segunda-feira, 18 de abril de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 728

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 728

Dia 19/04/2022 | Oitava da Páscoa | Terça-feira

Evangelho segundo João (20,11-18)

(1)Coloque-se em atitude de oração  

·          Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·          Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·          Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·          Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·          Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·          Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·          Prepare-se cantando o Salmo 117: Este é o dia...(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7sFZ_4fZJOE)

 

(2)Leia o texto da Palavra de Deus

·          Leia com toda a atenção o texto de João 20,11-18

·          Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·          Em movimento oposto ao que fazem os apóstolos, Madalena não se deixa dominar pela frustração, e permanece junto à sepultura

·          Mas ela parece cega em sua dor, presa ao passado, incapaz de vislumbrar perspectivas de vida no presente e no futuro

·          Ela precisa inclinar-se sobre sua interioridade e voltar-se para o presente, no qual Jesus Cristo a chama pelo nome e envia

·          É no dinamismo da missão, de saída para testemunhar e anunciar o Evangelho, que Maria reconhece Jesus ressuscitado

·          O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)Medite a Palavra de Deus

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·          Leia atentamente, com todos os sentidos, palavra por palavra, gesto por gesto, esta cena protagonizada por Maria Madalena

·          Preste atenção nas palavras de envio de Maria aos discípulos. Com que palavra Jesus se refere àqueles que o abandonaram?

·          Como entender a aparente cegueira e falta de discernimento de Maria, incapaz de reconhecer Jesus que está vivo e lhe fala?

·          O  que faz com que tantos cristãos não vivam a fé na ressurreição de Jesus como imperativo para continuar sua missão libertadora?

·          O testemunho que damos com nossa vida é ajuda ou empecilho para que as pessoas de hoje acreditem na ressurreição de Jesus?

·          Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)Reze com o texto lido e meditado

·          Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·          Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·          Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·          Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·          Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·          Verbalize em sua oração aquilo que a experiência de Maria Madalena e este tempo pascal suscita e faz germinar em você

 

(5)Contemple a vida à luz da Palavra

·          Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·          Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·          Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·          Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·          Que qualificação e que missão a fé em Jesus crucificado e ressuscitado confere à nossa vida humana e cristã?

 

(6)Retorne à vida cotidiana

·          Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·          Recite a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa esperança a cada dia mais forte!”

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Medite e reze com canção pascal “Aleluia”, de Handel (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=M-7KdocrTLc)

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre João 20,11-18

Maria chora sua desesperança, sua desorientação e sua pena. Para ela, a única coisa certa e palpável é a morte de Jesus. Está disposta a levá-lo consigo, mesmo morto. Vê anjos que a interrogam sobre a dor. Não pronuncia ao Jardineiro o nome de Jesus, e o chama de Senhor. Não reconhece Jesus pela voz, nem pela aparência. É a mesma cegueira demonstrada depois por Tomé. A tumba vazia é um indicativo insuficiente para sustentar a fé na ressurreição de Jesus.

As vestes brancas e a pergunta dos anjos demonstram que não há motivo para o luto. Mas é somente quando Jesus chama Madalena pelo nome, quando ela se volta a ele e deixa de olhar para a sepultura, para o passado, que seus olhos se abrem. É a voz do pastor que caminha à frente e é reconhecido pelas ovelhas, a voz que chama pelo nome a acolhe cada pessoa, nas suas dores e nos seus sonhos. Madalena se descobre a esposa da nova aliança.

Este experiência de Maria de Magdala ainda não é a meta, mas apenas o começo da missão, do testemunho aos irmãos, à comunidade dos/as iguais constituída na ceia e no lava-pés. Depois de tê-lo desejado, buscado, conhecido, seguido e amado em vida, ela precisa se inclinar para dentro de si mesma, para a profundidade do seu próprio desejo, para reconhecê-lo e amá-lo sem retê-lo. Sem isso, seus olhos continuariam fechados para a novidade.

É no movimento de voltarmo-nos para nossa interioridade mais profunda e misteriosa, de superar um certo realismo, que é mais cinismo desmobilizador, que identificamos os sinais de vida e encontramos Jesus ressuscitado que está a nos chamar pelo nome. Crer em Jesus crucificado e ressuscitado é mais que constatar que a sepultura está vazia; significa encontrá-lo, escutá-lo e segui-lo pessoalmente, e de modo renovado, na missão.

Que o Espírito Santo abra nossos olhos para que possamos ver a presença de Jesus escondida, solidária e transformadora neste mundo tão ambivalente e contraditório. E possamos reconhecer, com os olhos da fé, que ele está próximo de nós e de todos/as os/as sofredores/as e vítimas, dialogando, chamando e enviando.

 (Itacir Brassiani msf)

Alegria e esperança

As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens e mulheres de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo. Não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. A comunidade cristã é formada por homens e mulheres que, reunidos em sua busca do reino de Deus, sentem-se real e intimamente unidos a todo o gênero humano e à sua história”. (Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes, § 1)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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