sábado, 7 de maio de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 747

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 747

Dia 08/05/2022 | Quarta Semana da Páscoa | Domingo

Evangelho segundo João (10,27-30)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando: Sou bom pastor(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=zRUw7qwRIE0)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de João 10,27-30

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    O breve texto entregue à meditação das comunidades cristãs neste domingo prossegue as parábolas da porta e do bom pastor

·    Elas têm sentido no contexto da festa da dedicação do templo: Jesus é a porta da vida, e o pastor que conduz para as fontes da vida

·    Com isso, Jesus afirma que o templo de Jerusalém é espaço de escravidão, e que o povo só terá vida se for levado para fora

·    As autoridades do templo se levantam contrariadas e pedem a Jesus que fale claramente se ele é o Messias enviado por Deus ou não

·    E Jesus responde pedindo que eles mesmos avaliem e concluem a partir da análise das obras que ele faz em favor do ser humano

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Recomponha na memória este trecho, palavra por palavra; se possível, leia os versos anteriores (1-26), relacionando-os com o papel do templo (porta do céu e lugar de encontro da vida)

·    O que significa para nós, hoje, sermos conhecidos/as por Jesus, escutar sua voz e segui-lo?

·    Estaríamos também nós correndo o risco de sermos arrebatados/as das mãos do Pai, arrancados/as das mãos de Jesus?

·    Quem ou o quê poderia estar fazendo isso conosco, seduzindo-nos e escravizando-nos sorrateiramente?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Tomando como referência o seu cuidado por seus animais de estimação, perceba o cuidado de Jesus por seu povo, e reze

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    O que você, sua família e sua comunidade eclesial precisam mudar ou melhorar para escutar e levar a sério a “voz” do Bom Pastor?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa esperança a cada dia mais forte!”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção “O Senhor é meu pastor” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7yhNw_Izyp4)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre João 10,27-30

Por ocasião da festa da dedicação do templo de Jerusalém, Jesus se apresenta como “porta” do templo, como verdadeiro pastor do rebanho, e insiste que isso se mostra nas suas ações. Mas as autoridades não aceitam que ele fale desse jeito. “Se tu és o Messias, o Cristo, dize-nos abertamente!” E Jesus retruca: “Eu já vos disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim”.

No debate com as autoridades, Jesus nega a legitimidade de uma fé que não tenha apoio nas ações. Para ele, quem é solidário e compassivo está ao lado do ser humano e também está com Deus. E quem está de alguma maneira contra o ser humano, mesmo que invoque o nome de Deus e participe de ritos religiosos, está, de fato, contra ele. Este é o critério que confere a autenticidade à nossa fé!

É neste mesmo contexto que Jesus diz que dá a vida eterna ao seu rebanho, que ninguém o toma da sua mão. Mas ser ovelha do rebanho de Jesus Cristo, implica em escutar sua Palavra, aderir a ela e seguir seus passos. Crer nas obras que defendem e resgatam a dignidade humana e multiplica-las é mais importante que crer na sua Palavra.

A autenticidade da nossa fé em Jesus não está na multiplicação de atividades piedosas e desconexas. O denominador comum das múltiplas ações que expressam nossa fé é o amor, o reconhecimento do outro como outro, a afirmação da sua dignidade inviolável e na priorização das suas necessidades. É o amor que faz da vida de Jesus e da nossa uma existência voltada aos outros, aos pobres e necessitados.  É o amor que nos faz humanos, que nos dá à luz como pessoas.

O amor autêntico não reconhece nenhum tipo de fronteira: ele derruba os muros levantados em nome da religião, da raça, da classe, do sangue, dos interesses individuais. Porque parte sempre do ‘outro’, da sua dignidade e das suas necessidades, o amor é o único dinamismo capaz de globalizar verdadeiramente o mundo, sem excluir ninguém.

O amor não é um difuso sentimento. Sendo uma opção fundamental, ele amor não existe fora das infinitas e pequenas ações que o encarnam na realidade. O amor não é substantivo, mas verbo, ação! Como o amor das mães de alma e de coração, que só repetem que amam seus filhos para que possamos entender o segredo de tamanha dedicação.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Alegria e esperança

Professando a sublimidade da vocação humana e reconhecendo no ser humano um sopro como que divino, a Igreja oferece à humanidade sua colaboração sincera para que alcance a fraternidade, que é a vocação de todos. A Igreja não é movida por nenhuma ambição terrena, mas visa unicamente, sob a conduta do Espírito Santo, continuar a obra de Cristo, que veio ao mundo para dar testemunho da verdade, salvar, e não julgar, servir, e não ser servido(Vaticano II, Gaudium et Spes, § 3).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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