Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 733
Dia 24/04/2022 | Segunda Semana da Páscoa | Domingo
Evangelho segundo João (20,19-31)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Cristo venceu, aleluia!” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=5nQ8crGGZMk)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 20,19-31
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Diversamente daquilo
que muitos imaginam, a ressurreição de Jesus não é uma evidência que se impõe,
mas uma luta permanente
· A cena de hoje nos
traz duas manifestações de Jesus crucificado e ressuscitado aos discípulos, com
intervalo de uma semana
· É um episódio que
confirma e completa a experiência e o anúncio de Maria Madalena, logo na
madrugada do “primeiro dia”
· O encontro começa com
uma saudação de paz, repetida duas vezes, e termina com um envio missionário e
uma bem-aventurança
· No encontro com o
crucificado e ressuscitado, os discípulos captam a responsabilidade de dar
continuidade à missão de Jesus
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Leia atentamente, sem
pressa, palavra por palavra, gesto por gesto, esta cena que envolve os
discípulos em dois momentos diferentes
· As portas e janelas
fechadas não impedem a presença do Senhor ressuscitado; será que ocorre o mesmo
com o fechamento mental?
· Qual é o maior
obstáculo para reconhecer a presença de Jesus ressuscitado e prosseguir sua
missão de tirar o pecado do mundo?
· Segundo sua
experiência, somente quem vê pode crer, ou será que somente quem crê consegue
ver corretamente o que é essencial?
· Você se sente
incluído/a nessa bem-aventurança de Jesus: Felizes aqueles que creram sem terem
visto?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como evitar que a
mensagem desse evangelho seja reduzida a um convite à reconciliação, ou a um
genérico conceito de misericórdia?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “Quando o Espírito de Deus soprou” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=m7vCLckRvMM)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Pistas sobre João 20,19-31
Era noite, e as
portas estavam muito bem fechadas. Os discípulos estavam desanimados, envergonhados,
amedrontados, sem perspectivas. Ao medo da possível perseguição pelas
autoridades judaicas se juntava a frustração pela imagem de um Messias
crucificado, sem poder, abandonado por todos/as.
Mas os muros do
remorso e do medo não impedem a manifestação de Jesus, e ele se faz presente no
meio daquele grupo desarticulado. E a sua primeira palavra é de misericórdia, acolhida
e pacificação: “A paz esteja com vocês!” E lhes mostra as feridas nas mãos e no
lado esquerdo, assegurando com isso que sua história concreta é importante, que
sua presença não é mera fantasia e que seu amor fiel e solidário continua na
história.
A alegria pascal
não brota apenas da certeza na nossa ressurreição futura, mas também da
experiência atual e cotidiana de não sermos condenados/as, de sermos aceitos/as
como amigos e amigas de Jesus de Nazaré. Mas a fé na ressurreição esconde um
risco: podemos ficar de tal modo extasiados com as imagens de anjos e com as
palavras de paz, pela visão de um Cristo exaltado e sentado à direita do Pai,
que esquecemos que nossa missão de discípulos/as está apenas começando.
Por isso, depois de
desejar a paz, Jesus confere uma missão aos discípulos: “Assim como o Pai me
enviou, eu também envio vocês”. Trata-se de continuar seu próprio trabalho de
carregar nas costas pecado estruturado e institucionalizado no mundo. E esta
missão urge, não pode ser postergada para quando tivermos tempo. O pecado que
não eliminarmos permanecerá aqui, diminuindo e ferindo a vida de muita gente e
garantindo o privilégio de poucos.
O pecado é a
cumplicidade com a injustiça, e perdoar significa dissolver os laços que
vinculam as pessoas a essa cumplicidade. Abraçar a fé em Jesus Cristo
ressuscitado vincula os discípulos e discípulas aos irmãos e irmãs, à partilha
dos bens “conforme a necessidade de cada um”, à alegria radiante, à
simplicidade profunda e cordial. Faz de nós uma Igreja solidária e em saída às
periferias.
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“Acreditando, com certeza, que é conduzido pelo Espírito do
Senhor, que enche o universo, o povo de
Deus vê e procura discernir nos acontecimentos, nas exigências e nas
aspirações do nosso tempo, de que, aliás, participa, verdadeiros sinais da presença de Deus e de seu desígnio. A fé
ilumina com sua luz tudo que existe e manifesta o propósito divino a respeito
da plena vocação humana, orientando
assim o espírito para as verdadeiras soluções” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 11).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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