Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 754
Dia 15/05/2022 | Quinta
Semana da Páscoa | Domingo
Evangelho segundo
João (13,31-35)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Onde o amor e a caridade...” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0mrYfpaheBA)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 13,31-35
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Depois da última ceia
e do lava-pés, Jesus se detém num longo e terno diálogo com seus discípulos, do
qual o texto de hoje é o início
· Enquanto os discípulos
resistem ao gesto sacramental da partilha do pão e do lava-pés, Jesus diz que
nisso brilha a glória de Deus
· E, prevendo sua prisão
e morte que em breve se consolidaria, expressa seu desejo: que seus discípulos
amem-se mutuamente
· Jesus não exibe falsa
modéstia, e não se constrange em oferecer-se como exemplo e como medida para
esse amor fraterno
· E termina afirmando
que o amor que serve, sendo a glória do Pai e do Filho, deverá ser também o
distintivo de quem o segue
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Recomponha na memória
os gestos as palavras de Jesus por ocasião do lava-pés e da ceia de despedida
· Como entender
corretamente hoje a ousada afirmação de que a glória de Deus se manifesta na
humildade e no serviço aos outros?
· O mandamento de Jesus,
assim como a medida que ele estabelece para o amor fraterno, continuam sendo um
mandamento novo?
· Nossas famílias e
nossas comunidades são reconhecidas como cristãs pela prática do amor fraterno,
aberto e solidário?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Busque na sua memória
as experiências de ser amado/a e acolhido/a de modo incondicional, e agradeça a
Deus
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que precisamos mudar
e melhorar para que as pessoas reconheçam em nossas ações que pertencemos a
Jesus Cristo?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “Monte Castelo” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ctAWPmcHoF84)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Pistas sobre João 13,31-35
Demonstrando plena consciência do
desfecho da própria vida, e pensando no martírio que coroaria o amor que marcou
toda sua vida, Jesus declara que Deus o glorificará sem demora. Para ele, a
cruz não é um absurdo ou uma ignomínia, mas a radicalização da solidariedade de
Deus com a humanidade e a suprema doação da humanidade a Deus. Por isso, é
glorificação de Deus e revelação do ser humano.
Para os cristãos, amar não é uma
opção condicionada, mas um imperativo absoluto. E, a partir da morte e
ressurreição de Jesus, a medida do amor é Jesus. “Eu vos dou um novo
mandamento. Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos
outros”. Jesus faz questão de sublinhar que a medida que verifica o amor é
nova. A medida do amor é amar sem medidas, dirão os místicos. A partir de Jesus
de Nazaré, amar significa lutar para que todos tenham vida, dando da própria
vida e arriscando a própria vida.
Prosseguindo o diálogo testamentário
com seus discípulos, Jesus diz: “Quem crê em mim fará as obras que eu faço, e
fará ainda maiores do que estas. Se alguém me ama, guardará a minha palavra;
meu Pai o amará, e nós viremos e faremos
nele a nossa morada” (Jo 14,12-23). Isso quer dizer que a comunidade dos
que amam verdadeiramente se torna a morada de Deus no mundo. E então o amor ao
próximo e ao distante se torna o estatuto e a identidade da comunidade cristã.
Mas precisamos dar a esta imagem
poética traços históricos e atuais: um mundo sem barreiras para os migrantes, e
no qual haja lugar para todos os seres humanos; um sistema econômico que
respeite e preserve a criação; uma política que não se limite a assegurar os
privilégios de uma pequena elite, cortar os investimentos em políticas sociais,
armar os violentos e atentar contra a democracia; uma cultura amante da humanidade,
da criatividade, da liberdade e da beleza.
No entardecer da vida seremos
julgados pelo amor. Mas no alvorecer e no meio-dia da nossa existência, o verbo
amar há de ser conjugado em todos os tempos e modos, inclusive no imperativo. O
testamento de Jesus nos e o testemunho corajoso das primeiras comunidades
cristãs, nascidas do amor espiritual, humano e político dos apóstolos, estão
aí, vivos e eloquentes, para que não esqueçamos disso.
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“O desejo de dialogar, conduzidos pelo amor à verdade, não
exclui ninguém. Refere-se a todos os que cultivam os bens do espírito, mesmo
que ainda não reconheçam o seu autor, os que se opõem à Igreja de diversos
modos e até a perseguem. Deus, princípio e fim de tudo e de todos, quer que nos
tratemos e sejamos realmente irmãos. Em virtude pois desta vocação humana e
divina, devemos e podemos construir o mundo sem violência, cooperando
pacificamente uns com os outros” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 92).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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