Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 747
Dia 08/05/2022 | Quarta
Semana da Páscoa | Domingo
Evangelho segundo
João (10,27-30)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Sou bom pastor” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=zRUw7qwRIE0)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 10,27-30
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· O breve texto entregue
à meditação das comunidades cristãs neste domingo prossegue as parábolas da
porta e do bom pastor
· Elas têm sentido no
contexto da festa da dedicação do templo: Jesus é a porta da vida, e o pastor
que conduz para as fontes da vida
· Com isso, Jesus afirma
que o templo de Jerusalém é espaço de escravidão, e que o povo só terá vida se
for levado para fora
· As autoridades do
templo se levantam contrariadas e pedem a Jesus que fale claramente se ele é o
Messias enviado por Deus ou não
· E Jesus responde
pedindo que eles mesmos avaliem e concluem a partir da análise das obras que
ele faz em favor do ser humano
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Recomponha na memória
este trecho, palavra por palavra; se possível, leia os versos anteriores
(1-26), relacionando-os com o papel do templo (porta do céu e lugar de encontro
da vida)
· O que significa para
nós, hoje, sermos conhecidos/as por Jesus, escutar sua voz e segui-lo?
· Estaríamos também nós
correndo o risco de sermos arrebatados/as das mãos do Pai, arrancados/as das
mãos de Jesus?
· Quem ou o quê poderia
estar fazendo isso conosco, seduzindo-nos e escravizando-nos sorrateiramente?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Tomando como referência
o seu cuidado por seus animais de estimação, perceba o cuidado de Jesus por seu
povo, e reze
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que você, sua família
e sua comunidade eclesial precisam mudar ou melhorar para escutar e levar a
sério a “voz” do Bom Pastor?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “O Senhor é meu pastor” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7yhNw_Izyp4)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Pistas sobre João 10,27-30
Por ocasião da festa da dedicação do templo de
Jerusalém, Jesus se apresenta como “porta” do templo, como verdadeiro pastor do
rebanho, e insiste que isso se mostra nas suas ações. Mas as autoridades não
aceitam que ele fale desse jeito. “Se tu és o Messias, o Cristo, dize-nos
abertamente!” E Jesus retruca: “Eu já vos disse, mas vós não acreditais. As
obras que eu faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim”.
No debate com as autoridades, Jesus nega a
legitimidade de uma fé que não tenha apoio nas ações. Para ele, quem é
solidário e compassivo está ao lado do ser humano e também está com Deus. E
quem está de alguma maneira contra o ser humano, mesmo que invoque o nome de
Deus e participe de ritos religiosos, está, de fato, contra ele. Este é o
critério que confere a autenticidade à nossa fé!
É neste mesmo contexto que Jesus diz que dá a vida
eterna ao seu rebanho, que ninguém o toma da sua mão. Mas ser ovelha do rebanho
de Jesus Cristo, implica em escutar sua Palavra, aderir a ela e seguir seus
passos. Crer nas obras que defendem e resgatam a dignidade humana e multiplica-las
é mais importante que crer na sua Palavra.
A autenticidade da nossa fé em Jesus não está na
multiplicação de atividades piedosas e desconexas. O denominador comum das
múltiplas ações que expressam nossa fé é o amor, o reconhecimento
do outro como outro, a afirmação da sua dignidade inviolável e na priorização
das suas necessidades. É o amor que faz da vida de Jesus e da nossa uma existência voltada aos outros, aos
pobres e necessitados. É o amor que nos faz humanos, que nos dá à
luz como pessoas.
O amor autêntico não reconhece nenhum tipo de
fronteira: ele derruba os muros levantados em nome da religião, da raça, da
classe, do sangue, dos interesses individuais. Porque parte sempre do ‘outro’, da
sua dignidade e das suas necessidades, o amor é o único dinamismo capaz de
globalizar verdadeiramente o mundo, sem excluir ninguém.
O amor não é um difuso sentimento. Sendo uma opção
fundamental, ele amor não existe fora das infinitas e pequenas ações que o
encarnam na realidade. O amor não é substantivo, mas verbo, ação! Como o amor
das mães de alma e de coração, que só repetem que amam seus filhos para que
possamos entender o segredo de tamanha dedicação.
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“Professando a sublimidade da vocação humana e reconhecendo no
ser humano um sopro como que divino, a
Igreja oferece à humanidade sua colaboração sincera para que alcance a
fraternidade, que é a vocação de todos. A Igreja não é movida por nenhuma
ambição terrena, mas visa unicamente, sob a conduta do Espírito Santo,
continuar a obra de Cristo, que veio ao mundo para dar testemunho da verdade, salvar,
e não julgar, servir, e não ser servido” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 3).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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