Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 739
Dia 30/04/2022 | Segunda Semana da Páscoa | Sábado
Evangelho segundo João (6,16-21)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Cristo venceu, aleluia!” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=5nQ8crGGZMk)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 6,16-21
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· No seu primeiro
encontro com o povo, Jesus deixara claro que não veio apenas ensinar uma nova
doutrina ou novas formas de rezar
· Ele convoca seus discípulos a envolverem-se com o
enfrentamento das necessidades do povo, sem “mas” nem “talvez”
· Essa postura atitude de servo a serviço dos famintos que Jesus
assume, escandaliza os discípulos, que começam a abandoná-lo
· O desencanto foi
tamanho que eles não esperam Jesus, entram num mar agitado e no escuro da noite
· Jesus não os abandona,
vai ao encontro deles, e faz com que cheguem seguros onde ele propôs, e não
onde eles decidiram
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Leia atentamente, sem
pressa, palavra por palavra, gesto por gesto este episódio situado depois de
Jesus alimentar a multidão faminta
· Que reações esboçamos
diante de atitudes e palavras de Jesus que nos parecem exigentes demais, contra
nossas expectativas?
· O que é que hoje nos
amedronta, intimida e diminui nosso necessário compromisso com a transformação
do mundo?
· Temos alguma experiência
de acolher Jesus em nosso “barco agitado” e recuperar a serenidade e chegado
onde ele queria?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Dialogue com Jesus com sinceridade, pedindo-lhe auxílio para
as agitações que envolvem hoje o mundo que ele ama
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Que consequências nossa adesão plena a Jesus tem em nossas
relações sociais e nossos interesses e projetos econômicos?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “Quando o Espírito de Deus soprou” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=m7vCLckRvMM)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Pistas sobre João 6,16-21
Depois de
socorrer o povo em sua fome, e depois de escapar para que não o transformassem
num chefe político isolado e poderoso, Jesus sobe ao monte sozinho, toma
consciência de que reina pela cruz e, depois, atravessa o mar sem levar com ele
as multidões. O povo precisa então tomar a decisão de fazer ou não a travessia.
Os discípulos
desertam, tomam uma barca qualquer, voltam atrás, escolhem uma vida qualquer.
Por isso, enfrentam a noite, a crise, o mar agitado. A escuridão denota falta
de rumo, agitação interior, frustração, discordância, ruptura, busca de velhas
soluções. As trevas lembram também a ideologia predominante: submissão às leis
do mercado. Eles não esperam Jesus, e o mau espírito os agita.
No meio dessa
turbulência tão exterior como interior, Jesus vai ao encontro dos discípulos.
Quando eles o veem, temem suas advertências, mas ele caminha sobre as águas turbulentas
e vai ao encontro deles. Os discípulos aceitam sua amizade e desejam acolhê-lo,
mas a travessia termina imediatamente, assim como a agitação. Eles chegam
rapidamente ao lugar para onde Jesus queria levá-los, e não para onde desejavam
ir.
O povo ficara
perdido, pois a comunidade dos discípulos, que fora a referência para
encontrá-lo, desapareceu, fugiu. E então Jesus fala pela primeira vez com o
povo, mas não responde às suas perguntas. O que ele faz é evidenciar a
ambiguidade das motivações que movem a multidão a busca-lo tão ansiosamente.
Jesus pede que alarguem seu horizonte, que entendam os sinais: a compaixão e o
amor de Deus, a partilha, o resgate da dignidade das pessoas. É isso que
significa “trabalhar pelo pão verdadeiro”, o pão que não acaba.
As multidões,
cansadas e esmagadas por múltiplas explorações e dominações, inclusive em nome
da religião, não conhecem o amor gratuito, e esperam de Jesus apenas ordens e
leis, mostrando-se dispostos à submissão, desde que recebessem o que comer. Tem
uma fé limitada, pois veem Jesus apenas como ponto de chegada, desejam o que
ele dá, acham difícil ser como ele, viver no espírito dele. Buscar e acolher
seu Espírito é buscar o pão que não perece...
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“A intercomunicação crescente entre os seres humanos não
elimina o fato de que as mesmas palavras adquirem sentidos contrários nas
diversas ideologias. Envolvidos em tais condicionamentos, muitas pessoas têm
dificuldade para captar os valores perenes e compô-los adequadamente com as
descobertas. Agitadas pelas esperanças e pelas angústias do que está acontecendo,
tornam-se inquietos com tantas interrogações. Mas, na realidade, é um desafio
que requer e até mesmo exige resposta” (Vaticano II,
Gaudium et Spes, § 4).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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