entre Jesus e os fariseus, em frente ao tesouro do templo
·
Jesus
os advertira que, fechando-se em seus interesses e suas ideias distorcidas de
Deus, a elite religiosa permanecia no pecado
·
Tornar-se
discípulo/a de Jesus implica em aceitar sua Boa Notícia e permanecer no seu
caminho de compaixão pelos vulneráveis
·
É
nessa permanência que o/a discípulo/a conhece a verdade mais profunda da vida
e, por isso, sua capacidade de fazer-se dom
·
Nesse
caminho não há lugar para adesões superficiais e orgulhos rasteiros (raça,
gênero, classe): filho/a é quem age como o pai
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e
meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?
·
A quantas anda nossa adesão a
Jesus Cristo e ao seu Evangelho libertário? Vai além da admiração e da
exterioridade?
·
Olhemos atentamente e criticamente
para nossas decisões, ações e compromissos: elas revelam que somos filhos do
Deus de Jesus?
·
Em que medida continuamos pensando
que somos livres para fazer o que queremos, e não para lutar pelos direitos
humanos?
·
Será que ainda reivindicamos a
superioridade da nossa raça, da nossa religião, da nossa origem, da nossa
classe frente aos outros?
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Se achar oportuno
e for possível, leia as “pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
·
Tome consciência de que este texto é
Palavra de Deus
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Depois de escutar atentamente, agora é
sua vez de falar
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Não mude de assunto, pois sua palavra é
sua resposta a Deus
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Permita que o próprio Deus dirija a sua
oração, a sua resposta
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Não se preocupe com raciocínios e
frases bem articuladas
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Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz
dizer a Deus
·
Peça
a Jesus a graça de permanecer na sua Palavra, aderir à sua Boa Notícia aos
pobres, ser livre para doar-se a arriscar-se por ele
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
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Procure contemplar a realidade do mundo
com o olhar de Deus
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Busque meios para colocar em prática o
que Deus lhe fala
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Perceba o que você precisa mudar a
partir dessa meditação
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Responda: O que Deus está pedindo que eu
mude ou faça?
·
Como
podemos, como indivíduos e como igreja, exercitar a verdadeira liberdade,
aquela de sempre e em tudo amar e servir?
(6) Retorne à vida cotidiana
·
Recite o Pai Nosso e a Ave Maria
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Recite a invocação: “Jesus,
que nos falas com sabedoria e nos ensinas com amor, ajuda-nos a ser tal como
és!”
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Medite e reze com a canção A
verdade vos libertará (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=udLw5npxd74)
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Apague a vela e conclua seu momento de
oração
Pistas sobre João 8,31-42
Continuamos com a
narração que nos reporta o grande e tenso debate entre Jesus e as lideranças do
judaísmo, depois da defesa pública da dignidade de uma mulher prestes a ser
apedrejada na praça do templo. Jesus acusa o grupo que dirige o judaísmo de
viver e ensinar uma fé equivocada, que se apresenta como modelo de fidelidade
mas se mostra irredutivelmente fechada à ação salvadora e libertadora de Deus.
No final da cena
de ontem, um grupo de judeus mostrou admiração e deu crédito a Jesus. Mas Jesus
os conhece, e dispensa tanto a admiração como uma adesão simplesmente exterior.
Só o conhece e só se torna seu discípulo quem assimila e leva a sério a sua
Palavra, quem participa da sua ação solidária e libertadora em benefício dos
oprimidos. Esta é a verdade sobre Deus e sobre o ser humano, uma verdade que
nos torna livres, capazes de doar a própria vida.
A liberdade que
os/as discípulos/as de Jesus experimentam não é a faculdade de decidir isso ou
aquilo, mas a capacitação para participar da liberdade do Pai, que ama e acolhe
bons e maus, merecedores ou não do seu amor, todos necessitados do seu perdão
acolhedor. Quem age sempre guiado pelo medo, pela raiva, pela competição ou
pela busca dos próprios interesses não é livre, mas escravo de si mesmo. Não é
capaz de dar-se e perder-se num “amor a fundo perdido”.
Ao ensinar isso,
Jesus dá a entender que a elite religiosa que se opõe a ele não é
verdadeiramente livre, mesmo quase pertencesse a um povo politicamente autônomo.
Esta elite reage afirmando ser da raça e estirpe de Abraão, e que nunca foi
escrava. Mas Jesus retruca que ser filho é ser parecido com o pai, e os membros
dessa elite estão muito longe de imitar Abraão. Aderindo às estruturas de
opressão e dominação, e dando-lhes estabilidade e caráter intocável, eles
servem ao pecado, que impede o amor e leva à morte.
Jesus conclui
reafirmando sua filiação divina – suas ações o fazem parecido com o Pai – e que
a elite religiosa é filha da idolatria (que a tradição judaica chama de
prostituição), pois não aceita, persegue e quer matar Jesus. Quem persegue os
outros não é livre!
(Itacir Brassiani msf)
“Fala com sabedoria, ensina com amor”
“Fortalecer o prisma
da multiculturalidade e interculturalidade nos sistemas educacionais demanda
uma nova práxis dos educadores e de perspectiva da educação, que precisa ser
dialógica e romper com a imposição de silêncios. Para uma prática educativa
dialógica é necessário também promover uma vivência participativa e cristã de
abertura ao mundo e aos outros, pois o sujeito que se abre ao mundo e aos
diferentes saberes inaugura a relação dialógica que se confirma como
inquietação e curiosidade, como inconclusão em permanente movimento na história”.
(Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2022,
§ 137-138)
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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