Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 769
Dia 30/05/2022 | Sétima
semana da Páscoa | Segunda-feira
Evangelho segundo
João (16,29-33)
(1)Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Eu te exaltarei...” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=34NxjJKX5a4)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 16,29-33
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Este trecho é a
exortação final de Jesus aos seus discípulos, antes da sua prisão e crucifixão
· Os discípulos ainda não
conseguem ver em Jesus mais que um mestre excepcional, dedicado a ensinar
doutrinas
· Eles continuam numa fé ilusória,
conhecem Jesus muito superficialmente, e não conhecem sequer a si mesmos
· Ainda não assimilaram a
paixão e morte de Jesus como manifestação de amor e fidelidade, e a vêm como
fracasso e derrota
· Mas Jesus continua
confiando neles e pedindo que não percam a paz que se sustenta na comunhão com
ele
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Situe-se junto aos
discípulos, perceba a superficialidade da fé que eles vivem e que nós, muitas
vezes, vivemos
· Acolha a ironia, a
advertência e as palavras consoladoras que Jesus dirige aos seus discípulos/as
de todos os tempos
· O que significa a
afirmação de Jesus “eu venci o mundo”? Quais são as consequências dessa vitória
para nós, seus discípulos/as?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Repita e faça ressoar
em você as palavras de Jesus: Eis que vem a hora em que vos dispersareis, cada
um para seu lado, e me deixareis só; Mas eu não estarei só, o Pai está comigo;
No mundo tereis aflições, mas tende coragem! Eu venci o mundo!
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como repercute em você
a advertência de que, diante das dificuldades, nos dispersaremos, cada um para
as suas coisas?
(6)Retorne à vida
cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “Um hino ao Divino” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=B8xhmQ2yg0Q)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
Pistas sobre João 16,29-33
Estamos no último trecho da catequese na qual Jesus
fala sobre o sentido da sua partida para o Pai, das perseguições que seus
discípulos/as sofrerão e do envio do Espírito Consolador e animador da missão.
E amanhã iniciaremos a meditação da bela oração que Jesus dirige ao Pai, diante
dos discípulos, antes de ser preso e crucificado, e que há anos inspira a
Semana de Oração pela Unidade Cristã realizada por um grupo de Igrejas cristãs
no Brasil.
Os discípulos demonstram que não superaram ainda
uma fé ilusória e limitada. Eles pensam que Jesus adivinhou as perguntas e
dúvidas que tinham, e imaginam que ele sabe tudo e, somente por isso, prova que
vem de Deus. Como Nicodemos (cf. Jo 3,1-12), eles consideram Jesus um mestre
excepcional, e se admiram do seu saber. Mas ignoram que ele é mestre porquê
entrega sua vida por amor, lava os pés dos discípulos e se importa com todas as
vítimas. Ele não é mestre somente por ensinar uma doutrina clara e oportuna.
Jesus demonstra que conhece seus discípulos mais
que eles mesmos se conhecem, e reage com ironia. Por mais eles que pretendam
dar a impressão de coragem, serão discípulos maduros somente depois da paixão e
morte de Jesus. Por isso, Jesus os adverte que se dispersarão como um rebanho
que abandona seu pastor, como já acontecera no final da multiplicação dos pães
e peixes, e depois da catequese sobre o pão verdadeiro (cf. Jo 6, 17 e 6,66).
Na verdade, eles deixarão Jesus sozinho, e cada um irá para sua casa e seus
interesses. E disso Pedro também é o protótipo.
Mesmo assim, realista e amigo que é, Jesus quer
tranquilizar seus discípulos. Pede que eles não percam a paz, mas insiste que
esta paz virá somente da permanência na união com ele, aconteça o que
acontecer. Com a entrega de Jesus por amor, a ordem injusta do mundo perde sua
legitimação religiosa e sua força, e fica desacreditada. A perseguição é certa,
mas a vitória é segura. É essa a convicção com a qual Jesus empreende sua
última e mais exigente travessia, e é isso que ele transmite aos discípulos
antes de selar o livre dom de si mesmo na cruz, em maio a outros excluídos.
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“A figura desse mundo, deformado pelo pecado, haverá de
passar, mas o Senhor ensina que haverá
uma nova morada para o homem, em que habitará a justiça e cuja felicidade
preencherá e superará todos os desejos de paz que o coração humano alimenta.
Então, vencida a morte, os filhos de Deus ressuscitarão em Cristo. O que
foi semeado na fraqueza e na corrupção, vestirá a incorruptibilidade. O amor
permanecerá76 e toda a criatura, feita em vista do ser humano, há de ser
também libertada” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 39).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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