Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 726
Dia 17/04/2022 | Semana santa | Domingo | Páscoa do Senhor
Evangelho segundo João (20,1-9)
(1)Coloque-se em
atitude de oração
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Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
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Escolha o lugar no qual você não seja
interrompido/a
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Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
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Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do
tempo que vivemos
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Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
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Prepare-se cantando o Salmo 117: “Este
é o dia...” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7sFZ_4fZJOE)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
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Leia com toda a atenção o texto de João
20,1-9
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Leia o texto em voz alta (se achar
necessário e for possível)
·
Esta
narração da ressurreição de Jesus é a primeira de uma série de cinco que
encontramos unicamente no evangelho segundo João
·
Maria
Madalena, inconformada com o cruel destino de Jesus, vai à sua sepultura para
prantear o Amigo e Mestre
·
O
sepulcro aberto é um sinal de alerta, de algo inesperado, e ela busca Pedro e o
Amigo para testemunhar e interpretar o fato
·
Eles
comprovam que o sepulcro está aberto e vazio, e se parece com um leito nupcial,
no qual uma aliança foi ratificada
·
O
discípulo Amigo vê e dá crédito (acredita) à vida, à missão e à ressurreição de
Jesus
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e
meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?
·
Leia
atentamente, sem pressa e com todos os sentidos, palavra por palavra, gesto por
gesto, esta cena inusitada e com final aberto
·
Observe
a teimosa inconformidade de Maria Madalena, suas buscas, suas intuições, mas
também sua dependência do passado
·
Esta
cena deixa o desfecho em aberto, como que convidando-nos a assumir o
protagonismo e dar-lhe um final adequado
·
Acreditaremos
num fato ocorrido apenas no passado, ou daremos crédito à vida e à proposta de
Jesus, fazendo-a nossa?
·
O
que a ressurreição de Jesus significa para as famílias enlutadas por mais de
640 mil mortes pelo Covid-19?
·
Se achar oportuno
e for possível, leia as “pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
·
Tome consciência de que este texto é
Palavra de Deus
·
Depois de escutar atentamente, agora é
sua vez de falar
·
Não mude de assunto, pois sua palavra é
sua resposta a Deus
·
Permita que o próprio Deus dirija a sua
oração, a sua resposta
·
Não se preocupe com raciocínios e
frases bem articuladas
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer
a Deus
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
·
Procure contemplar a realidade do mundo
com o olhar de Deus
·
Busque meios para colocar em prática o
que Deus lhe fala
·
Perceba o que você precisa mudar a
partir dessa meditação
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Responda: O que Deus está pedindo que eu
mude ou faça?
·
O
que devemos mudar a partir da convicção de que a vida de Jesus não termina em
fracasso, mas que caminha à nossa frente?
(6)Retorne à vida
cotidiana
·
Recite o Pai Nosso e a Ave Maria
·
Recite a invocação: “Jesus
ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa esperança a cada
dia mais forte!”
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Medite e reze com canção pascal “Aleluia”,
de Handel (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=M-7KdocrTLc)
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Apague a vela e conclua seu momento de
oração
Pistas sobre João 20,1-9
Segundo João, a
primeira manifestação da ressurreição acontece na visita de Madalena à
sepultura. Vendo a pedra afastada, Maria vai avisar os discípulos. O amigo de
Jesus é o primeiro a chegar. Vê a sepultura vazia e as vestes, mas não entra.
Pedro chega depois, entra na sepultura e vê o sudário dobrado, em separado, “à
parte”.
A tumba vazia não
é o único fundamento da fé na ressurreição, mas é um sinal importante. O
discípulo amado conhecia bem a liturgia do templo, daí sua resistência a entrar
diretamente na sepultura. Para ele, os panos enrolados e colocados no “lugar” à
parte são a Palavra que se fez carne em Jesus de Nazaré, que substitui o
Templo.
Mas a tumba vazia
é um indicativo insuficiente para despertar e sustentar a fé na ressurreição de
Jesus. Sua base é o anúncio da Igreja e a experiência pessoal que o/a
discípulo/a fazemos do encontro com Jesus ressuscitado. Mais adiante, Maria
Madalena chora diante da sepultura e “se inclina” para olhar. Vê anjos que a
interrogam sobre sua dor. Vê Jesus sem reconhecê-lo, senão quando a chama pelo
nome. Crer em Jesus ressuscitado é mais que constatar que a sepultura está
vazia, é encontrá-lo pessoalmente.
Depois de tê-lo
desejado, buscado, conhecido e amado em vida, Maria precisa se inclinar para
dentro de si mesma, na profundidade do seu desejo, para reconhecê-lo e amá-lo
sem retê-lo. É ao voltarmo-nos para nossa interioridade que encontraremos o
ressuscitado que nos ama, chama e envia. Sem isso, tudo continua escuro em
pleno dia.
O texto termina
com reticências, como que convocando-nos a entrar na cena como protagonistas, e
a darmos um final adequado àquela manhã misteriosa. Tanto Pedro como o
discípulo amado volta para casa. O que isso significa? Entenderam ou não o que
aconteceu? Se acreditaram nas palavras de Jesus, porque não anunciaram adiante?
E nós, acreditaremos
e viveremos em seu nome? Estaremos dispostos a ser semente que, caindo na terra
e morrendo, não fica só, e se multiplica incrivelmente? É isso que queremos e
decidimos? Compartilharemos essa boa notícia a toda a humanidade?
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“Primogênito entre muitos irmãos, depois da morte e da
ressurreição, estabeleceu uma nova comunhão fraterna com os que o acolhem na fé
e no amor, pelo dom do Espírito Santo. Seu corpo é a Igreja, em que todos se
prestam serviço, sendo membros uns dos outros. Esta solidariedade deve crescer
até o dia da consumação final, quando os seres humanos, salvos pela graça,
estarão na glória, como uma única família amada por Deus e por Cristo, nosso
irmão”. (Concílio
Vaticano II, Gaudium et Spes, § 32)
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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