Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 717
Dia 08/04/2022 | Quaresma | Quinta Semana | Sexta-feira
Evangelho segundo João (10,31-42)
(1) Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
·
Escolha o lugar no qual você não seja
interrompido/a
·
Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
·
Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do
tempo que vivemos
·
Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se ouvindo a canção A
palavra de Deus ouvida ... (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=jg_geU66pxE)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
·
Leia com toda a atenção o texto de João
10,31-42
·
Leia o texto em voz alta (se achar
necessário e for possível)
·
Passamos
do capítulo 8 ao capítulo 10 de João, marcado pela crítica de Jesus às
lideranças oficiais, chamadas de mercenárias
·
Dizendo
que ele é a única liderança capaz de dar a vida pela vida do seu rebanho, Jesus
desperta a ira dos controladores do templo
·
Jesus
reivindica um julgamento a partir daquilo que ele faz, e não a partir daquilo
que ele diz ou que os outros pensam dele
·
Na
verdade, as obras dessa elite denunciam que seus membros são perseguidores
violentos e assassinos, e não defensores da lei
·
Por
isso, Jesus deixa o templo e o monte Sião, a terra prometida de outrora e que
agora estava transformada num novo Egito
·
É
fora do templo e da cidade que ele atrai discípulos, e é fora dos seus muros
que ele será crucificado, excluído da cidadania
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e
meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?
·
Observe o diálogo difícil e tenso
entre Jesus, que se mostra em suas ações de compaixão, e a elite religiosa, que
o acusa de blasfêmia
·
Releia e perceba o sentido das
acusações levantadas contra Jesus e dos argumentos que apresenta para se
defender
·
Será que não somos tentados pelo
mesmo pecado das elites do templo: dissociar aquilo que proclamamos daquilo que
fazemos?
·
Sendo verdade que são nossas ações
e relações que revelam nosso valor, o que nossas ações estão revelando de nós e
nossa Igreja?
·
Se achar oportuno
e for possível, leia as “pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
·
Tome consciência de que este texto é
Palavra de Deus
·
Depois de escutar atentamente, agora é
sua vez de falar
·
Não mude de assunto, pois sua palavra é
sua resposta a Deus
·
Permita que o próprio Deus dirija a sua
oração, a sua resposta
·
Não se preocupe com raciocínios e
frases bem articuladas
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz
dizer a Deus
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
·
Procure contemplar a realidade do mundo
com o olhar de Deus
·
Busque meios para colocar em prática o
que Deus lhe fala
·
Perceba o que você precisa mudar a
partir dessa meditação
·
Responda: O que Deus está pedindo que eu
mude ou faça?
·
Como
superar o hábito de avaliar as pessoas pelos discursos que fazem ou pelos bens
que possuem, e não por suas ações?
(6) Retorne à vida cotidiana
·
Recite o Pai Nosso e a Ave Maria
·
Recite a invocação: “Jesus,
que nos falas com sabedoria e nos ensinas com amor, ajuda-nos a ser tal como
és!”
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Medite e reze com a canção A
verdade vos libertará (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=udLw5npxd74)
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Apague a vela e conclua seu momento de
oração
Pistas sobre João 10,31-42
Estamos no
contexto literário do capítulo 10 do Evangelho segundo João, no qual Jesus aplica
a si mesmo as sugestivas metáforas da porta e do pastor. Um dos momentos mais provocativos
é quando Jesus declara que todos os que vieram antes dele são ladrões,
assaltantes ou mercenários, e apenas ele é um pastor bom, o único disposto a
dar a vida pelo rebanho. A reação das lideranças religiosas foi acusar Jesus de
estar completamente louco.
Para Jesus, uma pessoa mostra seu valor nas
ações que realiza e nas relações que estabelece. Deus mostra que é justo e
bondoso emancipando e libertando as pessoas mais vulneráveis. Por isso, Jesus
não defende sua missão com palavras, mas com o testemunho de suas ações. São
elas que mostram que ele é o enviado do Pai, não por presumido poder, mas por a
intensidade da compaixão.
E quando as lideranças religiosas do templo
ameaçam apedrejá-lo, Jesus pergunta pelo motivo da rejeição e do ódio. Se ele é
o que mostram suas obras, são elas que devem ser louvadas ou reprovadas, e não
suas palavras. Por quais das ações realizadas ele merece ser condenado? Mas as
elites religiosas fazem questão de divorciar as palavras de Jesus da compaixão
que ele demonstra, e querem condená-lo por suas declarações.
Como defensores de uma palavra morta e de uma
lei desligada da vida, eles não se interessam pela exploração praticada dentro
do templo, desde que os exploradores tenham o nome de Deus em seus lábios. E
acabam traindo o conhecimento e a fidelidade às escrituras, pois silenciam quando
elas que todos os que agem de modo semelhante à ação de Deus são deuses (cf. Sl
82). E esquecem que a lei existe para defender a dignidade e a liberdade das
vítimas.
Como a pessoa é revelada pelas suas obras,
apelando à violência e planejando assassinar Jesus, as elites controladores do
templo demonstram que são assassinos e perseguidores, e não representam a
vontade e a ação de Deus, o Pai de Jesus. É por isso que Jesus sai do templo e
do território que se tornara lugar de opressão. Fora do templo, ele continua
atraindo discípulos/as.
(Itacir Brassiani msf)
“Fala com
sabedoria, ensina com amor”
“Os evangelistas informam que Jesus
ensinava com autoridade. Sua pedagogia é diferente da pedagogia dos escribas e
fariseus, porque ele conhece as escrituras em profundidade e as atualiza na sua
pessoa, no seu modo de agir. Sua autoridade vem do profundo conhecimento daquilo
que diz e da sua prática de vida. Fica evidente o valor do testemunho de vida
pessoal e da coerência de quem ensina”. (Texto-Base
da Campanha da Fraternidade 2022, § 149)
Leitura
Orante do Evangelho
A
Leitura Orante da Palavra de Deus é
um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra
de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em
comunidade.
O
Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio
Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a
surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um
caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Em tempos
nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à
convivência e à movimentação social, a Leitura
Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais
e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos
propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas
e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma
sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que
agradam mais.
Que a
Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo
nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a
vida do mundo.
Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
Nenhum comentário:
Postar um comentário