sábado, 16 de abril de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 726

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 726

Dia 17/04/2022 | Semana santa | Domingo | Páscoa do Senhor

Evangelho segundo João (20,1-9)

(1)Coloque-se em atitude de oração  

·          Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·          Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·          Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·          Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·          Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·          Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·          Prepare-se cantando o Salmo 117: Este é o dia...(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7sFZ_4fZJOE)

 

(2)Leia o texto da Palavra de Deus

·          Leia com toda a atenção o texto de João 20,1-9

·          Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·          Esta narração da ressurreição de Jesus é a primeira de uma série de cinco que encontramos unicamente no evangelho segundo João

·          Maria Madalena, inconformada com o cruel destino de Jesus, vai à sua sepultura para prantear o Amigo e Mestre

·          O sepulcro aberto é um sinal de alerta, de algo inesperado, e ela busca Pedro e o Amigo para testemunhar e interpretar o fato

·          Eles comprovam que o sepulcro está aberto e vazio, e se parece com um leito nupcial, no qual uma aliança foi ratificada

·          O discípulo Amigo vê e dá crédito (acredita) à vida, à missão e à ressurreição de Jesus

·          O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)Medite a Palavra de Deus

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·          Leia atentamente, sem pressa e com todos os sentidos, palavra por palavra, gesto por gesto, esta cena inusitada e com final aberto

·          Observe a teimosa inconformidade de Maria Madalena, suas buscas, suas intuições, mas também sua dependência do passado

·          Esta cena deixa o desfecho em aberto, como que convidando-nos a assumir o protagonismo e dar-lhe um final adequado

·          Acreditaremos num fato ocorrido apenas no passado, ou daremos crédito à vida e à proposta de Jesus, fazendo-a nossa?

·          O que a ressurreição de Jesus significa para as famílias enlutadas por mais de 640 mil mortes pelo Covid-19?

·          Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)Reze com o texto lido e meditado

·          Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·          Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·          Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·          Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·          Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

 

(5)Contemple a vida à luz da Palavra

·          Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·          Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·          Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·          Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·          O que devemos mudar a partir da convicção de que a vida de Jesus não termina em fracasso, mas que caminha à nossa frente?

 

(6)Retorne à vida cotidiana

·          Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·          Recite a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa esperança a cada dia mais forte!”

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Medite e reze com canção pascal “Aleluia”, de Handel (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=M-7KdocrTLc)

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre João 20,1-9

Segundo João, a primeira manifestação da ressurreição acontece na visita de Madalena à sepultura. Vendo a pedra afastada, Maria vai avisar os discípulos. O amigo de Jesus é o primeiro a chegar. Vê a sepultura vazia e as vestes, mas não entra. Pedro chega depois, entra na sepultura e vê o sudário dobrado, em separado, “à parte”.

A tumba vazia não é o único fundamento da fé na ressurreição, mas é um sinal importante. O discípulo amado conhecia bem a liturgia do templo, daí sua resistência a entrar diretamente na sepultura. Para ele, os panos enrolados e colocados no “lugar” à parte são a Palavra que se fez carne em Jesus de Nazaré, que substitui o Templo.

Mas a tumba vazia é um indicativo insuficiente para despertar e sustentar a fé na ressurreição de Jesus. Sua base é o anúncio da Igreja e a experiência pessoal que o/a discípulo/a fazemos do encontro com Jesus ressuscitado. Mais adiante, Maria Madalena chora diante da sepultura e “se inclina” para olhar. Vê anjos que a interrogam sobre sua dor. Vê Jesus sem reconhecê-lo, senão quando a chama pelo nome. Crer em Jesus ressuscitado é mais que constatar que a sepultura está vazia, é encontrá-lo pessoalmente.

Depois de tê-lo desejado, buscado, conhecido e amado em vida, Maria precisa se inclinar para dentro de si mesma, na profundidade do seu desejo, para reconhecê-lo e amá-lo sem retê-lo. É ao voltarmo-nos para nossa interioridade que encontraremos o ressuscitado que nos ama, chama e envia. Sem isso, tudo continua escuro em pleno dia.

O texto termina com reticências, como que convocando-nos a entrar na cena como protagonistas, e a darmos um final adequado àquela manhã misteriosa. Tanto Pedro como o discípulo amado volta para casa. O que isso significa? Entenderam ou não o que aconteceu? Se acreditaram nas palavras de Jesus, porque não anunciaram adiante?

E nós, acreditaremos e viveremos em seu nome? Estaremos dispostos a ser semente que, caindo na terra e morrendo, não fica só, e se multiplica incrivelmente? É isso que queremos e decidimos? Compartilharemos essa boa notícia a toda a humanidade?

 (Itacir Brassiani msf)

Alegria e esperança

Primogênito entre muitos irmãos, depois da morte e da ressurreição, estabeleceu uma nova comunhão fraterna com os que o acolhem na fé e no amor, pelo dom do Espírito Santo. Seu corpo é a Igreja, em que todos se prestam serviço, sendo membros uns dos outros. Esta solidariedade deve crescer até o dia da consumação final, quando os seres humanos, salvos pela graça, estarão na glória, como uma única família amada por Deus e por Cristo, nosso irmão”. (Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes, § 32)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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