Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 762
Dia 23/05/2022 | Sexta
Semana da Páscoa | Segunda-feira
Evangelho segundo
João (15,26-16,4)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “A nós descei divina luz...” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=LOjQHOxmC4o)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 15,26-16,4
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Este diálogo exortativo
e incisivo de Jesus também está no contexto da ceia e do lava-pés, e faz parte
do seu “testamento”
· Ele faz parte do
anúncio do paixão e morte de Jesus e do envio do Espírito como guia, defensor e
pedagogo da comunidade cristã
· É uma advertência
dramática sobre a oposição que a vida e a missão dos discípulos/las sofrerá em
todos os tempos
· Jesus sublinha que há
um entrelaçamento íntimo e profundo entre o testemunho que damos de Jesus e o
testemunho dele a nosso favor
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Coloque-se mentalmente
junto com os discípulos, perturbados com o gesto extremo de fraternidade de
Jesus
· Perceba a perplexidade
deles diante do anúncio da morte de Jesus e da previsão da oposição que sofreriam
para continuar a missão recebida por Jesus e confiada aos discípulos e
discípulas
· Você percebe, também
hoje, manifestações de oposição e resistência à missão dos seguidores/as de
Jesus? Como e onde estes sinais aparecem
mais claramente?
· Qual seria a atitude
mais adequada de quem pede, clama e espera o ajuda do “Advogado” para
defende-lo das ameaças da missão?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Repita pausadamente
cada palavra ou frase desta exortação
· Tome consciência das
incompreensões, resistências e oposições que os cristãos enfrentam neste
momento da conjuntura nacional
· Renove seu desejo de
permanecer em Jesus, de crescer como seu amigo/a, de amar os irmãos e irmãs
como ele amou você
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “Antes da morte e re4ssurreição” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=NaF4d5_W39)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Pistas sobre João 15,26-16,4
Neste afetuoso e
tenso diálogo profético com seus discípulos na noite em que seria preso, com a
colaboração traiçoeira de um deles, Jesus faz questão de sublinhar o caráter exigente
e conflituoso da vida e da missão de quem o segue. O/a discípulo/a que participa
da mesa do pão e da Palavra, que toma a toalha para lavar os pés da humanidade,
não tem direito à ingenuidade de imaginar que tudo acontecerá pacificamente,
que o Reino não encontrará oposição.
Jesus garante aos
seus discípulos/as que enviará um Defensor
permanente, um “Outro Advogado” (o primeiro foi ele mesmo!), que prosseguirá
sua missão, e que sempre atestará a inocência de quem se mantém no caminho da
conversão ao seu Evangelho. No tribunal da história, os/as cristãos jamais
ficarão desassistidos/as, tanto na defesa como na oportuna acusação dos “podres
poderes”. O Espírito da verdade e da
fidelidade testemunhará a autenticidade messiânica de Jesus e será o fundamento
seguro do testemunho público dos discípulos/as, especialmente quando sofrerem oposição.
Trata-se do Supro
de Deus, que sustenta a criação e dá dinamismo e finalidade à caminhada da
humanidade, e suscita o testemunho profético dos/as cristãos, chamados/as a
criticar e orientar os movimentos históricos conforme a vontade de Deus, a serviço
da libertação da humanidade oprimida. Nisso, é preciso estar com Jesus desde o
começo, passando pela sua paixão e morte, e não apenas na fase da ressurreição.
É nesta comunhão com o Filho enviado pelo Pai que os/as discípulos/as
encontrarão força e consolo.
Para um cidadão
judeu era impensável e terrível ser excluído da sinagoga e barrado na entrada
do templo. Mas Jesus previne seus discípulos e discípulas de que isso
acontecerá, pois a instituição religiosa do templo está pervertida, participa
de uma fraude e faz parte das hostilidades impostas a Jesus e seus seguidores
pelo “príncipe deste mundo”. O templo fora transformado numa instituição que
cultua um “deus” que aceita e até patrocina a morte violenta do ser humano.
Seus chefes não conhecem o Pai e não estão do lado ser humano. Que isso soe
advertência a todas as instituições!
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“A rapidez e a desordem com que se verificam as
transformações, somadas à consciência dos desentendimentos existentes entre os
seres humanos, provocam e intensificam as contradições e aumentam os
desequilíbrios. Grandes desavenças surgem entre as raças ou entre as diversas
classes sociais; entre as nações ricas e as menos ricas ou francamente pobres;
entre as organizações internacionais voltadas para a paz e as ambições
expansionistas de certas ideologias ou a cupidez de certas nações ou de certos
grupos” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 8).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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